Não dá para passar batido






A situação do lateral-esquerdo Marlon é algo que não pode passar batida. Se ele fosse emprestado, eu até nem me importaria. Entretanto, segundo foi noticiado por diversos veículos de comunicação, o Fluminense adquiriu metade dos direitos econômicos do atleta. Primeiramente comprou 20%. Já os outros 30% foram comprados no início deste ano.

Marlon chegou no segundo semestre de 2017. Fez apenas uns três jogos razoáveis, mas acabou acertando a permanência para o ano seguinte. Só que o jogador não conseguiu se firmar de forma alguma. Foi reserva do Ayrton Lucas durante toda a temporada do ano passado. Para piorar, cometeu um pênalti juvenil no jogo que valia a permanência do Fluminense na Série A, contra o América-MG. Por sorte, Julio César pegou e o time achou uma santa vitória. Nada contra o garoto, mas um ano e meio é tempo suficiente para o jogador mostrar suas credenciais.

Nesta temporada, Mascarenhas assumiu a lateral-esquerda titular e até convenceu. Infelizmente, a caxumba acabou tirando o garoto de circuito. Ele retornou no empate com o Resende, mas, assim como o restante da equipe, não foi bem. Logo depois foi diagnosticado com uma tendinite patelar no joelho esquerdo. E é aí que não dá para passar batida a atual situação do Marlon no Fluminense.

Sem Mascarenhas, Marlon seria o substituto natural para assumir a lateral-esquerda. Até teve algumas chances, mas não correspondeu. Da cartola, Fernando Diniz tirou o Caio Henrique. Ou seja, preferiu improvisar um volante na lateral-esquerda. Errado? No meu ponto de vista, não. Errado foi o Fluminense em ter mantido o Marlon e ainda por cima ter adquirido mais 30% dos direitos econômicos dele. Como disse mais acima, um ano e meio é tempo mais do que suficiente para avaliar um jogador.

Dentro da realidade financeira do clube, a gestão de futebol até fez um bom trabalho neste início de temporada. No entanto, a permanência do Marlon é algo que merece ser questionado, pois envolve a compra de 30% dos direitos econômicos do jogador e um contrato de 3 anos. Vale lembrar que o Fluminense vive a sua pior crise financeira dos últimos tempos. Ou seja, não há brechas para erros em situações como essa.

Diante de todo o histórico detalhado no texto, deixo uma pergunta no ar: qual foi o critério utilizado para comprar mais 30% dos direitos econômicos do Marlon?

Forte abraço e Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo