Superstição do Fluminense




Gum é um verdadeiro guerreiro! (Foto: Fluminense FC)

Eu não sou um cara supersticioso. Quem me conhece sabe.

Nos dois últimos jogos, duas vitórias, o meu celular, que tá meio capenga, passou o jogo todo desligado. Eu não sou um cara supersticioso, mas também, quem é que vai me ligar na hora do jogo? Não custa nada dar uma desligada na hora da partida, né? Mal não faz.

Nos dois últimos jogos sentei exatamente na mesma posição no sofá. Não acredito muito nessas coisas de mística, mas, poxa, esse canto do sofá é tão confortável, por que não sentar ali nos próximos jogos, já que não moro no Rio e não posso sentar na arquibancada? Não custa…

Nos dois últimos jogos não tomei uma gota de cerveja durante a partida. Tratamento com antibióticos, aí já viu, tive que ficar na seca. Olha, meu amigo, não é que eu seja um cara ligado a essas crendices, mas o que custa deixar pra tomar a cervejinha antes pra acalmar e depois do jogo pra comemorar mais uma vitória do Fluzão?

Nos dois últimos jogos do Fluminense eu vesti a mesma camisa, uma branca, ainda da Adidas. Não é que eu acredite nesse lance de dar sorte ao time, mas, pô, a camisa é tão bonita… E dá tempo de lavar e secar entre um jogo e outro, dá pra usar a mesma de novo, numa boa, não é verdade?

Nos dois últimos jogos do Tricolor minha bandeira tava pendurada no mesmo lugar, diferente de onde eu pendurava antes. Já sabem, né? Não vai sair dali o pavilhão tricolor. Não é que eu ache que tenha relação com as vitórias, mas por via das dúvidas…

Bom, independente da minha superstição ou não, a verdade é que as vitórias vieram por conta de uma coisa: coração.

As mexidas que o Abelão fez na onzena titular deram uma oxigenada no time. Marlon, Richard, Gum e Marcos Júnior deram vibração ao time, trouxeram uma garra pra dentro de campo que pareceu contagiar os outros atletas.

Quem diria. O Gum é uma verdadeira fênix no Fluminense. Quando menos se espera ele ressurge e ainda por cima jogando bem.

O Marcos Júnior tá dando conta do recado, apesar de claramente ter sérias limitações técnicas. Não desiste fácil de uma jogada.

Richard é uma grata surpresa. Precisa melhorar a sua saída de bola, mas é incansável na perseguição aos meias do time rival.

Marlon vem mostrando por que é jogador de seleção de base. Até que enfim justificou todo o esforço que o Fluminense fez para contar com ele.

Que continuemos assim, eles lá dentro do campo, dando a vida no gramado, como disse o Gum ao final do jogo, e eu aqui, fazendo minhas mandingas. Não que eu seja um cara supersticioso, mas…

No mais, VENCE O FLUMINENSE!!!

Pitacos do Toni

– Robinho desencantou, mas ainda me parece meio tímido dentro de campo.

– Para a Copa Sul-americana: Gum ou Richard? A posição que carece de mais peças é a do Richard, porém conhecemos a fragilidade da zaga. Decisão difícil pro Abelão, mas eu iria de Richard.

– Uma pena a contusão do Sornoza, esperamos que não seja nada grave. O time é outro com o Papá. Jogador cerebral que ajuda a melhorar inclusive o futebol do Gustavo Scarpa.

– E esse preço do jogo da volta da Sul-americana? Onde a mulambada tá com a cabeça? Foi-se o tempo que o futebol era esporte pro povo… Espero que o Fluminense mantenha a política de ingressos baratos, porém, a torcida tem que comparecer…

– Mais três vitórias e não precisaremos nos preocupar com conta pra rebaixamento. Como sonhar é de graça, chegaremos na Liberta pela Sula e o ano que começou bem terminará bem, apesar dos momentos de turbulência.

Toni Moraes