G-4 e Copa do Brasil ainda em abertos




Estimados leitores. Indene de dúvidas a ampla maioria dos tricolores estão com um sentimento de frustração e estarrecimento, frente à derrota do Fluminense para o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro e o empate com o Corinthians, no jogo de ida pela Copa do Brasil.

No tocante a derrota para o Palmeiras, ao meu sentir, a derrota, malgrado com impacto de um balde de água, foi absolutamente normal, posto que restou evidente que é o Palmeiras quem verdadeiramente está em contagem regressiva para levantar o Caneco do Brasileirão.

Nessa partida, foi possível mensurarmos aquele famoso “algo mais”, bem como a “sorte de campeão”, numa partida equilibrada, até que o Cavalieri veio a falhar numa saída de bola, coisa incomum nessa temporada, sem contar que o jogo foi verdadeiramente fora de casa, com ampla e esmagadora maioria Palmeirense. Um gol da forma que tomamos, de fato mexe, como mexeu, com o resultado da partida.

Noutro giro, em relação à partida contra o Corinthians, “na nossa casa”, empatamos. Outro resultado absolutamente normal, ainda mais se tratando de Copa do Brasil, onde o nosso histórico é de sofrimento extremo, desde a nossa primeira final de 1992, assim como a de 2005 e de 2007: na maioria dos jogos, buscamos a classificação fora de casa, assim como o título, na sobredita edição de 2007.

Sinceramente, não vejo o Corinthians como uma equipe fragilizada não. Oscila como a nossa, perde partidas fora de casa, às vezes empatada fora, mas está lá no G-04, graças ao fator campo. Vencer no Itaquerão, ainda que contra o sub-20 do Corínthians, é extremamente complicado.

Porém, como o técnico do lado de lá é o Cristóvão, que adora inventar em competições de mata-mata, principalmente quando joga uma partida de volta em casa, tudo pode acontecer. Embora o Fluminense não tenha realizado uma boa partida no segundo tempo, fato é que ambos os gols da partida foram resultados de falhas, o que mostra equilíbrio, como já era de esperar, no confronto.

Relembrem-se, caros colegas, que estamos jogando as oitavas-de-final de uma Copa do Brasil, contra um clube de tradição. Poderia ser o sub-20; não seria, como de fato não é, fácil para ninguém, até porque os nossos jogadores não são tão acima da média em relação aos atletas corintianos.

Deixando a emoção de torcedor que todos nós carregamos dentro de nós, ainda mais quando temos que suportar frustrações com nosso time do coração, se analisarmos racionalmente, temos a seguinte situação:

  1. a) um duelo de Copa do Brasil, valendo vaga nas quarta-de-final, absolutamente em aberto (a mesma dificuldade que tivemos no jogo de ida, o rival também terá no jogo de volta: é da natureza da competição);
  1. b) ao menos uma definição (finalmente, pois estávamos na esquizofrenia de ora sonhar com título, ora imaginar descenso ou parte intermediária de tabela) sobre as nossas reais condições e metas plausíveis nesse brasileirão: com muita ralação, nossa briga é para a 4ª colocação do Brasileiro, ou seja, pré-libertadores, contando que não haja time brasileiro campeão da Copa Sul Americana ou o Campeão da Copa do Brasil esteja no G-03 para “reabrir a vaga”, como já sabemos.

Se vencermos a partida de hoje, chegaremos aos 34 (trinta e quatro) pontos, assumindo a 8ª colocação, ficando a 03 (três) pontos do 4º colocado, que é o Corínthians, disputando esta colocação com Santos, Grêmio, Ponte Preta e Atlético Paranaense.

Torcendo para que não haja mais venda do nosso mando de campo, jogar em Edson Passos deixa essa meta factível, pois há anos não perdemos no Giullite Coutinho.

Dessarte, vamos que vamos, pensando jogo a jogo, cumprindo o nosso papel de torcedor, e se esforçando para esquecer qualquer resultado adverso porventura suscitado ao longo das rodadas, focando sempre em fazer o resultado jogando “em casa”.

Rápida Triangulação:

– Considero o 4-2-3-1 um esquema obsoleto. No segundo tempo da fatídica partida contra a Ponte Preta em Edson Passos, ocasião em que vencemos por 3×0, atuamos num 4-1-3-2, que muito se aproxima do 4-1-4-1 do Tite que, inclusive, colocou a seleção do Equador no bolso. Achei que o Levir fosse adotar esse esquema (4-1-3-2), contra Palmeiras e Corinthians, até porque ele já fez isso quando treinava o Atlético-MG. Me decepcionei. De nada adianta deixar Henrique Dourado isolado na frente, achando que Wellington, Scarpa e Marcos Junior (ou Marquinho) “ficarão com liberdade” para atacar, sendo que o Cícero cuidaria da saída de bola e o Douglas ora faria a contenção na defesa, ora atacaria. Não dá, como não está dando, certo. No 4-1-4-1 ou no 4-1-3-2, com apenas um volante na saída de bola, fica muito mais fácil para linha “pós 1” tanto atacar, quanto defender ou marcar. Vimos isso nas olimpíadas ocasião em que houve dedo do Tite para entrada do jovem Wallace como volante isolado para saída de bola. Vimos o mesmo na partida do Brasil contra o Equador.

– Eleições: estou no mesmo eito que o Vinícius Toledo: aguardando projetos concretos e factíveis dos candidatos em relação ao Futebol profissional, o que não vi até agora.

– Pedro Trengrouse almoçando com Eduardo Bandeira de Mello, Marcio Braga e Helio Ferraz para “tratar da notícia de primeira mão sobre a relicitação do Maracanã, porque o contrato que o Fluminense tem hoje não valerá mais.” Se ele fosse Presidente do Fluminense, particularmente estaria furioso. Todavia, como ele é candidato à Presidência, tem ele o direito de almoçar com quem bem entender, sequer precisando dar satisfação sobre as suas atividades pessoais, até porque, não é o nosso Presidente quem almoçou. Quem me acompanha aqui no Explosão Tricolor já sabe de antemão o meu posicionamento sobre qualquer participação em conjunto com o Flamengo para administração de qualquer coisa: veementemente contra, posto que, historicamente, NÃO GANHAMOS NADA com qualquer “parceria” com o nosso maior rival. Estado do Rio de Janeiro falido, quebrado, com orçamento comprometido. Nova licitação por parte do Governo Estadual, por demais problemático. Retorno da SUDERJ que não virá para nos ajudar em nada, e sim para solapar de vez o nosso parco programa sócio torcedor, sendo que quando estávamos com um excelente contrato com o Consórcio Maracanã, por pressão desse mesmo rival, sabe-se lá o porquê o Peter aquiesceu com uma modificação contratual que só nos trouxe prejuízo. Amo o Maracanã, o espaço, o acesso, o Planeta do Chopp e os “bares da UERJ”. Mas não quero a falência do meu clube. Que mande todos os jogos em Edson Passos em 2017 com nosso mando de campo, só notando lucro, sem precisar pagar para jogar. Nossa média de público no Maracanã, desde 2013, sempre foi pífia (mesmo com a conquista de dois títulos brasileiros e uma terceira colocação, tudo em sequência, nosso sócio torcedor não cresceu), onde pagamos para jogar todas as competições. Para não ser repetitivo, nossa casa é e sempre foi LARANJEIRAS, muito embora eu até concorde com a ideia de construção de um estádio EXCLUSIVAMENTE NOSSO, ao lado do novel CT, como o Peter está correndo atrás para tentar negociar algo dentro da nossa realidade. Surge um novo Pan Americano e aê? Ficamos vendo navios como em 2010, 2011 e 2012? Para quem interessar, escrevi sobre Laranjeiras lá no site do explosão tricolor, dissecando o tema sobre “o mito do tombamento das Laranjeiras”.

Marcos Túlio / Explosão Tricolor

Foto: Fluminense FC

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