Temos alma




O pavilhão tricolor tremulando ao sabor do vento! (Foto: Toni Moraes/Explosão Tricolor)
O pavilhão do Fluminense tremulando ao sabor do vento! (Foto: Toni Moraes/Explosão Tricolor)

Nesse domingo eu acordei cedo, algo comum em domingo de clássico. O dia tava bonito pra caramba, o sol brilhando lá fora, como tem sido raro nesses dias de chuva aqui em São Paulo. Estendi minha bandeira do Fluminense na sala e separei a minha camisa da sorte, pra vestir só na hora do jogo, como manda o manual da minha superstição.

Estava animado, ansioso, como há tempos não ficava pra ver um jogo do Fluminense. Fui ao supermercado e chegando lá veio a primeira vitória do dia: cerveja em promoção. Trouxe algumas pra casa, algo me dizia que teria motivos pra comemorar.

As horas foram se arrastando, nada de chegar 17h. Na TV, um documentário sobre o futebol carioca dos anos 1970 só ajudava a aumentar a minha expectativa. Revi imagens de craques que vestiram o pavilhão sagrado mas não tive a oportunidade de acompanhar, como Paulo César Caju e Afonsinho.

Depois de uma espera que parecia interminável, da cerveja gelada, da bandeira estendida e do manto devidamente vestido, finalmente rolou a bola no nosso salão de festas e o que eu vi, ah, que saudades eu tinha daquilo que vi. Eu vi um Fluminense pulsante, intenso. Eu vi um Fluminense vivo.

Depois de uns minutos iniciais de ajustes, só o Tricolor jogou. Foi um baile, foi uma festa. Os vascaínos têm que dar graças a Deus por ter sido só 3 x 0, pois poderia ter sido mais, muito mais.

Um time aguerrido, ganhando dividida, acreditando em todas as bolas. Que falta fazia acompanhar um escrete onde os jogadores correm pelos companheiros, correm pelo técnico, correm por mim e por você.

É perfeito? Certamente não! Tem muito o que melhorar na recomposição defensiva, na transição de bola e nas finalizações, mas percebo vontade nos jogadores, eu vejo entrega nesse grupo, e vejo um treinador que grita na beira do campo, que cobra mesmo quando o jogo tá resolvido a nosso favor.

Quanta diferença.

Parece que o Fluminense estava de férias desde 2013 e voltou só agora. O time voltou a ter alma! E grande parte dessa alma é gringa, é equatoriana. Como jogam bola esses dois garotos que mais parecem veteranos no Fluminense.

Abelão sabe muito bem que não pode cair no oba-oba, na euforia, pois tem muito trabalho pela frente. Mas eu, meu nobre amigo tricolor, eu não quero nem saber!

Vou comemorar cada vitória desse time como se fosse título e sofrer com cada derrota como se fosse a pior, pois sei que dentro de campo, e no banco, os caras vão sorrir e sofrer junto comigo, honrando as três cores do nosso pavilhão!

Estamos de volta!

No mais, VENCE O FLUMINENSE!!!

Pitacos do Toni:

– Público pequeno, mas vibrante. Nosso time vai engrenar e espero que o Maracanã esteja pronto pra receber a torcida mais bonita do mundo.

– Em toda partida que o Henrique Dourado fizer uma bela atuação eu vou pedir desculpas por não ter confiado em seu potencial: foi mal, Ceifador. Continue com essa entrega que vai ter o nome cantado pelas arquibancadas, pode ter certeza.

– Que partida do Douglas. Acredito muito no potencial desse moleque, desde a base.

– Aos que criticaram a saída do Cícero: viram o que é a postura de cara que tá afim? Acham que o Cícero tinha espaço nesse elenco? Jogador com a mentalidade dele eu quero longe das Laranjeiras!

– Quando o Abel Braga colocou o Resolve, eu estranhei, preferia o Lucas Fernandes. Como tem estrela o Abelão e o moleque de Xerém.

– Sornoza e Orejuela, pouco badalados pela mídia, serão os melhores do ano. Assim que eu gosto.

– Alguns amigos tricolores inconformados porque foi só 3. Ah, que maravilha voltar a ouvir coisas desse tipo!

Toni Moraes / Explosão Tricolor

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