Atitude contra a espanholização!




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No final de janeiro, participei do café da manhã do presidente Pedro Abad com a imprensa. No mesão do gabinete presidencial, o mandatário do Fluminense teve um papo bastante franco com os jornalistas e blogueiros tricolores. Uma das perguntas que fiz foi o motivo de dez dos doze grandes clubes brasileiros não se juntarem para combater a espanholização no futebol brasileiro promovida por um sistema que visa privilegiar somente os seus dois produtinhos preferidos. Abad respondeu que isso não seria possível pelo fato de um ou outro clube sempre estar devendo algo à detentora dos direitos de transmissão, como por exemplo, adiantamentos de cotas e outros favores.

2015_nautico_x_flamengo_arena_pernambuco_faixa_cota_tv_560_3.jpgAinda na conversa, cheguei a comentar que o Flamengo ganharia mais que o Fluminense nos direitos de transmissão da Copa da Primeira Liga. O presidente disse que que era só um pouco a mais, mas segundo apuramos, a diferença está entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. Pior que a desvantagem financeira, é o fato do Fluminense, atual campeão da competição e um dos principais idealizadores do movimento, que tinha como um dos principais objetivos acabar com as desigualdades existentes no futebol brasileiro, aceitar essa situação. E incluo nessa, clubes como o Grêmio, Internacional, Cruzeiro e Atlético-MG. 

Atlético-PR e Coritiba resolveram não compactuar com essa situação da Primeira Liga e acabaram saindo. Na época, fiquei muito feliz com a atitude dos dois clubes paranaenses, pois identifiquei um interessante sinal de resistência ao processo de espanholização do futebol brasileiro capitaneado por um sistema cada vez mais tendencioso.

Pois é, agora, no último domingo, 19, o Atlético-PR e Coritiba resolveram fazer história de verdade. Como já é de conhecimento público, os dois clubes paranaenses disputariam o clássico, na Arena da Baixada, com transmissão ao vivo pelo YouTube, já que eles não assinaram os direitos de transmissão com a Rede Globo. De forma arbitrária, a federação paranaense vetou o jogo mesmo com os torcedores e jogadores já dentro do estádio.

Acho que nem preciso perder o meu tempo criticando a postura da Federação de Futebol do Estado do Paraná,correto? Seria falar o mais do mesmo. Prefiro exaltar, e muito, as posturas dos gigantes Atlético-PR e Coritiba. Eles fizeram história! As duas torcidas precisam abraçar a causa e jogar junto com as suas diretorias. No meio de tantas sacanagens, a união será necessária. Bater de frente contra o sistema aqui no Brasil é algo bem complicado. E humilhá-lo para o mundo inteiro ver então… No futebol não é diferente. O Vasco, por exemplo, depois que estampou o “SBT” na camisa, na final da Copa João Havelange, transmitida pela Rede Globo, desceu a ladeira a mil por hora e até hoje não conseguiu se levantar.

Confesso que as respostas sobre a questão da espanholização dadas pelo presidente Pedro Abad durante o café da manhã haviam me tirado a esperança de ver uma revolução no futebol brasileiro, mas depois do que o Atlético-PR e Coritiba fizeram, vejo que ainda dá para sonhar por um futebol brasileiro mais justo. Mas para que isso realmente aconteça, será necessário o surgimento de uma grande liderança que tenha o carisma e a competência necessária para mobilizar todos os envolvidos e lutar sem medo de ser feliz.

Parabéns, gigantes Atlético-PR e Coritiba. Que sirvam de exemplo e, principalmente, tirem muita gente aí da zona da acomodação. Se terei que esperar sentado no sofá, só o tempo dirá…

Forte abraço e Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo

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