O fiasco do Carioca e o silêncio eloquente de Abad




Galera tricolor gostaria de compartilhar uma coisa com vocês: para que o nosso bate-papo seja publicado neste democrático espaço na terça pela manhã, tenho que entregar o texto até a noite de segunda-feira. E busco sempre conclui-lo perto do horário limite para tentar passar a todos o que tem de mais novo no noticiário tricolor. E, nesse embalo de ideias, confesso que acreditei, até o último momento, que conseguiria escrever nestas poucas linhas o local da final da Taça Guanabara. Ledo engano!

Sim, eu sei que todos os sites diziam que a definição seria apenas na quarta, mas como um bom brasileiro não desisti dessa notícia até a noite desta segunda; parece que realmente a coisa só vai ser divulgada após o carnaval.

Imaginem um diálogo entre dois estrangeiros de passagem pelo Rio e loucos para acompanharem o nosso futebol. Aqui, tentarei traduzir essa conversa imaginária para o português entre os amigos Joseph (inglês) e Hoffman (alemão):

– (Joseph): E aí meu camarada, animado para ver um jogo de futebol no domingo. O Fla-Flu é o maior clássico do Brasil e um dos maiores do mundo;

– (Hoffman): Pois é, mas vi no noticiário que ainda não tem local definido para a partida;

– (Joseph): Como assim? Fiquei sabendo que era uma final! E o Maracanã?

– (Hoffman): Olha só, pelo que andei lendo, o Maracanã está parado desde a final das Paralimpíadas. E o que é pior: parece que ninguém sabe quem vai tomar conta dele. Fiquei sabendo ainda que a empresa que deveria administrá-lo (Odebrecht) é envolvida na operação Car Wash (quer dizer, Lava Jato) e seu Presidente está até preso. Parece que a situação está crítica: cortaram a luz até que fosse realizado o pagamento de uma dívida superior a um milhão de reais (fiquei sabendo que pagaram, mas não estou certo disso); o gramado está em péssimas condições e tem um bocado de cadeira quebrada;

– (Joseph): Mas se não tem o Maracanã, tem o Estádio Olímpico. Vim aqui nas Olimpíadas e ele estava muito bem arrumado;

– (Hoffman): Parece que nesse aí, que eles chama aqui de Engenhão, teve um jogo há umas duas semanas atrás e houve tiroteio com a morte de um torcedor. A Polícia não assume a responsabilidade pela partida e os clubes também não. É um jogando pra cima do outro. Até tentaram implementar a torcida única, mas os torcedores não compraram a ideia. Enfim, não jogaram duro como vocês fizeram com os hooligans no final da década de 80 e início da de 90. Deixaram a coisa correr frouxa e as torcidas organizadas passaram a contar com diversos criminosos em seus quadros e agora ficou difícil. Ontem a Polícia até sinalizou positivamente para que o jogo ocorresse no Rio, mas ainda não tem nada certo;

– (Joseph): Então o negócio é ficar na praia e deixar o futebol pra lá. Quando os dirigentes tiverem um mínimo de competência, aí a coisa pode andar;

– (Hoffman): Concordo. Ah, você falou que era uma final, lembra? Parece que só tem o nome de final, porque o jogo não vale nada. É tipo o campeão de inverno na Alemanha. Sem qualquer expressão!

É isso meus amigos! Um clássico que já teve o maior público da história dos jogos entre dois clubes de futebol jogado às traças pela incompetência, falta de profissionalismo e, porque não dizer, total omissão dos nossos dirigentes. De um lado a FERJ, com sua arrogância natural patrocinada pelo atual Presidente Rubens Lopes, que não consegue organizar um único campeonato decente e que respeite a tradição das equipes em campo e do próprio torcedor. Do outro, os presidentes dos dois clubes que, atualmente, estão na confortável posição de “cordeirinhos” sem qualquer crítica aos (des)mandos do nosso futebol. No meio disso tudo o amante do futebol, que paga ingresso, pay-per-view, sócio torcedor, produtos oficiais do clube, enfim, que é a razão de ser do futebol sendo solenemente desrespeitado. Absurdo maior não há!

Espero que Pedro Abad tenha a hombridade de dignificar as cores do Flu e de sua torcida e que venha a público rechaçar todas as mazelas que estão ocorrendo. Como disse na coluna passada, o Fluminense é o único que pode liderar uma mudança de postura no futebol brasileiro e carioca. Para isso, tem que ter coragem; e sem rabo preso!

Ser Fluminense acima de tudo!

Toco y me voy:

  1. O empresário de Richarlison pode acabar com a carreira do jogador. O moleque é bom, mas ainda não se firmou sequer como titular do time. Tem potencial para ídolo, porém, se cair na conversa de empresários que só se preocupam com o lucro fácil, ele pode jogar fora o seu futuro. Abre o olho garoto!
  1. Espero que Gustavo Scarpa possa jogar no domingo. Com ele em campo o Flu tem outra alma!
  1. Pra não dizer que não falei de transparência, alguém aí sabe quanto o Flu vai ganhar da Under Armour? Anunciaram o contrato, mas nada de dinheiro até agora a não ser os 20% pela venda de produtos licenciados. A clareza na gestão cabe em qualquer lugar “Seu Abad”.
  1. Não nos esqueçamos: antes do Flamengo tem o Sinop-MT. Jogo único em uma competição que realmente importa. Toda energia positiva e alto astral na quarta-feira são bem-vindos.
  1. Nem dez mil pessoas nas duas semifinais da Taça Guanabara. Fiasco total! Vou consultar o regulamento da FERJ e ver se tem possibilidade de acontecer a impeachment do Presidente. Prometo que informo na próxima coluna.

    Evandro Ventura

    Loja---02

    Acesse a loja oficial do Explosão Tricolor: explosaotricolor.xtechcommerce.com

    Siga-nos no Twitter e curta nossa página no Facebook

    INSCREVA-SE no nosso canal do YouTube e acompanhe os nossos programas!

    SEJA PARCEIRO DO EXPLOSÃO TRICOLOR! – Entre em contato através do e-mail:explosao.tricolor@gmail.com