Orçamento do Fluminense prevê déficit milionário




O Fluminense promoveu uma grande reformulação em seu elenco no começo de janeiro e economizou cerca de R$ 15 milhões. No entanto, o valor não foi suficiente para resolver a complicada situação financeira do clube.

Em previsão orçamentária enviada ao Conselho Deliberativo, a gestão Pedro Abad prevê um déficit de R$ 75 milhões em 2017. O rombo reforça a necessidade de buscar novas receitas, como um patrocínio master, e pode obrigar a venda de jogadores para equilibrar as contas. Enquanto isso não ocorre, o clube prepara medidas, definidas após uma auditoria externa da situação, para tentar sair do buraco.

O GloboEsporte.com teve acesso ao documento de 26 páginas enviado aos conselheiros tricolores – eles o votarão em sessão no próximo dia 30. Na peça, o clube já mostra trabalhar em conjunto com a Ernst & Young, empresa que indicou 10 ações para reverter o quadro, uma promessa não cumprida na época de Peter Siemsen. Na comparação com a previsão orçamentária de 2016, a receita caiu e a despesa aumentou no futebol – não é possível analisar o resultado financeiro da temporada passada, já que o balanço ainda não foi publicado. Por qual motivo? O clube elenca três principais: previsão mais realista, falta de patrocinador e contratos longos ainda a serem cumpridos.

– A gente procurou fazer um orçamento extremamente pé no chão. A premissa foi essa. Diferentemente do que já ocorreu em anos anteriores, a gente procurou ser muito conservador. Isso obviamente impacta nesse resultado. Foi um trabalho mais minucioso, mais detalhado. O orçamento passa a ser, mais do que nunca, uma ferramenta de gestão. Foi essa a lógica que a gente tentou implementar. Há meta para os gestores de todas as áreas, para que haja acompanhamento do orçado e do realizado. Todos os meses, com relatórios – explica Roberta Fernandes, CEO do Tricolor

Peter, que encerrou uma gestão de seis anos em dezembro passado, sempre perseguiu o déficit zero. Só o alcançou em 2015, com ajuda da renegociação de dívidas via Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut). A atual previsão, elaborada pela direção de Abad, prevê o pior cenário dos últimos anos. Então, é imprescindível vender um atleta para equilibrar as contas?

– Conforme disse o próprio presidente, a venda de jogador é uma receita comum nos clubes, é importante, sem dúvida. Desde que alinhado com o corpo técnico, ela precisa acontecer de fato. É uma receita que contamos para fechar o ano. Oportunidades surgem o tempo todo. Há avaliação do presidente, do comitê e do futebol. Mas é uma realidade, com o Fluminense não é diferente. Até porque estamos falando de déficit significativo. É óbvio que vamos buscar outras frentes, como redução de despesas, o que é uma meta. Se vai buscar novas receitas, se potencializa o Sócio Futebol. Isso não significa dizer que não precisa de venda para fechar. É claro que tem de ser criterioso, avaliado com calma. É preciso saber se é uma oportunidade que salte aos olhos, que valha a pena. Ao vender um jogador, tem de repor. Isso também tem de ser estudado – completa Roberta.

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