Foi feio




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Antes de criar o Explosão Tricolor, meu lance com o Fluminense era somente o de querer saber de arquibancada e futebol. Questões envolvendo política, finanças, jurídicas e tantas outras de grande relevância eu nem me importava. Tinha a impressão de que o clube era composto somente por pessoas sérias. Com o site no ar, a missão de mergulhar de corpo e alma nos bastidores do clube acabou se tornando obrigatória.

Ontem, estive presente na votação das contas referentes ao ano passado. O Salão Nobre das Laranjeiras recebeu uma boa quantidade de sócios para acompanhar a atuação do tão badalado Conselho Deliberativo do Fluminense, definido por muitos como o melhor dos últimos tempos e composto só pelos melhores. Muitos conselheiros discursaram na plenária. Cada um defendendo a sua linha de pensamento e deixando bem claro o seu posicionamento. Uns mais exaltados, outros nem tanto. 

Sobre o resultado da votação, quem acompanha os bastidores do Fluminense já sabia qual seria. Infelizmente, isso é politicagem. E quer saber da maior? É assim que funciona num Condomínio, no Congresso Nacional, numa Escola de Samba, em outros clubes… Difícil mesmo é tentar entender como o Conselho Fiscal foi favorável mesmo após ter chamado a gestão passada de inconsequente e irresponsável. 

Um grande exemplo da péssima gestão financeira do ano passado foi dado pela Flusócio, principal grupo de sustentação política das gestões de Peter Siemsen e Pedro Abad, que, na última quarta, postou no twitter o seguinte: “Além de goleador do time no ano, pelo visto o Ceifador se tornou também um ativo financeiro. Merece. Tem jogado com muita raça”. Ora bolas, só agora o Henrique Dourado se tornou um ativo? Quer dizer que o ex-presidente Peter Siemsen jogou R$ 5,5 milhões em algo que não tinha valor algum? Vale a reflexão sobre os critérios utilizados para a contratação, responsabilidade financeira…

Ainda sobre a votação, ocorreram muitas discussões, os ânimos ficaram acirrados, mas a maioria acabou votando pela aprovação na “base do olhômetro”, fazendo com que a aprovação de contas entrasse para a história como a primeira a ser decidida sem uma contabilização de votos. Confesso que esperava uma seriedade maior, algo organizado de acordo com a grandeza e tradição do Fluminense.

Não bastasse todo este cenário, que diga-se passagem, pode acabar parando na justiça graças a ausência de um placar oficial da votação, presenciei um menino, que não deve ter nem 20 anos de idade, sentado entre os conselheiros e participando da votação. Quando as contas foram aprovadas, vi este mesmo menino, que deve ser conselheiro, abraçando fortemente um outro homem e “mandando beijinhos” para a turma que votou contra. Qual necessidade? Comportamento totalmente inadequado, ainda mais num cenário que estava bastante tenso em todos os sentidos.  

Independentemente do resultado final, a minha sensação foi a de que o clube realmente não pertence ao seu torcedor. Não há diálogo, não há respeito, não há consideração, não há dignidade e, principalmente, não há amor pelo Fluminense. Pelo menos essa foi a visão que tive da noite do dia 8 de junho de 2017.

Espero que todos os lados realizem uma profunda reflexão sobre a importância de zelar pelo bem da Instituição Fluminense Football Club e tenham a capacidade de reacender a chama verde, branca e grená em grande parte da torcida que anda bastante desiludida.  

Saudações Tricolores!  

Vinicius Toledo

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