Assim como o mundo, o Fluminense dá voltas…




Estimados leitores. “Meras coincidências” vieram em minha mente na conquista de ontem.

Em 1996, esse mesmo Atlético Paranaense, capitaneado pelo nosso ex-jogador Ricardo Pinto (goleiro naquela ocasião), faltaram com o respeito dentro da nossa casa, nas Laranjeiras, num jogo onde os jogadores provocaram ao extremo a nossa torcida, com comemorações acintosas, o que ocasionou aquele fatídico episódio da “batalha das laranjeiras”, com direito ao goleiro Ricardo Pinto se fazendo de vítima no Fantástico.

Esse mesmo Atlético Paranaense, em 1996, entregara descaradamente a partida para o Criciúma, o que ocasionou o nosso descenso direto para a série B, recheada de comemoração, curiosamente pelo sobredito atleta, o que foi um prato cheio para o que seria o início da “interdição” do nosso Estádio das Laranjeiras.

Em 2016, a exatos 20 anos, curiosamente no dia 20, enfrentamos esse mesmo Atlético Paranaense, numa final de Campeonato da Primeira Liga, com dois ex-jogadores do Fluminense que, embora com repercussão de menor escala, também viraram casada na maior rapidez, com direito a desrespeito com a nossa amada instituição: Walter e Vinícius, são as “feras”.

O segundo, aliás, naquele que seria o jogo de estreia na competição em que já estava escrito, a mais de mil anos, que o Fluminense se sagraria o grande e pioneiro Campeão da Primeira Liga, aparece para a imprensa “desabafando” que comemorou e muito o único gol daquela partida contra quem “não o valorizou” ou desprezou, o que não é verdade.

Ontem, aquela mesma torcida organizada do Atlético Paranaense, que chegou atrasada no segundo tempo, cheia de marra que lhe é peculiar, começou a cantar, ironicamente, do mesmo modo que o fez e ainda faz desde 1996 …”Pqp, o Fluminense é a vergonha do Brasil”!

Vinte minutos depois, vem o Marcos Júnior e os cala com louvor. São tão orgulhosos que choravam de raiva. EU VI, EU ESTAVA LÁ, próximo a bandeira de escanteio, no setor verde.

No hotel em Juiz de fora com o meu pequeno herdeiro tricolor!
No hotel em Juiz de fora com o meu pequeno herdeiro tricolor!

O grito, a comemoração, o desabafo da nossa Torcida sedenta por uma conquista, pós era Unimed, sem patrocínio Master, sem um elenco de luxo, mas com verdadeiros guerreiros comprometidos em campo, sob o comando de um Treinador de Escol, que calou a boca de muitos, inclusive dos Fredetes torcedores de sofá que, de maneira impressionante e surpreendente, criticaram o treinador por haver priorizado uma competição da qual brigamos com a própria Federação para disputar, pasmem!

Vi uma torcida que há muito tempo não via, comparecendo em peso no Município de Juiz de Fora, comprando o barulho do clube e da diretoria, que lutaram e muito contra a Federação de Futebol do Rio de Janeiro para jogar essa competição que, inclusive, era prioridade do nosso rival Flamengo, como se viu nas expressas declarações do técnico Muricy Ramalho, bem como na recalcada emissora de televisão que optou por não transmitir, em TV aberta, a Final da Primeira Liga.

Duvido que se a situação fosse inversa deixariam de transmitir a grande final.

Mas não ligamos. O caneco é nosso. Agora sim, vamos com a maior tranquilidade jogar as decisões da várzea que se tornou a Rubensliga.  O peso é outro. O brilho dos jogadores é outro. Quem joga pelo empate somos nós.

Parabéns ao Levir por mais uma infindável conquista na sua gloriosa carreira. Como já havia dito na minha coluna passada muito antes da chegada do Levir, não me surpreende nem um pouco vê-lo ser campeão com o nosso amado Fluminense.

E não me surpreende ver o Fluminense como Primeiro Campeão da Primeira Liga, pois, como já é de se notar, o mundo dá voltas, e o Fluminense também.

Rápida Triangulação:

– Fanfarrão, integrante de organizada, “d….de teclado”, mal intencionado, “pior coluna já escrita”, etc. Ouvi de tudo e mais um pouco porque critiquei o Fred na minha última coluna. Para grande parte da torcida, ele é um Deus; o meu post de hoje é especial para vocês que torceram pela queda do Levir, contra a grande conquista do nosso Fluminense, por causa de um “ídolo de 2009 a 2016”; como se 07 anos fosse maior do que 114 anos. Na boa, fiquem aí torcendo por um golzinho dele contra o Botafogo, que eu fico aqui na piscina, nesse exato momento, curtindo mais uma conquista do FLUMINENSE FOOTBALL CLUB, revendo a jogada do gol do Marcos Junior, que muito lutou para chegar onde chegou, SEMPRE DENTRO DE CAMPO.

– E, ingratidão com o Fred pelo que “ele fez” de 2009 a 2016? Ih, o Gum já superou o Fred em conquistas. Flu achincalhado pela grande parte da torcida, inclusive recebendo críticas minhas. Foi para o banco. Não correu atrás para derrubar técnico de mi mi mi. Não tumultuou o ambiente em semanas decisivas. Não arrumou confusão com diretoria. Treinou forte, recuperou seu espaço no dia a dia de treinos e jogando em campo. Grande Gum, parabéns, ídolo pra cadete. É isso que eu espero do Fred, pois o mais importante para mim é curtir dias com o de ontem: com conquistas, títulos.

– A truculência e o despreparo da Polícia Militar não é exclusiva do Rio de Janeiro. Aqui em Juiz de Fora a vergonha do lado de fora apenas refletiu no fim da partida. Todos os torcedores passaram perrengue para entrar no estádio, com a preocupação de, a qualquer momento, vir a ser pisoteado por um cavalo. Os Policiais Militares estavam ameaçando partir para cima do pessoal com cavalos. Isso mesmo, nos hostilizando como se fossemos de outro planeta. Injusta a crítica tanto ao pessoal da Young Flu, quanto da Força do Flu, pois os caras estavam de boa do lado de fora. Foram provocados. Deu no que deu. Talvez sejam Fredetes ou rubronecas recalcadas.

Por Marcos Túlio / Explosão Tricolor