Confiança: o principal trunfo de Abel neste início de temporada




Vencer sempre é bom! Independentemente se o adversário é fraco ou não, fato é que a vitória dá um ânimo novo ao time e ao torcedor e nos permite sonhar com uma temporada espetacular pela frente. Acredito que a mescla da molecada de Xerém com aqueles que já possuem mais experiência e rodagem, ainda que de pouca idade, tem contribuído de forma decisiva para os bons resultados do Fluminense em campo. Isso sem contar Abelão: um monstro na armação da equipe!

Contudo, o que é diferente entre o Fluminense de 2017 e aquele moribundo de 2016: Sornoza e Orejuela somente? Richarlison e seu bom futebol de início de ano? Ou seria simplesmente a organização tática empregada por Abel dentro de campo?

Honestamente, o que está diferente nesta equipe em relação àquela dos anos anteriores é, sem dúvida nenhuma, a confiança dos atletas. É claro que os equatorianos fizeram diferença no time e o novo esquema tático, com linhas bem definidas, também é fundamental para o bom desempenho do Fluminense neste começo de temporada. No entanto, é perceptível a mudança de comportamento dos atletas dentro de campo.

Para realizar tarefas com propriedade e segurança, é vital que o jogador acredite em si mesmo. Assim como o sucesso na vida do ser humano só acontece se conseguimos ter a crença necessária na nossa capacidade, com o jogador de futebol não é diferente. Ele precisa acreditar que é capaz de fazer um passe, de chutar em gol e que o seu time pode chegar à vitória. Sem essa confiança, certamente o atleta não vai conseguir desempenhar bem a sua função.

Richarlison é um bom exemplo de como a confiança é fundamental para o desenvolvimento do time em campo. Apesar de a Seleção Brasileira sub-20 sequer ter se classificado para o mundial da categoria, o jogador do Fluminense voltou voando da amarelinha e encarnou o espírito que se espera de um atleta do Time de Guerreiros. Agressivo (por vezes, até em excesso) tanto na marcação quanto no ataque, Richarlison é o exemplo claro de como a autoestima muda a postura da equipe durante as partidas. Ele próprio admitiu isso na entrevista após o jogo de domingo, dizendo que no ano passado não estava com a confiança necessária para atuar, o que mudou radicalmente em 2017. Ainda bem!

É claro que a confiança vem com o treino, a prática, a repetição de movimentos e fundamentos. Mas ela também vem com um comando certo que busca extrair dos seus comandados o que eles têm de melhor. E nisso Abelão é mestre!

Ver o Fluminense hoje em dia é saber que não teremos jogadores moribundos, cabisbaixos, sem acreditar na vitória e com a certeza de que nada que fizerem será valorizado pela torcida, pelo técnico e por eles mesmos (autocrítica depreciativa) o que era a regra em 2016.

Abel Braga é, sem dúvida nenhuma, o grande responsável por esta mudança de postura dos jogadores. Até nas entrevistas que concede, o nosso técnico sempre exalta as qualidades de profissionais do time, adotando sempre a velha política do “roupa suja se lava em casa”. E ele está certo! Ninguém gosta de ser desacreditado em público, e certamente isso não é diferente no futebol. Tenho certeza que ele cobra muito da moçada, mas não transforma essa cobrança em revolta pública, o que mantém o bom clima no vestiário.

O semblante do time é outro: mais aguerrido e determinado; o comportamento é outro: mais comprometido e encarando de igual pra igual qualquer adversário, como exige a nossa tradição; a entrega é outra: se outrora dava a sensação de que o time estava com “freio de mão puxado”, hoje temos a certeza de que ele está destravado e com a estrada livre para acelerar.

Não podemos esquecer que foram raras as viradas tricolores no ano passado. Este ano já emplacamos uma pra cima do Botafogo e, por muito pouco, não vencemos o Flamengo também dessa forma na final da Taça Guanabara.

O melhor: essa confiança passa para a torcida fora de campo. É como se essa força que vem das quatro linhas contagiasse de tal forma o torcedor que ele passasse a acreditar que tudo é possível neste ano, incluindo, é claro, ganhar todos os títulos que o Fluminense disputar. E sem dúvida essa autoestima do torcedor é o grande diferencial para o sucesso da equipe ao longo da temporada. Pena que o pessoal do marketing ainda está com o espírito de 2016: moribundo e parado.

Pensamento grande é o que se espera de um clube grande!

Ser Fluminense acima de tudo!

Toco y me voy:

  1. É um absurdo a Diretoria ainda não ter trabalhado para usar o Maracanã na estreia da Copa Sul-Americana. Afinal, e o contrato para uso do templo sagrado do futebol, não vai ser cumprido? Será que a Diretoria vai insistir no pensamento pequeno que contrasta com o desempenho da equipe em campo? Oremos!
  1. E o relatório com a catastrófica previsão de dívida para este ano? Vai ser divulgado ou não? Mais transparência Pedro Abad! A torcida tem direito e merece. Do dia 30 de março não pode passar, que é o dia em que os Conselheiros irão votar o malfadado orçamento.
  1. Sornoza não foi convocado para a seleção equatoriana. Será que lá tem alguém melhor que ele? Duvido.
  1. Wendel é um grande volante; rápido e técnico como o futebol moderno exige. Versátil e de bom passe, se ele não se deslumbrar com a possibilidade de sucesso, vai longe. Vida longa ao moleque!

5. Se o Maracanã já foi usado este ano, por que transferir o Fla-Flu para Cariacica? Inacreditável! E, mais uma vez, nada de informação oficial por parte de nossa Diretoria.

Evandro Ventura

Loja---02

Acesse a loja oficial do Explosão Tricolor: explosaotricolor.xtechcommerce.com

Siga-nos no Twitter e curta nossa página no Facebook

INSCREVA-SE no nosso canal do YouTube e acompanhe os nossos programas!

SEJA PARCEIRO DO EXPLOSÃO TRICOLOR! – Entre em contato através do e-mail:explosao.tricolor@gmail.com