Derrota previsível




Fred não esteve bem (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)
Fred não esteve bem (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)

Estimados leitores. Gostem ou não os tricolores mais fanáticos e passionais, fato é que o Palmeiras, não só mereceu a vitória – ao meu sentir, conquistada com muita facilidade –como também, muito antes de entrar em campo, já era o favorito.

O adversário jogaria (como de fato jogou) em casa, no seu estádio, frente a sua torcida que sempre comparece, ao reverso da nossa que não o faz, desde os tempos do “new Maracanã”, e incapaz de colocar 5 mil pessoas em Volta Redonda.

Nosso rival ocupa a segunda posição no ranking de sócios torcedores, atualmente com 126.675 (cento e vinte e seis mil, seiscentos e setenta e cinco) sócios.

Nós fomos ultrapassados pelo Sport, estando na 11ª colocação com singelos 32.529 (trinta e dois mil quinhentos e vinte e nove), prestes a sermos ultrapassados pelo Bahia, que em menos de 02 (dois) meses, já chegou a 25.378 (vinte e cinco mil, trezentos e setenta e oito), mesmo disputando uma Série B.

Ambos os times têm treinadores de escol: Cuca e Levir. Mas o Palmeiras tem o diferencial de ter mais time, mais elenco, mais padrão de jogo. É o atual campeão da Copa do Brasil, e nos eliminou ano passado nos pênaltis porque finaliza melhor. E hoje venceu pelo mesmo motivo.

Triste ver o Fred em plena decadência, lento, sem tempo de bola, finalizando muito mal, cuja única agilidade atual é a de gritar com os companheiros em campo, solicitando o FREDBALL a todo o momento, e reclamando sem razão alguma com a arbitragem, ganhando os seus milhões de reais por mês, ATUALMENTE, com baixíssimo custo-benefício.

Assim penso porque, ver o Alecsandro entrar no segundo tempo, com muito mais mobilidade, vontade e espírito de equipe, decidir o jogo, me entristece profundamente. Era para ser o Fred decidindo e voando em campo, e não o Alecsandro.

O Jean só foi cobrador oficial de falta no Fluminense mesmo. No Palmeiras, quem bate é o Dudu, e muito bem por sinal, pois foi numa jogada de bola parada, que o Cuca sabe fazer muito bem, sempre treinando a exaustão, que o rival abriu o placar. Não vi falha da zaga não. A bola foi muito rápida e mito bem batida, ao reverso dos nossos previsíveis balões.

O Scarpa jogou muito mal hoje: não acertou um passe, marcou mal, cruzou mal, bateu falta mal, e perdeu um gol na cara, após linda jogada do Richarlison que, ao meu sentir, não tem como ser reserva nesse time, em hipótese alguma.

A previsibilidade estava na escalação: dois volantes que não podem jogar juntos. Edson e Pierre. Quantos jogos vencemos com essa dupla?

Mais a frente, Scarpa e Cícero, super marcados, assim como Osvaldo, sem a aproximação do Fred. Ou joga o Pierre ou joga o Edson. Ambos impossível.

Sinceramente, o ponto fraco do nosso time, quando atuamos contra times grandes e tradicionais fora de casa, não é de hoje, se resumem em dois nomes: Fred e Pierre.

O primeiro não dá primeiro combate. Não adianta ficar correndo atrás de zagueiro na saída de bola, nem ficar indo em cima do goleiro em recuo de bola. Tem que fechar no grande círculo, com os meias e volantes, até porque o Fred não tem velocidade. Não se rouba bola no chiliquinho, e sim, no posicionamento tático, tão exigido pelo Levir, tão descumprido pelo Fred na partida de hoje que, ainda assim, permaneceu em campo.

O segundo não tem velocidade para proteger uma dupla de zaga. No segundo gol do Palmeiras, onde estava o Pierre para cortar o cruzamento do Jean, previsivelmente realizado para trás da zaga? Ele nunca está e jamais estará lá, em qualquer lance ofensivo do adversário pelas laterais, como jamais esteve quando o jogo envolveu equipes de renome.

Se for titular, isso vai se repetir na Arena Corinthians, no Morumbi, na Vila, na Arena Grêmio, no Mineirão, etc. Tem sido assim desde que ele chegou, não vai mudar agora.

Mesmo que consigamos contratar um baita camisa 10, sinceramente, não acredito que resolveremos o nosso problema, pois continuo achando que a dupla de volantes atual é fraca. Tanto é que o Cicero joga improvisado por lá. Troca o Pierre e coloca no seu lugar um Sandro, um Fernando, um Elias, um Rafael Carioca para ver se as coisas não melhoram. Tão evidente. No mercado Sul Americano tem aos montes; não trazem porque não querem.

Se tinham 450 mil para pagar o Diego Souza, com essa grana dá para trazer uns dois do Atlético Nacional, do River ou de outros times. Não é porque o Pierre ganha meio milhão por mês que tem que ser titular. Isso é uma aberração.

Darei um exemplo para melhor compreensão. Corinthians. O volante Christian, ao meu ver, muito bom por sinal. Mas está mal. Ganha algo em torno de 600 mil reais. Não adianta: não está bem fisicamente e tecnicamente, não joga e nem jogará com o Tite. Tanto é que não está jogando.

No Fluminense: temos o Edson que, ao meu ver, precisa de ritmo de jogo. Entrementes, após a reunião do Chororô do Fred com a diretoria, ele e o Pierre não saem mais do time. Sai todo mundo: Scarpa, Richarlison, Marcos Junior, Edson, Osvaldo, Cícero. Pierre e Fred, não. Pior para o Fluminense.

Fico entristecido com isso, pois não haveria problema algum – principalmente nessa partida em que o Palmeiras escalou os jogadores com mais velocidade do elenco na partida de hoje, justamente por causa dessa evidente deficiência que chama lentidão no Fluminense, que representam dois a menos taticamente – em colocarmos Fred e Pierre no banco, começando o jogo com Edson e Richarlison, ou Edson e Marcos Junior, por exemplo.

Qual o problema? Porque Fred e Pierre não podem ser banco, principalmente em jogos duros e pegados, contra times grandes, fora de casa?

O Fred não decidiu, malgrado tenha tido três oportunidades claríssimas de gol. No passado decidia. Hoje não decide, não resolve, não define, contra grandes times. Contra os menores, vai sim fazer os seus golzinhos. Mas num campeonato competitivo e mais nivelado por baixo da história, ao meu ver, pode ser que atrapalhe nossas pretensões, salvo retorno do Fred de 2010 e Pierre dos tempos de Palmeiras, coisa que, sinceramente, não acredito que acontecerá. Eles até pareciam que iriam emplacar fisicamente, tecnicamente e taticamente. Mas considerando que estão prestes a entrar no mês de junho (seis meses para entrar em forma, coisa que até o Jonathan conseguiu, após grave lesão?), no momento estou desacreditado de que conseguirão.

Não vi mérito algum do Prass, e sim, demérito nas finalizações do Fred, pra lá de lentas, fora de tempo de bola e displicentes. O “Alecgol” só precisou de uma. Não dá, inadmissível, este produzir mais do que o nosso ídolo, que mais parece um jogador que vive do passado, sem ambição de futuro.

E não me venham me dizer que estou culpando esses atletas pela derrota, ou dizerem que sou ingrato, blá-blá-blá, não me encham o saco, Fredetes!

Pensem no Fluminense e na sua estratégia nos confrontos, jogo a jogo, até porque as opções de banco são escassas. Num jogo contra Atlético Paranaense em Edson Passos, pode colocar o Fred, até mesmo o Pierre juntos. Agora, contra o Atlético Mineiro no Independência, não façam isso. Compreendem onde quero chegar?

Voltando ao jogo, taticamente não fizemos um bom primeiro tempo. O Palmeiras respeitou e muito o Fluminense, dando essa falsa ilusão, pois senti que estuaram e muito o nosso posicionamento. Viram que não iam conseguir nada em cima do Jonathan, sempre com auxílio do recuo do Cícero, presença do Edson e participação do Osvaldo para ajudar, até mesmo com participação do Scarpa em alguns momentos, nesse setor. No segundo tempo, fizeram o óbvio: foram pra cima do W. Silva, que não tinha proteção alguma do Pierre.

No segundo tempo, adiantou a marcação, colocou o Alecsandro e liberou o Dudu (atacante, mas jogando como meia ofensivo, dando passes precisos, coisa que sempre disse que o Marcos Junior pode fazer e sabe fazer muito bem, compreendem agora quando digo que não existe jogador habilidoso e técnico com posição fixa, assim como se tornou o Luan no Atlético Mineiro?), em cima dos nossos volantes, e não no ataque isolado, como ficou e sempre vai ficar o Fred, que não se aproxima do Fred para tabelar.

O Osvaldo, junto com o Fred, vira marcador de lateral. Se não tiver jeito do Fred ser banco em algumas partidas, então que joguemos com três atacantes, igual na partida contra o América Mineiro e Santa Cruz, com Osvaldo de um lado, Richarlison do outro, Fred no meio, com Edson, Cícero e Gustavo Scarpa no meio, tendo o Marcos Júnior e Magno Alves como opção. E que corramos o risco de perder nessa formação, se assim necessário e inevitável for. O que não dá é para fazermos o mais do mesmo, achando que Pierre e Edson vão segurar ataques velozes.

Acredito que se tivéssemos agredido o Palmeiras de igual forma, teríamos melhor sorte. Abrimos mão de jogar como deveríamos ter jogado. Errou o Levir, estrategicamente para esse jogo, coisa que não é normal de acontecer. Exemplo, ano passado, quando perdemos para o Galo aqui no Maracanã, onde ele colocou o time do Atlético na ofensiva.

Necessário decidir se Cícero será ou não segundo volante. Se vamos ou não contratar um baita jogador para essa posição, que assim seja. Se não vamos, ao menos algumas premissas deveriam ficar definidas: Edson, Cicero, Scarpa, Richarlison (Marcos Junior), Osvaldo e Fred. Com Jonathan e W. Silva (ou Willian Matheus, quando vier), mais presos.

Aí teremos as opções de Maranhão e Magno Alves para o segundo tempo, assim como o próprio Pierre, pois, embora lento, num segundo tempo, diante de jogadores cansados, ele dá uma falsa ilusão de boa marcação.  

O resto galera, na boa, é mais do mesmo. Basta fazer um levantamento de todas as derrotas para evidenciar tudo que restou supramencionado. Vamos que vamos, pois essa derrota, ao meu ver, estava na contabilidade, assim como muitas outras estarão, embora acredite que, mesmo com esses defeitos, brigaremos lá em cima.

Edson Passos para ontem! ST.

Rápida Triangulação:

– Muitos disseram na minha coluna anterior que “quando o time é bom, não se sente arbitragem”. Será mesmo? Num campeonato tão nivelado por baixo, por causa do assalto contra o Santa Cruz e do Pênalti amigo contra a Chapecoense, aos 50 minutos do segundo tempo, o Flamengo já passou a nossa frente.

– Muitos estão pedindo um camisa 10; eu só peço uma coisa: façam pressão para subir o baixinho e canhotinho Ramon. Deem a camisa 10 a ele; não precisamos de Rafinha ou Dudus da vida. Vão por mim: o 10 está em casa, dando bobeira, assim como o Scarpa deu por muito tempo.

– Peço-lhes um pouco de paciência, mas por ora, na boa, nada comentarei sobre política e eleições. Prometo fazê-lo quando faltar um mês, sendo certo que não utilizarei o canal para apoiar candidato X ou Y, e sim, única e exclusivamente para analisar sobre as propostas efetivamente apresentadas, independentemente de quem seja o candidato.

Marcos Túlio / Explosão Tricolor

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