Ele deve uma Copa Sulamericana e uma Taça Guanabara




Estimados leitores. Mesmo com o meu sangue tricolor fervendo desde a partida contra o Madureira, onde ficou evidente que o nosso “Capitão” estava visivelmente insatisfeito com o sucesso do nosso amado Fluminense e com o insucesso das suas atuações (vejam a entrevista do mesmo na saída do campo, no segundo tempo, que fala por si só, acrescida da sua infantilidade e molecagem ao longo da semana passada), optei por quedar-me silente, para o efeito de dar mais uma milésima chance ao nosso centroavante para se redimir, acreditando que ele deixaria o seu gigantesco ego pessoal de lado para, na partida de hoje, entrar em campo bem fisicamente, tecnicamente, psicologicamente, coletivamente e, justamente porque é o “Fred”, acabar com o jogo, acertando tudo, nos fazendo campeão.

Mas ele não treinou; como isso seria possível? Ué, não o defenderam, ele não é o ídolo, estando acima do bem e do mal? Não decide? Craque não precisa treinar, ainda mais o Fred, certo? Que bobeira do Levir em substituí-lo ou barrá-lo! Ele está com “sangue nos olhos”, ao ponto de, malgrado não se contentando em receber quase um milhão de reais por mês, repensou se “valeria a pena” permanecer no Fluminense, depois de tanta “injustiça” e, “por amor ao clube”, optou por ficar. Desde que fosse a campo na data de hoje.

Fiascos.

Otários são Cristiano Ronaldo, Messi, Neymar, Soares, Lukako, Vardy, Van Persie, Ibrahimovic e tantos outros que treinam diariamente em busca da perfeição, com repetição de fundamentos que lhes são natos. Malandro é o Fred que passa a semana na academia e entra em campo.

Queria estar aqui, com a minha boca queimada, com o “rabo entre as pernas”  enaltecendo o “ídolo da galera” (nunca foi e jamais será o meu, em respeito ao Carlos José Castilho, Marcos Carneiro de Mendonça, Telê Santana da Silva, Waldo Machado da Silva, Benedito Assis da Silva, João Carlos Batista Pinheiro, Orlando de Azevedo Viana e Romeu Pelliciari).

Entrementes, com todas as vênias aos defensores do Fred, estou aqui para criticá-lo veementemente, posto que para se fazer teatro, tem-se que se garantir em campo, coisa que o Fred não fez.

Em 1995, Renato Gaúcho, que lutava para ficar em forma jogando futevôlei lá na Praia de Ipanema, em todos os fla-FLUs daquele ano, apostou elevadas cifras com o Romário, queridinho da imprensa naquele ano, sendo que venceu todas as apostas e, com o produto da vitória em cada um desses clássicos, reverteu tais quantias em favor de instituições de caridade.

O meu conceito de ídolo é muito radical, ainda mais quando se trata de Fluminense.

Segundo o Dicionário Houaiss, ídolo é “imagem que representa uma divindade e que se adora como se fosse a própria divindade”; “pessoa ou coisa intensamente admirada, que é objeto de veneração”.

Visualizem essa foto do nosso saudoso goleiro Castilho e me digam se o Fred chega perto do dedo amputado. NUNCA SERÁ.

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Pouco importa se o time foi misto ou não. Fato é que o Fred é culpado pela perda da primeira Taça que está em jogo esse ano sim, assim como foi responsável direito pela perda da Copa SulAmericana em 2009, quando estávamos com um homem a mais em campo, com 3×0 no placar e apenas 20 minutos de jogo do segundo tempo, vindo a ser expulso, para variar, por causa do seu eguinho pessoal.

Sinceramente, depois de tanta palhaçada, ignomia, molecagem e insubordinação, o mínimo que o Fred teria que fazer, ainda que com 10 (dez) juniores ao seu lado, era deixar umas três bola na rede e umas cinco assistência. Ora, não é o Don Fredon, o ídolo, o artilheiro, o senhor das laranjeiras?

Ledo engano. Desculpem a minha veemência, mais o fato do cara ter talento e ser um craque de bola, não significa que ele é um atleta. O Fred em campo hoje foi infinitamente inferior ao Riascos, que decidiu o jogo para o nosso rival. Assim como vem sendo em relação a vários atacantes e artilheiros do nosso país no momento.

Craque atleta em forma é diferente de craque sem condições de jogo. E hodiernamente o Fred não tem condições de nem ser banco.

Mas Fred é ídolo! Na boa, para mim nunca foi, é mais um bom jogador dentre tantos outros que vestiram a nossa camisa.

Em 2009 ele tinha Conca e Maicon ao seu lado, junto com Alan. Em 2010, tinha Conca, mais Emerson Sheik, autor do gol do título do nosso Brasileiro e que fez multifários gols ao lado do Washington, que estava com o pé calibradíssimo. E por causa do Fred, foi dispensado em 2011 em plena libertadores para, no ano seguinte, ser campeão e destaque, pelo Corinthians.

Em 2011, dale Conca novamente, alternando com outros coadjuvantes importantes, sendo que, em 2012, tinha W. Nem ao seu lado e um Thiago Neves se matando taticamente para o “ídolo” aparecer. Em termos de conquistas, Gum também participou de todas, junto com ele. Quero ver se campeão igual ao Ézio, Assis, Washington, Paulinho. Igual ao Waldo, Castilho.

Relembro que, em 1995, o Super Ézio ficou numa boa sendo banco do Leonardo e do Renato Gaúcho, sendo que, na hora do gol de barriga, quem é o primeiro a pular igual a uma criança, porque era gol do Fluminense, foi ele.

O próprio Magno Alves foi reserva do Romário e às vezes, até mesmo do Caio, e nem por isso deu o chiliquinho que deu o Fred.

Mais uma vez: ganha o Fred que apareceu por uma semana, assim como ele ganhou sendo o artilheiro do Brasil em 2014, graças ao FREDBALL. E mais uma vez, perdeu o Fluminense.

Ainda bem que na quarta-feira o “senhor da bola” não vai estar em campo. Seremos campeões? Sinceramente, cravo que sim, e dali para frente muita coisa vai mudar. Tem que mudar. Até Totti já banco várias vezes na Roma, assim como Drogba no Chelsea e Rooney no Manchester United. Mas no Fluminense não pode? Sinal de alerta ligado, pois quem ganha a vida com garganta é cantor. As falas do Fred, diga-se, de passagem, sem razão alguma, não entram na rede, não rendem títulos

O Fluminense é essencial para o Fred; o inverso, ao meu sentir, já está evidente que não. Dessa vez, não falarei de arbitragem, pois o nosso “cantor” tinha que estar com a voz afiada.

Rápida Triangulação:

– Final da Primeira Liga; vale o primeiro Título do Ano. Não precisamos dizer mais nada. Uma conquista na quarta, tranquilidade e moral para o resto da temporada.

– Perdemos a guerra, mas não a batalha. Rubensliga ainda está em aberto, ainda mais quando jogarmos com o time completo. Acertou o Levir, ao meu sentir, em escalar um time misto, pois um fla-Flu logo de cara não seria nada interessante. Azar do Botafogo.

– Pelo Esporte Interativo, na boa, voto sim. Vergonha o PFC hoje. Pena que o Fluminense escolheu uma renovação com a Globo que, ao meu sentir, salvo esclarecimento minucioso, não consigo enxergar vantagem alguma para o Fluminense, frente a ainda discrepante distribuição de cotas.

Marcos Túlio / Explosão Tricolor