Emoção e Razão




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Ensacando o pó de arroz (Foto: Thiago Toledo / Explosão Tricolor)
Ensacando o pó de arroz (Foto: Thiago Toledo / Explosão Tricolor)

Entrar no Maracanã com a galera da Bravo 52, carregando um fardo de pó de arroz até o nível superior, para depois sentar no corredor junto com uma molecada intensamente apaixonada pelo Fluminense e ensacar os saquinhos de pó de arroz me fez relembrar os primeiros passos que dei na arquibancada com o meu saudoso pai, na metade dos anos 80. Todo tricolor deveria passar por esse tipo de experiência. É muito emocionante, é a pura essência verde, branca e grená, é ter o Fluminense explodindo na alma e no coração!

Sobre a bola rolando, vamos lá…

Nem o Fluminense esperava abrir o marcador logo com três minutos de jogo. Geralmente, quando isso acontece, o time tenta aproveitar o embalo para ampliar, mas não foi o que vimos. Surpreendentemente, recuamos. Em diversos momentos, vimos alguns dos nossos jogadores apelando para o chutão, ou seja, abrindo mão do belo futebol que essa rapaziada vinha apresentando.

A bela torcida tricolor (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)
A bela torcida tricolor (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)

Na segunda etapa, voltamos com outra postura. Nos primeiros vinte minutos, o Fluminense teve tudo para ampliar o placar. O Flamengo estava morto. Criamos diversas chances, mas o time foi não soube aproveitar. O bom de respirar futebol desde pequeno é que ao longo do tempo você acaba adquirindo a capacidade de enxergar melhor o jogo. Depois de tantas chances desperdiçadas, estava nítido que havíamos deixado escapar a nossa oportunidade de ouro. E para piorar as coisas…

Pois é, levamos o gol do empate nos minutos finais. Aproveitando, não fugirei da dividida com relação ao Diego Cavalieri. O cara falhou? Sim, só que se não fosse ele, o campeonato já teria sido decidido no primeiro jogo. E outra: até a falha decisiva, ele vinha fazendo uma partida impecável. Até invertida de jogo o cara acertou. Futebol é isso aí, basta um lance para o mundo desmoronar, mas não crucificarei o nosso camisa 12. O embalo que não soubemos aproveitar na primeira etapa, acabou sendo aproveitado pelo Flamengo, que conseguiu arrumar a expulsão do nosso goleiro e fazer o gol da vitória.

Não vou ficar aqui lamentando a perda do título. Perder final é péssimo, mas depois de muito tempo, vou abrir uma exceção para a rapaziada do Abelão. Começaram o ano sem moral alguma com a torcida, chegaram a ser chamados de timeco e ainda estão sem receber os direitos de imagem, sendo que, em alguns casos, o atraso chega a cinco meses, conforme foi publicado pelo jornal Extra. Mesmo com todos estes problemas, eles honraram as cores do Fluminense e isso deve ser muito valorizado pela torcida.

Somente o que sentimos, justifica o que fazemos (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)
Fluminense te amar é minha raiz! (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)

Com relação ao Abel Braga, apesar de muitas substituições equivocadas nos dois jogos finais, temos que bater palmas pro cara. Aceitou pegar um elenco muito jovem e com alguns jogadores odiados pela torcida. Está lapidando alguns diamantes brutos que certamente darão retorno ao Fluminense em todos os sentidos, caso a diretoria tenha lucidez, inteligência, visão e criatividade num mercado cada vez mais exigente. Por falar na diretoria, vamos aguardar o comportamento dos nossos dirigentes quando a próxima janela de transferência internacional abrir. É lógico que sabemos da necessidade de vender um ou dois jogadores, mas ficaremos aqui observando qual será a política de reposição para depois bater palmas ou criticar. Uma coisa é certa: o elenco precisa ser reforçado para a sequência. 

Para encerrar, só podia mesmo falar da verdadeira campeã: a TORCIDA DO FLUMINENSE. É a mais bonita, é a mais vibrante, é a mais apaixonada, é a mais aguerrida, é a mais foda! Havia outro lado no Maracanã? Não escutei. São muito fracos! Essa é a real. Outra realidade é a de que título deles sempre leva um “asterisco” referente ao apito, sendo que, desta vez, com direito a comemoração com punho cerrado e tudo. É como o Capitão Nascimento fala: “O sistema é f#$%, parceiro!”

O Campeonato Carioca já é página virada. Na próxima quarta, estarei com a minha equipe em Montevidéu, no Uruguai, para acompanhar o Fluminense no jogo de volta contra o Liverpool, válido pela Copa Sul-Americana, num dos poucos templos sagrados do futebol mundial ainda existentes neste planeta, o lendário Estádio Centenário, que ainda não foi assassinado pelo futebol moderno.

Obrigado, Abel Braga! Obrigado, elenco! Obrigado, torcida tricolor! Vocês devolveram o meu orgulho de ser tricolor e a minha dignidade de poder torcer. A luta continua!

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo

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