O Fluminense é a liderança que o futebol brasileiro precisa!




O jogo do último sábado foi sensacional em todos os aspectos. Pra mim, contudo, o principal foi ver aquele menino tímido do início do ano passado despontar como uma dos grandes jogadores de 2017: o jovem Richarlison. Podem me cobrar em dezembro porque tenho certeza que o moleque vai estourar! Onde ele vai entrar? Não sei. Mas tenho certeza que estará em breve no time titular do Fluminense.

Mas a semana que passou foi rica em informações. Para quem se habilita a escrever algumas linhas direcionadas ao torcedor, certamente há assunto de sobra e não tenho dúvidas de que, mesmo que o Fluminense não esteja diretamente envolvido, ele poderá se aproveitar dos acontecimentos para reprogramar a sua estratégia de gestão. Vou falar apenas sobre dois deles: Atletiba e torcida única.

O primeiro assunto é, sem dúvida, o que mais impacto causou: a transmissão do clássico paranaense pelo Youtube. A Federação deles, apesar de, incialmente, ter autorizado que os clubes transmitissem a partida pela internet, voltou atrás e proibiu que o árbitro iniciasse a partida enquanto a equipe do sistema de vídeos on line estivesse em campo.

É claro que os contratos existem para serem respeitados. No entanto, a toda poderosa Rede Globo não possui nenhum vínculo formalizado com os dois clubes, o que demonstra que eventual interferência é absolutamente incompatível com a vontade da torcida (essa sim, a dona do espetáculo!). E mais: a proibição é totalmente incompatível com a própria legislação, já que o artigo 42 da chamada “Lei Pelé” estabelece que pertence aos clubes o direito de negociar a transmissão dos jogos.

E o que o Fluminense tem a ver com isso? Absolutamente tudo! É evidente o interesse da Rede Globo em transformar Flamengo e Corinthians os maiores do país. E assim fará com pagamentos absolutamente discrepantes entre os clubes participantes dos campeonatos Brasil afora. Basta dizer que a equipe rubronegra recebeu em 2016 aproximadamente 170 milhões de reais pelos direitos de transmissão dos jogos do Brasileirão, ao passo que o Fluminense recebeu apenas 60 milhões. 110 milhões de diferença! É o interesse econômico da emissora acima do interesse do desporto e da sadia competição entre as equipes.

A transmissão pelo Youtube seria um marco nesta luta contra a desigualdade financeira patrocinada pela emissora carioca cujo monopólio se estende por anos. Parabéns à dupla Atlético e Coritiba! Estamos com vocês!

Outro fato ocorrido na última semana e que interessa diretamente ao Fluminense é a determinação judicial de que os jogos no carioca devem ter torcida única. Bem, ordem judicial se cumpre e não se discute; contudo, como estamos no Brasil, um movimento sutil pode ocorrer e o cartola máximo da FERJ pode tentar beneficiar seu eterno amigo, o execrável Eurico Miranda, presidente do Vice da Gama. O regulamento do carioca não prevê mandante no jogo final. Imagina se Vasco e Fluminense chegarem lá? É capaz de o dirigente mandar o jogo pra São Januário. Loucura! Apesar de ser uma suposição por enquanto, os dois últimos campeonatos deixam certo que tudo pode acontecer quando estes dois se unem.

A verdade é que jogo com torcida única, por mais que respeitemos a decisão do juizão, é um tapa na cara do futebol brasileiro. Nossos governantes têm o dever de cuidar dos arredores dos estádios e garantir a ordem. Retirar do espetáculo o saudável “grito antagônico” das torcidas é simplesmente trabalhar a favor de um governo que não cumpre com sua obrigação. Simples assim!

Os dois acontecimentos, principalmente o de Curitiba, demonstram o quanto o Fluminense deve repensar a sua forma de gerir o seu futebol. Ainda é muito cedo para cobrar isso de Pedro Abad, mas não dúvidas de que, caso a Globo insista em manter os valores nos patamares atuais, deverá despontar uma grande liderança nacional para evitar a enorme discrepância apresentada em termos financeiros. E ninguém melhor que o Flu, cuja torcida é exigente e compra a briga justa do clube, para se destacar neste cenário.

O Fluminense é enorme, já dizia Nelson Rodrigues. E não vai ser agora que deixará de liderar as grandes questões nacionais. Por isso sou favorável à Primeira Liga, cuja intenção é exatamente se libertar das amarras burocráticas e com interesses nada transparentes dos dirigentes do nosso futebol.

Ser Fluminense acima de tudo!

Toco y me voy:

  1. simplesmente sete jogadores do time que entrou em campo sábado são cria de Xerém. Ultimamente tenho sido um crítico da forma como nossa categoria de base vem desenvolvendo os atletas. Sem vontade e apáticos. Mas tenho que reconhecer que a bronca de Abel no início do ano deu um ânimo novo na moçada.
  1. Voltando ao garoto Richarlison: como cresceu na sua passagem com a Seleção Brasileira sub-20. Apesar do fiasco da amarelinha no torneio, ele foi uma das raras exceções e ganhou confiança para entrar bem no time. Sem contar que abriu mão das férias. Cheiro de ídolo no ar!
  1. Um assunto pouco explorado até agora foi a queda de parte da arquibancada do Giulite Coutinho. Tudo bem que aconteceu uma forte chuva. Mas o estádio acabou de ser reformado e o Flu mandou diversos jogos lá, inclusive com carga máxima de ingressos. Imaginem se o local vem abaixo durante uma partida; como reparar o prejuízo humano e social? Mais responsabilidade com a vida alheia faz bem.
  1. Nos EUA já experimentaram o recurso da TV para tirar dúvidas sobre lances de arbitragem. Como é bom o crescimento do futebol na maior potência mundial! Possibilidade de inovações positivas.
  1. A minha alegria é total toda vez que lembro que Cícero está no São Paulo.

Evandro Ventura

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