O Futuro tricolor




Schopenhauer, grande filósofo alemão, dizia que “só o presente é verdadeiro e real”. Não dá pra dizer que o filósofo está errado, mas parece que no Fluminense levam isso a sério demais.

Digo isso pois parece que planejamento de longo prazo inexiste no nosso clube, e aqui posso afirmar que o Fluminense não goza de exclusividade nesse quesito.

É um mal do futebol brasileiro a falta de planejamento. Aliás, é um mal nosso, como povo, de modo geral.

Para um clube que pretende dar saltos grandes rumo ao tão sonhado profissionalismo de fato do departamento de futebol, o primeiro passo é o planejamento.

O campeonato pra gente acabou há algumas rodadas. O clima para a disputa de futebol acabou depois da tragédia com a Chapecoense nessa semana, que recebeu lindas e justas homenagens ao redor do mundo.

De muito pouca coisa importa o que vai acontecer na rodada a ser disputada no próximo final de semana. Jogaremos uma das poucas partidas com algum interesse, e temos obrigação moral de terminar de rebaixar o Inter.

Mas nossa cabeça precisa estar no futuro, no que vem pela frente nos próximos três anos, tempo que durará o mandato do presidente recém-eleito. O que fazer para consolidar a estruturação do clube fora das quatro linhas sem deixar de lado o desempenho dentro de campo?

Planejar.

Essa é, e sempre será, a resposta mais correta para essa pergunta. Acho que a primeira decisão tomada foi acertada, o contrato longo firmado entre o Fluminense e Abel Braga.

Em 2012, ano da nossa última grande glória, critiquei o Fluminense diversas vezes pelo futebol com pouco brilho que apresentou, mas tem o seguinte: o time podia até não encantar, mas era eficiente pra dedéu.

Era muito difícil ver aquele time do Fluminense perder. O sistema defensivo sólido e o ataque com a última dupla que deu certo de verdade, Fred-Nem, sobraram no campeonato. O time era muito bem treinado, firme e tinha gana de vencer.

Quando veio 2013 e o Campeonato Brasileiro começou ruim pra gente, Abelão foi mandado embora. Até ele próprio fez um mea culpa na época, mas confesso que não entendi a decisão. Eu sei que cinco derrotas em seguida pra um time que vinha de título era incompreensível, mas a gente sabe como acabou aquele ano…

Acho que se tivessem mantido o cara no comando da equipe talvez não tivéssemos precisado contar com a incompetência dos outros pra que a nossa própria não fosse castigada.

Nesse momento acredito que tenha sido acertada a opção pela volta de um técnico tão identificado com o nosso clube e que, se não é um treinador brilhante, sabe organizar time e domar vestiário.

Um contrato longo significa, ou pelo menos deveria significar, uma demonstração de que há um projeto pensado e que precisa ser posto em prática. Parte importante desse projeto são os nomes que ocuparão as cadeiras do departamento de futebol.

E é aqui que o Fluminense mais tem pecado como futebol clube nos últimos anos.

Podemos imaginar que os inúmeros perebas que passaram pelo time são a causa, mas eu os vejo muito mais como consequência, afinal, alguém os contratou, e se os contratou foi porque achou um bom negócio…

Dá pra dizer que um cara que vê futebol nesses cabeças de bagre está preparado pra participar da gestão do departamento de futebol de um time enorme como o Fluminense? Deixo a resposta com vocês…

Que o próximo presidente tenha a sabedoria de montar uma equipe eficiente para o departamento de futebol, sem vaidades, sem megalomania, sem escolhas meramente políticas.

O futuro do nosso clube do coração passa por aí.

No mais, VENCE O FLUMINENSE!!!

Pitacos do Toni:

– Pensei em escrever um texto durante a semana sobre o que aconteceu na Colômbia, mas sinceramente não achei palavras. Que descansem em paz todas as vítimas e que possa haver algum conforto para os corações de seus familiares.

– Marketing. Esse é outro departamento onde precisamos de profissionais competentes e pra ontem. Desperdiçamos muitas oportunidades por puro descaso.

– Alexandre Mattos? Ok, agora uma pergunta: Sabe trabalhar com limitação de investimento? Se sim, vai nos servir, se não, passar bem.

– Obras do CT paralisadas, Pedro Antônio sem saber qual cargo ocupará com a nova diretoria. Espero que não desande. Esse CT é também o nosso futuro.

– A imprensa esportiva no Brasil tem cada palhaço que às vezes é até difícil de acreditar que esses caras têm voz em uma rádio grande. Processo nesse babaca da Jovem Pan.

– Muito emocionante as imagens do velório do Paulo Julio Clement no salão nobre das Laranjeiras, esse sim era um jornalista com J maiúsculo. Que descanse em paz.

Toni Moraes / Explosão Tricolor

Foto: Fluminense FC

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