Seis em seis




E o Henrique Dourado, hein? No início do ano era um dos indesejáveis do elenco do Fluminense. Chegou a ser cogitada a vinda de um jogador como Hernán Barcos, o que seria ótimo para o Flu, apenas se Dourado fosse embora, por empréstimo ou em definitivo. 

A negociação com Barcos naufragou (risos) pela divulgação das tratativas na imprensa, inflacionando o negócio e, pela situação complicada do clube nesse início de temporada, afastando o Flu de um possível acerto. Com esse cenário e a dificuldade de encontrar um nome para comandar o ataque do Fluminense em 2017, Abel Braga deu um voto de confiança para o camisa 89. Tal gesto foi refletido na diretoria que lhe ofereceu o desafio de ser o primeiro camisa nove após a dinastia de Fred no Fluminense. Na época, desconfiamos.

Tais desconfianças foram reflexo do início do atacante no clube, na metade do ano passado. Ele chegou no pacote, junto com Wellington, Marquinho e Rojas, sendo um dos vários jogadores que não se firmaram. Fez dois gols e depois não aparecia mais dentro de campo. Como ele chegaria pra iniciar a temporada?

Abel Braga, em uma das entrevistas de início de temporada, defendeu seu comandado. Afirmou que conhecia o atacante e que o mesmo teve um desempenho abaixo do esperado pois chegou no meio da temporada. O treinador disse que Dourado não teve a preparação que os demais atletas fizeram e que o mesmo também não teve férias. Naquele momento me pareceu uma boa estratégia, dar confiança ao atleta, meio que desconsiderando suas atuações iniciais e mexendo com o brio dele. Dourado já sabia que, mesmo com a confiança, agora seria pra valer. E está sendo.

Ele jogou 14 jogos em 2016, fazendo dois gols apenas. O ano virou, teve férias, pré-temporada e as coisas estão bem diferentes. Ele participou de seis jogos: Criciúma, Vasco, Resende, Partuguesa-RJ, Bangu e Globo-RN. Já são seis gols: Vasco, Portuguesa-RJ, Bangú (2) e Globo-RN (2). A média é de um por jogo, sem contar que foram cinco nas últimas três partidas. Um desempenho de encher os olhos da nossa torcida superexigente.

É claro que tivemos adversários fracos, como Vasco e Globo-RN, por exemplo. Mesmo assim, suas atuações ultrapassam os gols e chamam a atenção também pela movimentação, abertura de espaços e os primeiros passos da marcação, no campo do oponente. Tem sangue nos olhos de Henrique Dourado e na nossa boca, já que estamos mordendo a língua o tempo todo com essas gratas surpresas. Que continue assim!

SOBRE FLUMINENSE 5×2 GLOBO-RN

• Minha opinião: pior atuação do Flu no ano, com o time titular;

• O time pareceu desconcentrado desde o início. Errando passes simples, o que não estava acontecendo;

• Nossa dupla de equatorianos parecia confortável em campo, só que de um jeito ruim.

• Sornoza jogou muito abaixo da sua média, deu passes errados de letra no campo de defesa, errou lançamentos e viradas de jogo que não costuma e ainda perdeu o pênalti. Está precisando marcar urgentemente;

• Orejuela também não estava como de costume. Podemos observar isso quando contamos a quantidade de vezes em que o Flu errou na saída de bola. Em outros jogos ele estava sempre a postos para receber e fazer a bola rodar, hoje recorremos a chutões e erramos no primeiro passe. Caso o Globo-RN fosse mais qualificado, o placar poderia apertar;

• Pontos positivos para Henrique Dourado, que brigou os noventa minutos como se fosse uma final. Esse é o espírito;

• Lucas teve um aproveitamento espantoso, subia para o ataque e conseguia sempre uma boa jogada.

• Sem comentários para o golaço do Scarpa.

Abraços,

Karel Leal

Por Explosão Tricolor / Foto: Fluminense FC

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