Um burro com sorte, e com pouca educação




Amigos Tricolores,

Sair de um clube após fazer um trabalho bem limitado e agredir gratuitamente a instituição decididamente não é lá uma atitude muito inteligente.

Agradecer em tom de deboche dizendo que teve mérito em dirigir o clube que mais demite no Brasil é muito despeito.

Você já foi melhor nisso, Levir…

Esperava mais o que depois de perder 4 das últimas 6 partidas, e empatar as outras duas, sempre com o time jogando um futebol bastante sofrível? A decisão foi até muito tardia.

Além de mostrar há tempos que estava completamente desmotivado, desinteressado, desencorajado mesmo para realizar seu trabalho com um mínimo de eficiência.

Suas entrevistinhas engraçadinhas já estavam enchendo a paciência. A clara impressão é que estava contando o tempo para acabar o ano e voltar para o Sul, descansar a cabeça e relaxar.

As lamentáveis folgas de dois dias depois de levar pancadas feias em campo e antes de iniciar a semana para o jogo seguinte mostravam seu total descompromisso com o trabalho em questão.

Ora, se o comandante não mostra lá muito empenho, nem compromisso, o que dizer de seus comandados?

“Trabalhar nove meses em um clube famoso por ser o que mais demite técnicos no mundo tem também seu mérito.” (Levir Culpi)

Além de tudo é mentiroso!

O portal globoesporte.com fez uma interessante matéria ontem e mostrou que o Fluminense é pelo menos o sexto (empatado com outros 4 clubes) dentre os times da Série A que mais demitiram treinadores desde 2011.

Desde que chegou ao clube ele já foi escorregando nas entrevistas. Lembro de cara de uma resposta, muito pouco Inteligente, depois de ser perguntado na apresentação o que iria fazer no Fluminense. Ele disse: “Vim ganhar dinheiro.”

Logo ficou meio sem graça, tentando consertar a infeliz brincadeirinha, que na verdade foi uma resposta no reflexo, parece que reproduzindo o que efetivamente pensava… Ou pelo menos foi o que demonstrou ao longo de nove meses.

E cá pra nós: ganhou dinheiro, em dia, e razoavelmente mole. Tinha um bom salário.

No outro dia, ao responder sobre o problema que teria sentido o William Matheus para ser dúvida para um jogo, ele disse, numa coletiva: “O que ele sentiu a gente costuma chamar de viadagem.” Os repórteres riram, meio espantados. O engraçadinho ganhou sorrisinhos, mas provavelmente perdeu um pouco mais do grupo.

Assim se perde um grupo, Levir. Imagine qual jogador gostaria de ouvir isso de seu treinador, em deboche junto à imprensa.

Não por menos, ou por coincidência, o treineiro se indispôs logo ao chegar com o Diego Souza, e posteriormente com a estrela maior da companhia, que acabou preferindo até sair do clube. Nem vou entrar no mérito da questão, se o Fred também tinha muitos poderes, se queria ter domínio sobre os jogadores mais jovens. Se o Peter não o queria mais… O fato é que o Levir se indispôs com ele.

E assim foi o comandante arrumando intrigas, e com o tempo foi demonstrando que, se a marra era grande, a capacidade de montar um time foi sempre limitada. Nove meses se passaram e ele NUNCA chegou a uma conclusão do time titular.

E outra: para que levar uma montoeira de jogadores para o banco de reservas se no final só tinham oportunidades rigorosamente os mesmos? Todo mundo já sabia: no segundo tempo entram Marquinho e Marcos Junior, ou, se escalados estes desde o início, entrariam Richarlison e Douglas. A terceira substituição era normalmente a entrada de Magno Alves, para jogar uns escassos minutos e ter que virar herói de um placar já bem adverso.

Entrar um outro jogador só se um lateral ou zagueiro sentissem durante o jogo.

Por que o Aquino de início só foi testado no derradeiro jogo do Levir? Antes só tinha entrado no segundo tempo contra o Palmeiras, num jogo em que o Flu não via a cor da bola e já perdia por 2 x 0. Por que Pedro nunca mais teve uma chance, depois de entrar até bem no flaxFlu do primeiro turno?

Por que Dudu e Maranhão nunca mais tiveram uma chance? E o Osvaldo? Nem que fosse para oxigenar mais o time, pois muitas vezes era visível o desgaste de nosso setor de meio campo, principalmente Cícero, e algumas vezes o próprio Gustavo Scarpa. Marquinho não vem bem fisicamente, mas passou a ser o único meia aproveitado do banco.

Antes de se contundir, poucas chances teve o Renato Chaves, mesmo com a má fase do Gum. Nogueira nunca mais entrou também.

Nem vou falar da insistência com William Matheus, pois, se é fraco, tem um reserva também bem limitado, o Giovanni. O mesmo para a turma da lateral direita.

Lamentável também o Danilinho, que, ao que consta, foi contratado a pedido do Levir. Esse teve algumas chances, e foi muito mal.

Eram as famosas substituições SE VIRA NOS TRINTA, quando os infelizes que entravam no segundo tempo tinham cerca de meia hora para darem conta do recado, entrando normalmente num time já meio perdido em campo.

E o fôlego do time? Ora, com duas folgas e a semana começando com um treino regenerativo na quarta-feira, natural que o fôlego da equipe fosse diminuindo, a ponto de sermos dominados no final por times que muitas vezes nem tinham tido a semana toda para trabalhar. Vide o Coritiba, que tinha vindo de um jogo pela Sul-Americana no meio de semana, e o Cruzeiro agora, que jogou uma dura semifinal de Copa do Brasil fora, na quarta-feira, e domingo correu muito mais do que o Fluminense.

Levir até chegou mais ou menos bem no time, e teve a sorte de já chegar a um título, pegando a campanha da Primeira Liga pelo meio. Substituir o fraquíssimo Eduardo Baptista e não dar um upgrade no time seria mesmo difícil. Depois, teve até momentos em que parecia que iria decolar com o time.

Em pouco tempo, porém, começou a se complicar e nunca achar a escalação ideal, caindo na mesmice e nas repetitivas substituições, muitas vezes, inclusive, mexendo mal, tirando o homem errado.

Levir dirigiu o time por 52 jogos, obtendo 22 vitórias, 15 empates e 15 derrotas, com 71 gols pró e 53 contra, e aproveitamento de 51,92%

Se o clube só jogou duas vezes no ano na cidade do Rio de Janeiro, ele já sabia que seria assim ao assumir o cargo.

E o torcedor tricolor entendeu com o tempo mais uma de suas infelizes piadinhas, lá na entrevista de apresentação: “Podem preparar a caixinha de remédios.”

Já foi tarde, Levir! Sair com inteligência é para poucos!

Boa sorte nesses quatro jogos, Marcão!

E que no ano que vem tenhamos um grande nome no comando do time, de preferência sem tanta marra e piadinhas, e com muito mais trabalho compromissado com as tradições do Fluminense Football Club.

Porque O IMPORTANTE É O SEGUINTE: SÓ DÁ NENSE!!!

Por PAULONENSE / Explosão Tricolor

Levir Culpi: muita piadinha, muitas folgas para o grupo e um time que ele nunca encontrou.