Uma vitória que mais parecia um oásis no meio do deserto de 2009




banner_paulonenseAmigos Tricolores, hoje lembro um Fluminense x Sport marcante.

O Campeonato Brasileiro de 2009 não estava sendo fácil. Campanha ruim, o time não se encontrava, Renato Gaúcho não conseguia fazer o time rodar, contusão muscular gravíssima de Fred na 13ª rodada, na derrota contra o Atlético/MG, o que o fez desfalcar o time por 15 rodadas, ou 19 jogos, se somados os 4 da Copa Sul-Americana.

Perspectiva ruim, o time mergulhando num buraco sem fundo.

O Fluminense não vencia havia onze rodadas! Em 16 rodadas só vencera o São Paulo na estreia e o Botafogo, na quinta rodada, e apenas por um a zero. Duas vitórias, cinco empates e nove derrotas. Socorro! Apenas 13 gols marcados e 26 sofridos.

Amigos, estava feia a coisa…

Estava começando a complicar muito, e os matemáticos já esfregavam as mãos e usavam até cálculos trigonométricos para espremer o Fluminense a cada rodada, e sabemos que chegaram mesmo a nos dar apenas 1% de chances de escapar da degola.

Aquela tarde/noite, porém, no Maraca, nos reservava um momento de respiro e esperança.

Era dia 6 de agosto de 2009 – que coincidência, amanhã faz oito anos! – , e o Fluminense enfrentaria o Sport em meio a toda essa desconfiança. Ainda sob o trauma de ter perdido o Fred havia três rodadas, e com a efetivação de Kieza no ataque, que, vamos combinar, o que tinha de esforçado tinha de limitado.

O Fluminense estava prometendo naquela partida. Foi logo para cima, mas só aos 19 minutos abriu o placar, após rebote de chute de Roni, que o eterno Magrão soltou, e Kieza aproveitou para marcar.

Aos 32 Kieza ampliou, em contra-ataque com lançamento para Roni, que deu o passe do gol.

Aos 39 Roni, que estava em grande dia, ampliou em cobrança de pênalti, fechando em 3 a 0 o placar da primeira etapa.

Também de pênalti, o Sport diminuiu aos 16 do segundo tempo, gol de Vandinho, mas logo aos 21 Carlos Eduardo (lembram dele?) ampliou e praticamente assegurou a vitória, depois confirmada aos 45, quando Maicon marcou, aproveitando bela jogada de Conca.

Não fui ao jogo, mas torci e vibrei no pay-per-view.

E só para termos a ideia do quanto aquele jogo foi um ponto fora da curva, se ali chegamos após 11 jogos sem vitória, dali partimos para uma nova série de 11 jogos sem vencer, aí já incluindo dois jogos da primeira fase da Copa Sul-Americana, e o primeiro jogo das oitavas da competição, totalizando a ridícula marca de apenas aquela vitória em 23 jogos!

Somente na 26ª rodada do Brasileirão o Fluminense voltou a vencer, 3 a 2 sobre o Avaí, no Maraca, já com Cuca no comando, em jogo que enfoquei na minha história por ocasião do confronto contra o time catarinense, na nona rodada.

Lembro que pouco depois estive na Argentina, na Patagônia, onde, preocupado com o nosso Fluzão, visitei geleiras em El Calafate, e estive em Ushuaia, na Terra do Fim do Mundo, extremo sul das Américas, onde pedi que toda a fase gelada do Fluminense lá ficasse para sempre.

E funcionou! Foi eu voltar ao Brasil com minha inseparável bandeira que me acompanha em tantas viagens e o Fluzão iniciar aquela arrancada histórica, que todos já sabemos que teve um final muito feliz, inclusive com nova vitória sobre o Sport, por 3 a 0, no Recife.

Nada para o Fluminense é impossível!

Porque O IMPORTANTE É O SEGUINTE: SÓ DÁ NENSE!!!

Por PAULONENSE / Explosão Tricolor

Kieza
Kieza era limitado, mas naquele dia fez dois gols.