União para um Fluminense cada vez mais forte




Torcida explodindo na arquibancada (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)

Quando o Fluminense chegou a apresentar o melhor futebol do Brasil neste ano, com o time jogando em alta velocidade, muita movimentação e ousadia, todos nós sabíamos que não seria possível atuar daquela forma durante 2017 inteiro. E sabíamos o porquê. Elenco reduzido e com posições carentes de qualidade técnica; clube com falta de recursos financeiros; nova diretoria com velhos problemas; além da eventual oscilação, normal em qualquer time. Então dizíamos que, nos momentos de ausência de vitórias, seria, e é, mais do que necessária a paciência e apoio da torcida tricolor.

A diretoria deixou claro que não vai contratar além do possível, uma vez que não há dinheiro e não se deve aumentar a dívida, que já é grande. Hoje em dia até para contratar jogadores do Criciúma há uma enorme dificuldade. Já se foi a época em que o Fluminense contratava à vontade, pagando, inclusive, salários absurdos para determinados jogadores. No momento vivemos a consequência dessa política: austeridade a fim de equacionar dívidas altíssimas.

E chegamos novamente à questão da importância do trabalho das divisões de base desenvolvido em Xerém. Jovens talentos vêm surgindo, jogando com muita disposição e garra, e dando conta do recado. Por serem muito jovens, pecam pela inexperiência que leva a resultados indesejáveis e frustrantes, como ocorreu nos fla x FLUs do ano até agora. Levamos gol no fim em quatro dos cinco duelos e não vencemos nenhum deles. Isso porque não há um jogador cascudo nem um líder em campo. Sornoza faz muita falta no meio, pois distribui e cadencia o jogo, o que é fundamental para segurar o resultado. Wellington Silva também, uma vez que segura bem a bola no ataque e sofre muitas faltas. Seria essencial ali no fim do jogo.

Um grave problema que parece estar crescendo é a divisão da torcida. Enquanto um grupo apoia do início ao fim, independentemente do resultado, outro grupo critica, xinga e vaia, até durante a partida. Até aí, tudo bem, já que são características de uma torcida heterogênea e democrática. O problema é quando ocorre conflito, como no jogo contra o Grêmio, no Maracanã. E isso é inadmissível, sem entrar no mérito de quem começou a confusão, a meu ver os dois lados estão errados. Há de haver respeito, tolerância e civilidade.

Os protestos têm de ser pacíficos, como o do último sábado, nas Laranjeiras. E não se pode culpar, neste caso, os jogadores nem o técnico. O time vem lutando muito em campo, mesmo os tecnicamente limitados. E Abel Braga não tem muitas opções.

Portanto, mais do que nunca, é preciso muita união de todos os segmentos: time, técnico, torcida e diretoria. O elenco tem de ser blindado pela diretoria. Esta tem de absorver as críticas e contra-argumentar de forma transparente, agindo com inteligência e ousadia. E ser contundente com notícias que possam perturbar a equipe. É hora de perseverar e de começar a pensar e planejar o ano de 2018. Até lá, é o momento do time ganhar experiência e maturidade, formando-se uma base sólida para os próximos anos. E mais uma vez é primordial a paciência da torcida para eventuais momentos de escassez de vitórias. União é a palavra-chave do momento. Que haja a fusão tricolor! Para que em breve tenhamos a efusão verde, branca e grená!

Helio Waizbort

Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

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