Possibilidade de atuar junto com Ganso, sequência ruim de resultados, decisão contra o Atlético-GO e muito mais: leia a entrevista coletiva de Nenê




Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.



Meia-atacante concedeu entrevista coletiva após o treino da manhã desta terça-feira

No início da tarde desta terça-feira (22), o meia-atacante Nenê concedeu entrevista coletiva no CT Carlos José Castilho. O camisa 77 falou sobre a possibilidade de atuar junto com Ganso, sequência ruim de resultados, bom momento individual, mudança de posicionamento, decisão contra o Atlético-GO e muito mais. Confira abaixo todas as respostas do jogador:

Possibilidade de atuar junto com Ganso

“Os dois estando bem, quem ganha é o Fluminense. Não acho que o verdadeiro torcedor do Fluminense ache isso (ou um ou outro). Acho que é mais de torcedores que não enxergam o dia a dia, mais coisa de internet. Daria sim para o time ser competitivo. Depende muito do jogo, estilo de jogo, de como o jogo se apresenta, mas pode acontecer. Contra o Moto Club ele entrou logo e jogamos muito bem, conseguimos a virada. Depende muito da situação do jogo, mas quando se apresentar essa possibilidade, podemos ser muito competitivos sim.”

Bom momento individual

“Que essa fase continue por muito tempo. O mais importante é o Fluminense ganhar. Minha felicidade é essa, estarmos conquistando nossos objetivos, ganhando os jogos. É trabalho diário, esforço. Sempre dou o meu melhor a cada dia para ajudar o Fluminense. Espero que isso se mantenha por um longo tempo e eu possa continuar ajudando o clube.”

Mudança de posicionamento

“Estou acostumado. A experiência ajuda bastante nessas horas. Nas posições que Odair me colocou eu já tenho experiência grande, não tem problema nenhum. É coisa que faz parte na nossa profissão. Nem está tendo tanta mudança. Só contra o Flamengo que joguei diferente das outras duas. Tranquilo, faz parte.”

Cuidado externo para se manter 100% fisicamente

“Procuro me cuidar fora daqui. Não faço nenhum tipo de trabalho além do que fazemos no clube, mas o trabalho de recuperação que eu faço em casa. Procuro sempre fazer bota, aquelas coisas… Se alimentar bem, dormir bastante. Focar em coisas que eu possa recuperar mais rápido para já estar bem para o dia seguinte, jogo seguinte, e poder fazer o trabalho 100% aqui no clube. Me cuido assim, às vezes faço uma coisa ou outra, já fiz aquela coisa de eletroestimulação, mas já faz um tempinho que não faço. O principal realmente é o cuidado extracampo e de recuperação para poder estar fazendo o que a molecada de 20 faz também (risos). E também manter a intensidade em todo jogo e todo treino.”

Mira temporada mais artilheira (27 gols em 2011/12 pelo PSG)?

“Não passava. Mas agora começa a passar, né? (risos). Não é um objetivo, mas ficarei feliz se conseguir atingir. Já estou com quase 40 e seria uma marca muito bacana e histórica. É um motivo a mais para eu continuar tentando manter meu nível alto e intenso para ajudar o time. Espero que possa acontecer, mas não é aquela coisa de “tem que fazer”. Mas já que está aí, vamos tentar ultrapassar essa marca.”

Chance de virar treinador quando se aposentar

“Nem conversamos sobre isso (Nenê e Fluminense). Não gosto de ficar pensando muito, mas é uma coisa que já tenho que amadurecer e nos últimos dois anos começou a amadurecer essa ideia na minha cabeça, porque eu via como era. Estou vendo que vou sentir muita falta disso, se eu parar e não trabalhar com futebol. Já começou a juntar uma coisa na outra, já comecei a conversar com o Papito, com o Maurício (Dulac). Então amadureceu essa ideia de ser treinador, me manter no futebol, que é uma coisa que eu amo, minha paixão. Eu sou um caro muito ativo, não gosto de ficar parado, sem fazer nada. O tempo todo eu tenho que fazer alguma coisa. Eu já sei que se eu parar e não trabalhar com futebol vou ficar muito… O que eu vou fazer? Comecei a pensar, já tenho uma certa experiência, acredito que vai ajudar. Vou ter que estudar bastante. Não imaginava voltar a estudar, mas são coisas que fazem parte. É sempre legal estar aprendendo alguma coisa nova. Mas eu não estou pensando nisso para agora, mas logo logo vai ter que começar a colocar em prática esse plano (risos).”

Sequência ruim de resultados

“Temos que tirar uma lição das coisas que nos equivocamos nesses jogos e pensar para frente. Fizemos tudo que podíamos, já passou, não vai mudar. É aprender. Alguns jogos foram mais desatenções nossa do que mérito do adversário. Isso dá para melhorar com certeza para conseguir uma dinâmica positiva de vitórias.”

Nenê-dependência?

“Não acredito nisso de “Nenedependencia” não. É uma coisa natural a gente ficar preocupado em render, o time render sem mim. Contra o Athletico-PR, por exemplo, fizemos um grande jogo e eu não estava. Contra o Sport, fizemos um grande jogo também, mas faltou a bola entrar… Não sei dizer, explicar, acho que o time rendeu muito bem, faltou realmente a definição. Não acredito que seja um problema, acredito que tenha sido só nesse jogo. Espero que, quando eu não estiver… Nós temos muitos jogadores de qualidade, totalmente competentes para também fazer a diferença.”

Falta de atacante de referência

“Foi uma coisa que foi muito em cima. Não esperávamos a saída do Evanilson, depois o Fred teve Covid-19. Me ajuda muito um cara com mobilidade na frente, para dar mais opções, não só do passe. Estamos ainda buscando o jogador para fazer isso. O Luis Henrique fez muito bem no penúltimo jogo. Mas isso aí é com o Odair.”

Fase artilheira e dificuldade no ataque tricolor aumentam a responsabilidade em fazer gols?

“Pode ser. Mas continua não sendo minha obrigação (fazer gols). Vou continuar falando para depois não sobrar para mim (risos). Claro que a responsabilidade aumenta. Isso é uma coisa totalmente natural e não tem problema nenhum. Com certeza vou continuar tentando fazer o que venho fazendo.”

Dificuldade em improvisar no ataque

“Realmente foi mais um improviso. No meu caso acho mais tranquilo até pela experiência. Mas se eu jogar mais avançado e tiver que comandar o ataque, se a bola vier pelo alto, é impossível… Vai voltar. E às vezes a gente não tem o tempo de treinar. Foi um jogo, no jogo seguinte já aconteceu a “venda”, um problema, alguma coisa… Você treina um dia, dificulta, é natural. Tem que ver mais como eu jogo, jogar mais com a bola no pé. É coisa normal.

O Luiz Henrique ainda é um garoto, mas ele já jogou nessa posição (de camisa 9). Inclusive fez muito bem. São coisas que às vezes, pela situação, acontecem… Um problema, um improviso, uma expulsão. A gente tem que estar preparado. Isso faz parte da nossa profissão, a gente tem que estar preparado para assumir determinada função em determinado jogo. E tentar fazer o melhor possível.”

Momento complicado para o Fluminense ainda estar buscando soluções no ataque

“Não digo que não temos esse jogador. Digo que não tivemos tempo de preparar esse jogador para fazer esse tipo de coisa que o Evanilson fazia. Mas no caso do Luiz Henrique, por exemplo, acredito que ele possa fazer, mas tem que ter tempo. Não tem como você, do nada, já fazer um trabalho que você não está acostumado. A gente está meio que “no começo” da temporada. O tempo está todo ao contrário, jogadores que saíram, que ainda podem sair… É o momento que nós vivemos e temos que saber lidar com esses problemas e tentar resolver com os jogadores que estão ou, sei lá, o clube está buscando ou não. É a gente buscar uma solução e com certeza tem jogadores qualificados para ajudar e acharmos essa solução. Mas não vai ser de um dia para o outro.”

Rodízio de jogadores

“É uma situação inevitável. Não estamos tendo tempo, os jogos são em menos tempo de recuperação. Sempre uma hora ou outra precisará ter esse descanso. Espero pode marcar um outro hat-trick depois de um descanso, mas nos classificando já seria o principal. Nosso grande objetivo esse ano é tentar conquistar essa Copa do Brasil.”

Dificuldade contra times fechados

“Tem jogos mais difíceis, os times se postam mais atrás e fica difícil furar esse bloqueio. Não é só o Fluminense que tem esse problema, mas todos os times que jogam contra equipes que se fecham lá atrás, que fecham os espaços. Tem que ter uma rotatividade da bola mais rápida de um lado para o outro, aquele facãozinho curto… É ver onde dá para melhorar, como furar o bloqueio nesses jogos.”

Decisão contra o Atlético-GO

“Não deixa de ser uma vantagem. Vantagem pequena. Nós não podemos jogar diferente por isso porque um gol só é muito pouco. Nós vimos o último jogo deles contra o Atlético-MG, poxa… Tiveram muitos gols. É uma vantagem, mas não é uma coisa que vá fazer a gente jogar diferente por causa disso. Temos que jogar da mesma maneira que jogamos aqui, tentar buscar o gol o tempo inteiro. Claro, com inteligência, sabedoria. Tentar buscar mais um golzinho, que aí sim tendo dois gols, já dificulta mais para eles. Mas não mudar de postura. Sabemos que será muito difícil. Por isso que temos que entrar sempre muito focados para fazer um grande jogo e trazer a classificação para o Rio.”

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Por Explosão Tricolor / Fonte: Globo Esporte

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