Ainda é cedo, mas algumas sinalizações preocupam!




Abel Braga (Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.)



Tricolores de Toda a terra, em primeiro lugar, FORÇA VINI!

Dando sequência, chegamos ao segundo jogo do Campeonato Carioca, e o time ainda dá sinais de que ainda virão mais “sofrências” pelo caminho. E isso é até compreensível tendo em vista que é início de temporada, e que o desentrosamento é visível e esperado, e que os jogadores estão sem ritmo de jogo e ainda em fase de preparação física inicial. Entretanto, criamos algumas expectativas a respeito de uma possível atualização do “velho Abelão”, nutridas pelo próprio técnico que nos garantiu “novidades”.

Pois bem, o que vi foi a tentativa de inovar no esquema tático, com a escolha pelo 3-5-2 do primeiro jogo, e o 3-4-3 do segundo jogo, que acabaram em ambos os jogos, sendo substituídos pelo tradicional esquema com a primeira linha de quatro. É fato que o esquema com 3 zagueiros é complexo, e de difícil implementação, entretanto é um dos mais utilizados nos dias de hoje, haja vista o Manchester City que por várias oportunidades já utilizou o esquema com a formação 3-4-3.

Tenho a impressão que o nosso “Abelão” tem tentando buscar essas alternativas táticas, e isso é bom, entretanto, só isso não basta, caso o mesmo insista com jogadores que não possuem condições de exercerem as funções exigidas pelo sistema em questão.

Veja, sem querer comparar as qualidades das peças que o Guardiola possui com as que o Abel tem, vale ressaltar que em todas as vezes que o treinador espanhol aderiu ao sistema 3-4-3, este utilizou na sua segunda linha, apenas jogadores de meio campo, não fazendo uso de alas ou laterais tradicionais, sendo este: Phil Foden, Fernandinho, Gundogan e Sané. Já o nosso “Abelão”, utilizou por exemplo no jogo de ontem em sua segunda linha os jogadores: Samuel Xavier, Yago, André e Cristiano. Reparem que Samuel Xavier e Cristiano, são laterais ou alas, e não jogadores de meio campo. Mais uma vez amigos, é importante frisar que não estou fazendo comparações técnicas entre os jogadores, mas as escolhas táticas.

O que quero dizer com isso, é que o Abel apenas usou um esquema moderno, sem talvez ter consciência de suas nuances, das características inseridas pelo Guardiola por exemplo. E usar apenas as características posicionais do esquema não muda nada, muito pelo contrário, você “deturpa” o sistema tático.

Nos esquemas 3-4-3 ou 3-6-1, diferente do 3-5-2, não é comum o uso de laterais ou alas, e o Abel parece optar por ir na contramão. Em muitos momentos do primeiro tempo da partida contra o Madureira, os nossos alas jogaram recuados, formando uma primeira linha de cinco ao invés de uma segunda linha de quatro, formando um 5-3-2 ao invés de um 3-4-3 como era a proposta inicial, e daí surge a “deturpação” que falei.

Com isso, fica a falsa ideia que a culpa é do sistema tático e não da forma equivocada como este é executado. Mas concordo com a ideia que se o Abel não é competente para executar esses sistemas, que faça o simples e use o casual, o que ele está acostumado a trabalhar. Mas daí que partem nossas lamentações quanto ao fato de não termos optado por um treinador com ideias mais modernas e antenadas com o que acontece hoje no mundo.

De todo modo, voltando à questão do 3-4-3, entendo que a melhor opção para a segunda linha, teria sido utilizar talvez pelo lado direito um jogador com as valências do Jhon Árias, e pela esquerda o próprio Nathan, ou mesmo o Yago pelo lado direito, etc.



Ainda no que tange às preocupantes “sinalizações” dadas pelo nosso querido Abel Braga, duas coisas tem irritado-me profundamente, os laterais batidos para dentro da área, e as insistentes ligações diretas da defesa para o ataque. Quando digo que essas “sinalizações” me preocupam, é porque sabemos que este é o modus operandi do nosso técnico desde sempre. Até mesmo o time campeão de 2012 tinha este odiento hábito de bater lateral para dentro da área, e sair jogando com chutões. Esse tipo de jogada, pelo menos a mim, denota que não temos jogadas ensaiadas, criatividade para criar chances de gols, etc.

Mais ainda, desafio o caro leitor a citar 5 gols que ocorreram de laterais para a área. Poderão até encontrar, mas terão dificuldades. No tocante às ligações diretas, esta é outra ação inaceitável. No jogo contra o Bangu, por exemplo, fizemos seis tentativas do tipo, e o Bangu não fez nenhuma.

Repito que precisamos dar tempo ao Abel, aos jogadores e ao time no geral, pois dois jogos são muito pouco, entretanto esses sinais dados preocupam, pois como disse, está no DNA do nosso treinador, e precisam inclusive ser corrigidos pelo próprio.

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Leandro Quintella

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Por Explosão Tricolor

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