Portal detalha novo racha entre Flamengo, Fluminense e Botafogo




O portal Globo Esporte deu detalhes do novo racha entre Flamengo, Fluminense e Botafogo. Os desentendimentos em torno do uso do Estádio Luso-Brasileiro para o clássico Fla-Flu afloram crises antigas. Confira abaixo como ficou o cenário nos bastidores:

BOTAFOGO → O clube caiu de paraquedas na confusão na última sexta-feira, quando procurado pelo Fluminense. Em um primeiro momento, recusou uma oferta de R$ 80 mil pelo aluguel da Arena, mas aceitou R$ 180 mil. O acerto parecia definido, mas nunca houve consenso na diretoria alvinegra. Uma tubulação de esgoto estourada serviu como justificativa, mas a história não se encaixava: como teria vetado o jogo do dia 13 sem ter comunicado nada para mudar o local da partida do dia 12? No Twitter, o vice-presidente de comunicação, Márcio Padilha, garantiu que o duelo contra o Colorado será na Ilha e respondeu à pergunta de um internauta sobre a questão do problema de esgoto: “Será consertado a tempo”.

Acontece que a pressão interna foi determinante. Por questões políticas ou técnicas, alguns dirigentes foram contra. Os valores foram considerados baixos, fora o risco de danos à estrutura do estádio. O estado do gramado também pesou por conta da realização de três jogos em cinco dias. Outro fator que contribuiu foi a reação de sua torcida, que nas redes sociais reclamou muito de ceder sua casa a rivais que são concorrentes diretos por vagas na Taça Libertadores da América de 2017.

FLAMENGO → Bandeira de Mello, presidente do Rubro-Negro, revelou-se decepcionado com a decisão do Fluminense. Ele garantiu que havia um acordo de cavalheiros entre os clubes em relação a dividir a renda igualmente e não restringir a torcida visitante a um espaço reduzido, como ocorreria na Arena Botafogo. Disse que desta forma foi organizada a partida do primeiro turno, em Natal, com mando rubro-negro, e cada um recebeu R$ 500 mil fixos. O Flamengo acredita que receberá muito menos agora, mas ao menos sairá com uma vantagem técnica com o adiamento para o dia 13: a volta dois de seus titulares, Muralha e Guerrero, que retornarão a tempo após defenderem as seleções de Brasil e Peru.

O racha com o Botafogo desta vez ficou em segundo plano, já que o Flamengo não é o mandante do clássico e sequer participou das negociações. Mas a diretoria sabe que o veto também tem a ver com a possível presença do Rubro-Negro no estádio. O clube evita ataques ao Fluminense por conta da parceria que pretendem costurar para a administração do Maracanã. De resto, a união não é mais a mesma. Internamente, dirigentes se veem isolados com relação aos demais clubes cariocas.

FLUMINENSE → Sem poder contar com Maracanã e Engenhão e antes de ter a opção de Edson Passos, o Fluminense vendeu o mando de seis jogos a empresa do ex-atacante Roni. O Fla-Flu era um deles, e optou-se por Manaus, com cota de R$ 500 mil a cada clube. A combinação mantinha o acordo verbal do primeiro turno, no qual a partida fora disputada em Natal. Porém, após descobrir uma ação do Flamengo na CBF com a intenção de adiar a partida para o dia 13, o Tricolor desaprovou a postura e mudou de opinião. Roni alegou que não poderia bancar o valor em uma data que não fosse feriado pelo apelo do público.

Peter Siemsen, então, ao decidir priorizar o aspecto técnico e o interesse do torcedor, entrou em contato com o Botafogo e acertou o aluguel da Arena da Ilha no dia 13. O Tricolor chegou a anunciar oficialmente o local e também não caiu bem nas Laranjeiras a postura alvinegra do veto. Tanto que o clube já está buscando outro lugar. Deve fechar acordo com a prefeitura de Volta Redonda e mandar o clássico no Raulino de Oliveira, destinando apenas 10% de ingressos à torcida do Flamengo, com a renda sendo dividida igualitariamente.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Fluminense F.C. / Foto: Divulgação / FFC

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