Apoiador de Mário Bittencourt acusa falta de transparência no orçamento da obra do CT




A véspera da maior eleição presidencial da história do Fluminense promete ser bastante agitada. Os tão comentados projetos de gestão devem sair de cena para dar lugar a diversas acusações que envolvem os bastidores do clube. Diante deste cenário, uma nova polêmica, desta vez levantada por um apoiador do candidato Mário Bittencourt, envolve o orçamento do clube na obra do CT. Um suposto documento de nove páginas tem movimentado os bastidores do Fluminense. O presidente da comissão criada para fiscalizar a obra do CT, Sérgio Poggi, entregou um relatório que aponta falta de transparência e irresponsabilidade com o orçamento do clube.

Segundo o “Jornal Extra”, no ofício encaminhado para o presidente do Conselho Deliberativo do Fluminense, Marcus Vinícius Bittencourt. Nele, consta que o vice de Projetos Especiais, Pedro Antônio da Silva — que toca a obra e a financia —, não forneceu documentos solicitados. Entre eles, relação de empresas envolvidas, orçamentos, cronogramas e estudos. O texto diz que os empréstimos foram feitos com taxa Selic de 2% ao mês e com verbas de TV e direito de jogador como garantia. Além disso, lembra que as obras foram iniciadas sem previsão orçamentária. Confira, abaixo, alguns trechos do relatório.

O documento incendiou ainda mais o barril de pólvora que se tornou a disputa eleitoral no Fluminense. Integrante da comissão de fiscalização, o conselheiro Rafael Valle afirmou que não se sente representado pelo relatório. Por sua vez, Marcus Vinícius afirma que, sozinho, Poggi não fala pela comissão.

– Para mim, não tem valor – descarta, acrescentando que as contas de 2015 foram aprovadas.

Pedro Antônio garante nunca ter cobrado juros. O vice de projetos especiais acusa Poggi de ter visitado pouco a obra, assim como toda a comissão, e diz que os dados poderiam ter sido obtidos no clube ou em seu escritório, na Barra.

– Fui eu mesmo que pedi a criação dessa comissão — argumenta, para logo em seguida insinuar que o conselheiro agiu politicamente pelo fato de apoiar a candidatura de Mário Bittencourt.

Poggi, protagonista da polêmica, diz que os demais membros não quiseram colaborar com o relatório. E lembrou que, em momento algum, citou candidatos ou chapas eleitorais em seu texto.

— A comissão encerra seu mandato no sábado. Tinha que mandar minhas impressões para que ficassem registradas de forma oficial. Não questiono a obra. Mas não recebi elementos para dizer se ela é boa — alega Poggi, que declara apoio a Bittencourt em sua página no Facebook.

A obra do Centro de Treinamento do Fluminense, na Barra da Tijuca, teve início em junho do ano passado. A primeira fase, que ao contrário do planejado incluiu a construção da torre de hotelaria (mas não todo seu interior), custará R$ 30 milhões, segundo o relatório. Ela ficará pronta até o fim do ano. De acordo com Pedro Antônio, foram gastos R$ 25 milhões. Deste valor, o Fluminense o reembolsou até agora em R$ 18,5 milhões. A segunda fase prevê a finalização do setor de hotelaria, a construção do terceiro campo e a pavimentação de uma rua de acesso. Ainda não há valor estipulado e nem data para início da obra. Vai depender do resultado da eleição de sábado.

Por Explosão Tricolor – Fonte: Jornal Extra – Foto: Divulgação

Siga-nos no Twitter e curta nossa página no Facebook

INSCREVA-SE no nosso canal do YouTube e acompanhe os nossos programas!

SEJA PARCEIRO DO EXPLOSÃO TRICOLOR! – Entre em contato através do e-mail: explosao.tricolor@gmail.com