Não adianta desesperar






Não adianta desesperar

Se na Copa Sul-Americana a situação está tranquila, o mesmo não podemos dizer no Campeonato Brasileiro. Com os resultados de sábado e domingo, o Fluminense caiu para a décima terceira colocação. Dentro do que penso para escaparmos do risco de rebaixamento, a situação de momento não me surpreende. Entretanto, não há como não ligar o sinal de alerta, mas também não adianta desesperar.

O duelo de logo mais contra a Chapecoense será pedreira das grandes. Jogar na Arena Condá lotada é algo bastante complicado. Os caras entrarão com a faca nos dentes, pois podem terminar a rodada na zona de rebaixamento. Vale destacar que será o nosso terceiro jogo fora do Rio no período de apenas oito dias.

Mais do que nunca, a comissão técnica terá papel fundamental na partida de logo mais. Nem todos os jogadores devem estar inteiros para encarar um adversário que teve uma semana inteira livre de treinos e descanso.

Na minha visão, o ideal seria repetir a escalação da vitória sobre o Deportivo Cuenca, mas as condições físicas podem forçar algumas mudanças. Só espero que o Luciano tenha mais uma oportunidade no comando do ataque.

Sem fugir da nossa realidade, digo que se salvarmos dois ou três pontos nos duelos contra Chapecoense e Grêmio, já estará de bom tamanho. Depois será o Paraná, no Rio. Aí não tem historinha, ou seja, os três pontos terão que vir de qualquer jeito.

Faltam 14 ou 15 pontos. No restante, fica a torcida para que a equipe supere o desgaste e as suas limitações. A rapaziada tem o meu apoio.

Dois sentimentos opostos

A matéria publicada pelos jornalistas Edgard Maciel de Sá e Hector Werlang, ambos do portal Globoesporte.com, sobre a solidariedade dos jogadores do Fluminense na delicada situação dos atrasos salariais dos funcionários do clube gera dois tipos de sentimentos totalmente opostos.

Primeiramente, não há como deixar de exaltar a nobre atitude dos jogadores. Pagar as contas e ainda emprestar dinheiro aos funcionários que estão sem receber seus respectivos salários é algo que merece ser destacado. É o lado humano da solidariedade. Sem falar que sinaliza até o comprometimento dos jogadores com a Instituição Fluminense Football Club.

Mas ao mesmo tempo que temos que elogiar, não dá para deixar de dizer que a vergonha é imensa. Essa situação sinaliza a total incapacidade da gestão à frente do Fluminense. É como se tivéssemos retornado aos anos 90 em pleno 2018.

No entanto, nada mais me surpreende quando o assunto envolve uma diretoria que só sabe chorar miséria, vender os principais jogadores por uma ninharia e aumentar a dívida. Isso para não falar sobre a política de “transparência zero”. Gerar receitas, alavancar o número de sócios, movimentar o quadro social e tratar bem o maior patrimônio são apenas meros detalhes.

Até quando?

Forte abraço e Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo

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