Muricy Ramalho fala de momentos marcantes do título brasileiro de 2010, sonho com Telê Santana e relação com o Fluminense




Foto; Divulgação



Nesta sexta-feira (12), a partir das 16h (de Brasília), o SporTV reprisará compactos de três partidas decisivas da conquista do tricampeonato brasileiro do Fluminense, em 2010. E o técnico Muricy Ramalho, que comandou o time de guerreiros na ocasião, concedeu entrevista ao jornal “O Globo” para relembrar a épica conquista. Confira abaixo:

Após a vitória contra o Cruzeiro, você foi chamado para treinar a seleção brasileira. Posteriormente, permaneceu no Fluminense.

Acho que a torcida realmente reconhece o que você faz. Eu dei muita importância ao clube e cumpri com a minha obrigação de ficar. Esse respeito veio principalmente depois que eu disse não à seleção brasileira para ficar no Fluminense.

Desde então, a torcida passou a gritar “Muricy guerreiro, ficou no Flu para ganhar o Brasileiro”. Como foi receber esse carinho?

Esse carinho foi muito especial e foi fundamental também para o time, deu muita força aos jogadores porque a torcida demonstrou que viria junto com a equipe.

Sonho com Telê Santana e previsão de conquista

É verdade. Eu nunca tinha sonhado assim com o Telê e foi uma coisa impressionante. Estava na concentração e sonhei com um Telê diferente, dando risada. Ele sempre foi um cara muito sério, concentrado, mas neste sonho eu vi um Telê muito feliz. Ele tinha um carinho muito grande pelo Fluminense e sempre falou bem do clube nas conversas que tínhamos, então quando acordei, tive a certeza de que seríamos campeões.

Hoje, qual a sua relação com o Fluminense?

Tenho uma relação bacana com as pessoas que ficaram por lá, viraram meus amigos. Coordenadores, dirigentes, ficou uma boa relação até hoje. Sempre alguém daquela época me liga, como o Celso Barros, Alcides Antunes. É esse o contato que eu tenho. Também costumo assistir aos jogos do Fluminense.

Durante toda a campanha, o Fluminense disputou ponto a ponto com o Corinthians. De todos os títulos brasileiros que você conquistou, esse foi o mais emocionante de a sua carreira?

Esse campeonato de 2010 foi muito difícil, porque os times estavam muito competitivos. Foi disputado ponto a ponto e a cada rodada existia pressão para sair de campo com a vitória. Com certeza esse foi um dos campeonatos mais difíceis da minha carreira. Muito importante para a torcida e todo público que gosta de futebol poder acompanhar esses jogos no SporTV.

Como foi a preparação antes do jogo contra o Guarani? Como preparar aquele elenco para tirar um peso de 26 anos sem título brasileiro das costas?

A preparação para a partida contra o Guarani foi muito mais na parte psicológica, porque nós já tínhamos um sistema de jogo bem definido e uma filosofia, implantada. O que mais preocupava era a ansiedade, já que o Fluminense não conquistava o título há 26 anos. Alguns jogadores, a torcida e os dirigentes estavam muito ansiosos, e o receio era que isso tomasse conta do time. Tentei preparar e acalmar a equipe exatamente para essas dificuldades, que aconteceriam naturalmente. Mesmo com todo o nervosismo, precisávamos colocar o nosso jogo em prática para sermos campeões, porque havíamos treinado muito para isso. Eu mesmo já assisti a essa partida final duas vezes e é incrível como a felicidade e o nervosismo voltam mesmo quase 10 anos depois. Parece que ainda estou na beira do gramado, trabalhando no jogo. Legal demais poder recordar esses jogos no SporTV.

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Por Explosão Tricolor / Fonte: O Globo

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