Cícero fala sobre o futuro do Flu, artilharia, seleção e muito mais. Confira!




Artilheiro do Fluminense na temporada com 12 gols, sendo 5 deles no Campeonato Brasileiro, Cícero concedeu entrevista ao portal Globoesporte.com. Confira abaixo!

Quais são as qualidades que fazem o Cícero ser o artilheiro do Fluminense no ano?
Cícero: – Na minha vida, eu sempre procuro e procurei jogar o meu futebol. Eu acho que o jogador, além do gol, tem que ter um rendimento bom dentro de campo. Os gols para mim sempre aconteceram naturalmente. Mas, quando eu me projeto perto da área ou dentro, eu sei que tem os fundamentos para isso acontecer, do chute, do cabeceio, a presença da área. Sempre quando eu vou para área, eu vou acreditando que a bola pode chegar em mim e que eu posso fazer o gol.

Você assumiu o papel de líder após saída de Fred?
Cícero: – A liderança não pode partir de um jogador. É lógico que você pode contribuir de alguma forma, mas a liderança tem que ser do grupo todo porque um time se faz no coletivo, e o coletivo é mais forte que um jogador. Em todos os clubes que passei, sempre fui um jogador de grupo, mas, é lógico, você dentro de campo fazendo o seu, as coisas podem acontecer naturalmente. Às vezes, você se torna uma referência por fazer gols, boas apresentações, mas eu acho que divido essa liderança com o grupo todo. Você pode ver que, no campo, tem jogador que fala, cobrando de um, de outro. Então, acho que isso torna o grupo cada vez mais forte.

Rodrigão, agora no Santos, é o artilheiro do ano no país com 21 gols. Dá para alcançar?
Cícero: – Se você olhar, é uma média de atacante. Média expressiva. Eu não olho o Rodrigão com 21 gols na temporada, eu olho o Cícero. Se isso acontecer, melhor ainda. Mas importante é o Fluminense sair vitorioso. Sobre desempenho individual, deixo as coisas saírem naturalmente. Por isso que eu não gosto de cravar nada na minha vida.

A gente precisa encaixar, ter aquelas duas, três vitórias que todo mundo pede e quer para a gente. Eu sou realista, porque a gente está devendo, oscilando muito ainda dentro do campeonato.

Você já fez parte de um elenco campeão de Copa do Brasil e vice de Libertadores aqui no Fluminense. Até onde o Tricolor pode chegar em 2016?
Cícero: – Acho que essas duas semanas vão ser muito importantes. Até para o Levir (Culpi, técnico) trabalhar, para recuperar jogadores, até para entrosar os novos jogadores que chegaram agora, encorpar mais o time. Acho que vão ser essencial para o nosso futuro no brasileiro. A gente precisa encaixar, ter aquelas duas, três vitórias que todo mundo pede e quer para a gente. Eu sou realista, porque a gente está devendo, oscilando muito ainda dentro do campeonato. Não só a gente como outras equipes, e não vai mudar isso muito, vai ficar até o final. Mas  precisamos dessa regularidade, se a gente quiser alcançar coisas melhores lá na frente.

Pelo Flu, conquistou a Copa do Brasil e a Primeira Liga, de campeonatos nacionais. Um Brasileiro é o que falta para colocar seu nome de vez na história do clube?
Eu pensei a mesma coisa que você (risos). Único título da Copa do Brasil que o Fluminense tem, eu estou nesse quadro. Aí tem essa Primeira Liga que tem tudo para crescer cada vez mais, ano a ano, que é uma competição nacional também. Um Brasileiro não ganhei ainda na minha vida, e eu tenho essa vontade. E eu tenho essa oportunidade no Fluminense. A gente está tentando chegar no G4 para depois focar bem o título lá na frente. Tudo é possível, mas a gente tem que ter os pés no chão, não empolgar porque você precisa ter uma regularidade boa, e isso a gente não tem tido. Então, eu tenho a intenção de ser campeão brasileiro. E pena que aquela Taça Libertadores ficou no quase, né?

Poucas pessoas lembram que você tem apenas 31 anos, pelo tempo que você joga em grandes clubes. Ainda dá para chegar à Seleção?
Penso nisso, mas isso acontece naturalmente. Lógico que tem outros na posição ali, mas isso depende da filosofia de trabalho do treinador, de como vai encaixar para Seleção ou não. Primeiro eu preciso fazer meu trabalho dentro de campo. Se o Tite achar que eu estou fazendo por merecer, eu vou ser muito grato a isso. Se não, ele tem a filosofia de trabalho dele. Eu sempre friso que isso você não tem como prever, mas é um objetivo de vida.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Globoesporte / Foto: Fluminense FC