Fluminense x Palmeiras: jogão como nos velhos tempos




Estimados leitores. Todos os que me honram, semanalmente, prestigiando e comentando as minhas singelas colunas e postagens aqui no Explosão Tricolor, já estão carecas de saber que defendo o mando de campo de todos os jogos do Fluminense em Edson Passos. Não atino com o porquê da “dúvida” do Presidente Peter em saber se é melhor ou não mandar o jogo em Edson Passos contra o Atlético Mineiro.

Com todas as vênias, mande logo no Independência então, ora. Como ter dúvidas? Nem que fosse para mil torcedores, Edson Passos é um caldeirão a qualquer dia e qualquer hora. O mando de campo começará a decidir o campeonato a partir de agora, em todas as posições da tabela. Cansei de explanar isso aqui ao longo das postagens que venho fazendo.

Se o Fluminense celebrou algum contrato com a empresa do nosso ex-jogador Roni, alternativa não há senão fazer um distrato amigável entre as partes – em razão da superveniência dos acontecimentos que nos mudaram de patamar – para as demais partidas ou, dependendo da situação, infelizmente, consignar judicialmente a devolução dos valores eventualmente recebidos pelo nosso clube para os jogos pós Brasília, e discutir demais termos processualmente. Não há dinheiro que pague o que está por vir.

Indene de dúvidas às escâncaras se percebe que o Fluminense planejou o Campeonato Brasileiro para estar onde está na tabela sendo que “o que viesse, seria lucro”. Até mesmo eu, antes das contratações que podemos agora, verdadeiramente cognominar de reforços, explanei por aqui que, uma não queda, já estaria de bom tamanho.

Ocorre que o equilíbrio técnico entre as equipes é tão grande que calhou de estarmos na seguinte situação, graças aos reforços que chegaram também, suscitando competição interna no grupo e mudança de postura de muitos atletas: uma vitória sobre o Palmeiras e o Figueirense, este último no jogo adiado que temos a menos a ser disputado em Edson Passos, nos deixará a 03 (três) pontos desse mesmo Palmeiras, antes de abrirmos a 23ª rodada contra o Botafogo, que também será aqui no RJ, no estádio da Portuguesa da Ilha.

Ou seja, se analisarmos a nossa sequência – Palmeiras em Brasília; Figueirense em Edson Passos; Botafogo no estádio Luso Brasileiro; Atlético Mineiro em Edson Passos (assim espero); Chapecoense em Edson Passos; depois disso, Grêmio e Corinthians fora – vislumbraremos que estamos jogando a nossa definição no campeonato, tanto em termos de um título que, embora improvável, temos sim que batalhar quando houver aproximação matemática (coisa que adoramos contrariar), como também, meta de G-04.

Nossa camisa não está pedindo licença. E a torcida também não. Portanto, melhor deixar passar, pois essa simbiose, historicamente, ninguém segura.  O chiliquinho de alguns jornalistas já transparece um incômodo com o nosso Fluminense e, como sabemos, quando isso acontece é porque “estão sentindo a pressão”.

Aliás, por falar em “pressão”, muito embora o jogo contra o Palmeiras seja “em tese” sob os nossos domínios, fato é que a partida será em campo neutro, e a pressão, por incrível que pareça, estará toda do lado de lá. Atlético Mineiro pode assumir a liderança e chegar aos 41 caso vença o Grêmio; Corinthians e Flamengo podem chegar a mesma pontuação, 40, e o Santos a 39, ficando um atrás.

Para o Fluminense, malgrado seja claro que ele, assim como nós torcedores, sempre buscam o topo e de forma ambiciosa, um empate não será de todo o mal, pois nos manterá na briga de tudo.

Dessarte, temos tudo para fazer um jogão, como nos bons tempos de Fluminense e Palmeiras, digno do que representa o confronto. Galera de Brasília, não deixe de comparecer ao estádio, pois contra o Figueirense, pode, ter certeza, é casa cheia aqui no Rio. Estamos juntos, torcida tricolor de todo o Brasil!   

Rápida Triangulação:

– 4-1-3-2. Penso ser essa a única forma de vencermos o Palmeiras. Não que isso tenha que ser estático, não comportando variações. Mas se vamos de Cavalieri, W. Silva, Gum, Henrique, W. Matheus; Douglas, Cícero, Marcos Junior, Scarpa; Wellington e Henrique Ceifador, só com aproximação do Wellington no Henrique e avanço constante do Cícero, próximo a Marcos Junior e Scarpa, quebraremos o esquema tático do Cuca que, como sabemos, ao longo do jogo, faz variação de ataque num 3-5-2. Fazia isso no Atlético Mineiro. Faz e vem fazendo no Palmeiras. Fez no Fluminense em 2009. Não acredito que ele vá mudar agora. O Levir sabe disso, com certeza. Veremos no domingo.

– Política e candidatos; por enquanto não entrarei em maiores detalhes, até porque nenhum dos candidatos trouxe algo de concreto que, verdadeiramente, nos faça expender, nesse momento, comentários sobre. O momento é até inapropriado para isso, pois estou mais preocupado com o campo e todos os candidatos, situação e oposição, ao menos até a partida pós Chapecoense, deveriam dar uma trégua e unir forças na torcida, pois o Fluminense está acima de tudo e de todos.

– Claudio Aquino e Alexis Rojas; este parece está em fase de adaptação e sendo preparado para 2017, para a companhia de Orejuela e Sornoza. Sou à favor, pois o garoto nos dará muitas alegrias. O primeiro já está mais do que na hora de entrar em campo, junto com Marquinhos, quando Scarpa, Marcos Junior e Cícero cansarem ou levarem um cartão amarelo numa situação de jogo perigosa. Vamos lá Levir, chega de Samuel, Osvaldo, Dudu e Maranhão, que já tiveram oportunidades de sobra.

Marcos Túlio / Explosão Tricolor

Foto: Fluminense FC

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