Levir explica drama do ataque do Fluminense




Depois da saída do Fred, o comando de ataque do Fluminense nunca mais foi o mesmo. Os maiores goleadores do Fluminense no Campeonato Brasileiro são jogadores do meio de campo: Cícero e Gustavo Scarpa, que marcaram cinco vezes cada. Os atacantes Richarlison, Henrique Dourado, Magno Alves e Samuel foram testados, mas não conseguiram se firmar em momento algum. Promessa das categorias de base, o jovem Pedro entrou em apenas uma partida no Brasileiro e ainda é considerado inexperiente. O treinador Levir Culpi explica a situação e acredita que o problema está na criação de jogadas.

– Na verdade nós temos os jogadores, mas esse é um problema de conjunto. Falta a alimentação, a organização do time para fazer a bola chegar no ataque. Não temos grandes cruzadores. Nossos laterais são mais marcadores. Quando se tinha o Fred e o Diego (Souza), os dois trabalhavam bem por dentro e as bolas iam muito na área. O Fluminense dependia muito deles. Agora temos jogadores rápidos pelo lado e organizadores pelo meio. Por isso que o Dourado sofre um pouco, mas estamos tentando melhorar – disse o comandante tricolor.

Confira a situação de cada uma das opções testadas no comando de ataque do Fluminense, lembrando que o time possui o quinto pior ataque do Brasileirão.

Henrique Dourado → veio do Vitória de Guimarães-POR contratado para ser a referência do ataque, com a fama de quem havia sido o vice-artilheiro do Brasileiro de 2014 pelo Palmeiras com 16 gols. Seu início no Flu foi satisfatório. Ele marcou os gols de duas vitórias seguidas, sobre o América-MG e Santa Cruz, animou a torcida do Fluminense, que enaltaceu o “Ceifador”, mas logo teve uma queda de rendimento. Na última partida, contra o Botafogo, acabou indo para o banco de reservas. Como os concorrentes não estão em alta, tem chance de retornar em breve. Sua média de gol é 0,3 por partida.

Samuel → no clássico do Fluminense contra o Botafogo, na última rodada, o atacante foi a grande surpresa da escalação e ganhou a chance de ser o titular no lugar de Dourado. A atuação, no entanto, não foi boa. Ele não participou de muitas tramas ofensivas e teve dificuldade de segurar a bola na frente. Antes de ser lançado como centroavante contra o Bota, Samuel teve chances jogando pelo lado esquerdo. A necessidade tática de acompanhar as subidas do lateral adversário prejudicou sua produção ofensiva. Ao todo, disputou nove partidas e não fez gol.

Magno Alves → o atacante de 40 anos atuou em 14 jogos e marcou dois gols (média de 0,07). Na grande maioria das vezes, entrou no segundo tempo, o que deixa sua produtividade menor. Pesa contra o veterano a parte física, já que o rendimento não costuma ser o mesmo quando ele joga 90 minutos.

Richarlison → foi o atacante que mais atuou pelo Fluminense no Campeonato Brasileiro até agora: 15 vezes. Fez apenas um gol.  Contratado no início do ano como uma joia, ele demorou a entrar em ação por causa de duas lesões seguidas. Quando esteve apto a jogar, oscilou demais e não se encaixou na exigência tática de Levir Culpi. Seu primeiro gol saiu após um jejum de 13 partidas. Nesta rodada, Richarlison tem chance de ser relacionado novamente depois de defender a seleção brasileira sub-20. Sua média de gol no Brasileiro é de 0,06.

Pedro → com apenas 19 anos, o artilheiro da equipe sub-20 teve apenas uma chance no time profissional no Brasileiro. Foi no Fla-Flu vencido pelo Fluminense, em Natal. Não fez gol. Ele é visto como um possível dono da 9 no futuro, e, por isso, existe a preocupação de que não seja colocada pressão exagerada em cima dele antes do tempo.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Globoesporte / Foto: Fluminense FC