Sem fugir da dividida, Levir Culpi joga aberto sobre vários temas polêmicos em coletiva. Confira!




Confira a íntegra da entrevista coletiva do treinador Levir Culpi após a grande vitória do Fluminense diante do Corinthians por 1 a 0, na Arena Itaquera.

E o pênalti não marcado para o Fluminense?

– Eu percebi o pênalti no Marcos Junior. Se acontecesse aquele pênalti e ele marcasse, poderia ser 5 a 1 para o Corinthians. A gente não sabe a sequência nem o que vai acontecer, e isso é o bom do futebol. O melhor do futebol é como nos velhos tempos quando a gente, num clássico como esse, a gente tem que repercutir a brincadeira. A brincadeira e a gozação em cima dos corintianos, e isso repercute bem. Alimentar a ira e a raiva não é interessante para ninguém. Por isso eu fiquei feliz de estar aqui e de poder proporcionar isso para o torcedor.

Reclamações na última quarta-feira foram exageradas após a eliminação do Fluminense na Copa do Brasil?

– Não. Eu achei que você está completamente enganado (respondendo a pergunta de um repórter). E pelo que percebi você não gosta do Fluminense. Eu notei em você uma ira desde a semana passada. Você não vai ouvir o que você quer ouvir, vai ouvir o que eu quero falar. Essa vitória é significativa pra nós, e o primeiro prejudicado de hoje fomos nós com um pênalti não marcado.

Análise do jogo e a importância dos três pontos para o Fluminense

– Nós passamos o Corinthians e não jogamos em casa. Imagina jogar com a torcida contra. As pessoas demoram às vezes para fazer as contas, então nós estamos fazendo uma boa campanha mesmo com as dificuldades e muitos erros nossos. Nosso time não é um timaço, ainda não joga regularmente bem para ganhar todos jogos. Por isso eu estou valorizando muito essa vitória, justamente por conta da colocação do time que está brigando pelo G-4. Uma posição honrosa para as tradições do Fluminense, que deve estar entre as primeiras posições. Mas a dificuldades do calendário são enormes.

Qualidade x competitividade

– Eu não digo que os times são muito bons, mas os times são muito iguais. Não estamos jogando um campeonato brasileiro muito bonito, muito vistoso, mas a competitividade é muito grande. Os times lutam muito pelo resultado. Hoje mesmo o Corinthians poderia ter vencido a partida. Não jogou mal, então poderia ter vencido a partida, claro.

Menos críticas e mais zoação

– A gente precisa mais analisar essa parte técnica e tática e sair um pouco desa coisa do torcedor. Porque o torcedor é política e futebol. Se fala que o time não ganhou já fica todo mundo com raiva, agressivo. O que vale é a brincadeira dos resultados, mais uma vez eu gostaria de falar sobre isso. O que vale é a gozação que sempre acontecia. Não ser revanchista. Eu estou sinceramente muito feliz com o resultado e quero curtir com a torcida do Fluminense e com os jogadores. E ficar quietinho com muita humildade. O próximo jogo vai ser tão difícil quanto foi com o Corinthians.

Arbitragem, cobranças e profissionalização

– Eu tive uma conversa com o Carlos Eugênio Simon, encontrei com ele. E ele me disse uma coisa interessante que às vezes a gente esquece  tem gente que não sabe. Menos de 5% dos árbitros no Brasil sobrevivem da arbitragem. Eles são mal remunerados. À exemplo dos professores no Brasil. Quem é aqui que gostaria aqui, de verdade, de ser árbitro. Coloque-se no lugar do Daronco hoje. Ser árbitro é muito difícil. Então a CBF tinha que profissionalizar e pagar muito bem para que a gente pudesse fazer uma cobrança mais profissional em cima deles. Depois dessa conversa eu fiquei pensando e essa é uma oportunidade que tenho para falar e defender os árbitros. Porque a gente só não gosta deles, mas não sabe a situação que enfrentam.

Conversa com elenco do Fluminense

– Eu conversei com eles e pedi para termos uma vitória honesta. Porque uma vitória que não é honesta não tem mérito. E isso é o que a gente precisa passar pra todo mundo. E no meu modo de entender foi uma vitória assim. Tivemos erros de arbitragem, tivemos erros dos atletas, erros dos treinadores, mas o jogo foi muito interessante e acabou de forma espetacular por ser um clássico e, felizmente, para deixar os jogadores do Fluminense alegres.

Pontos a serem trabalhados no time

– Pela minha avaliação, pela maneira que eu gosto de jogar, o aspecto ofensivo está inferior ao aspecto defensivo. Estamos jogando melhor regularmente na defesa e não estamos fazendo o mesmo na hora de atacar. Precisamos ajustar isso e melhorar a confiança. Eu tenho mexido na armação do ataque, o que dificulta o entrosamento dos jogadores. Essa responsabilidade é minha também. Mas esse é o nosso problema para corrigir para os próximos jogos.

Por Explosão Tricolor / Foto: Fluminense FC

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