Quem dá o tom no Fluminense?




Olá, amigos! Como o Fluminense mexe com a gente, não é mesmo? Entre alegrias e frustrações, estamos sempre com as emoções afloradas. Domingo foi dia de testar nosso sistema cardíaco. Jogamos contra um time enjoado fora de casa, logo um empate, na teoria, seria um bom resultado. Seria.

Embora as dificuldades, o jogo se ofereceu para o Fluminense, assim como o campeonato toda hora se oferece também. E como infelizmente vem acontecendo, nossos sonhos escorrem entre os dedos. Contra o Coritiba não foi diferente.

Você já deve ter lido diversas opiniões parecidas sobre o jogo. Vou focar em uma entrevista que passou batida entre nós tricolores. Vou reproduzir aqui. Com a palavra, Giovanni:

“Foi uma derrota para nós. Com um a mais desde a primeira etapa, perdemos inúmeras chances e contra-ataques. Quem não faz, leva. Temos que ter uma conversa mais dura, mas rígida. Um time que está lutando pela Taça Libertadores não pode perder pontos assim.”

Giovanni quase que implora para que alguém chegue junto no vestiário. Claramente quer que ele e os outros jogadores sejam cobrados. A partir do momento que um jogador tem que falar isso em uma entrevista é sinal de que o marasmo tomou conta do ambiente.

E aí te faço uma pergunta: No atual grupo profissional de futebol (incluindo comissão técnica e dirigentes), quem você acha que cobra internamente?

Sinceramente acho que ninguém faz isso. E esse é o principal motivo para os maus resultados do Fluminense.

A indignação que vimos dos jogadores em relação a arbitragem nós não vemos na hora de cobrar o companheiro de equipe. Corporativismo em estado pleno. Mostra-se totalmente equivocada a ideia de se ter uma base do time durante muito tempo. Já vi treinadores defenderem a tese de que jogadores rendem no mesmo clube em alto nível durante 3 anos. Após esse período seria necessária a reformulação.

Há quanto tempo debatemos sobre Gum, Cavalieri e Cicero?

É o pilar de sustentação sem concreto do nosso time.

Tem que reformular. Deveria ter uma reunião entre todos os candidatos para definir um nome de consenso entre os treinadores que estão no mercado. Acho até óbvio o nome do Roger Machado, que veio de um bom trabalho e já marcou a história do Fluminense, com o gol do título da Copa do Brasil, em 2007.

Levir não dá mais. Declarações e reações dele denunciam que ele está entediado no clube. Um técnico que não acerta o time, não cobra empenho dos seus jogadores. Um técnico que não substitui nunca o Cicero e quase não dá chances para o Magno Alves. Um técnico que, treinando o Fluminense, comemora que ação do clube no STJD foi impugnada.

E que chegue o Roger com carta branca já nesse fim de ano. Afastar jogadores improdutivos, já opinar em futuras contratações e dispensas. Tentar salvar esse ano com uma classificação para o mata-mata da Libertadores.

Já adianto que, independente de quem ganhar as eleições, tem que ter pulso firme no comando do futebol.

Tabelinha:

1- Escrevendo esse texto recebi a notícia do falecimento do eterno capitão Carlos Alberto Torres. Que a grande história do ídolo e do ser humano fantástico seja uma inspiração a todos. Levanto e bato palmas pra esse ícone do futebol brasileiro.

2- Como fiz no ano passado, estou preparando novamente um Raio-x do elenco do Fluminense e o que pode (deve) ser feito para a próxima temporada.

3- Não aguento mais falar do Cicero. É o símbolo da passividade tricolor.

4- Vou falar uma coisa pra vocês: torço muito para que as rubronecas percam todos os seus jogos até o final do ano. Quem comemora interferência externa não pode ser campeão.

Ruan Veiga /  Explosão Tricolor 

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