O desperdício do potencial

Olá amigos do Explosão Tricolor! Hoje abordaremos um tema extremamente importante e muito mal utilizado em nosso amado Fluminense. O Marketing. Carente há muitos anos de ações e campanhas de marketing, o Fluminense deixa de arrecadar a cada dia. Com milhões de torcedores ansiosos por fazerem parte do dia-a-dia do clube, o Fluminense assiste da janela o tempo passar e não busca aproximação alguma com essa nação.

A torcida, com alto potencial de compra, capaz de transformar nosso patrocinador anterior em líder de mercado em seu ramo de atuação, se afasta mais e mais, a cada dia. Além disso, não existe trabalho algum no sentido de captar novos adeptos, principalmente o público infantil.

No Fluminense, Marketing e Comunicação não se comunicam! Não prospectam! Em qualquer microempresa, podemos encontrar ações de marketing para alavancar a marca, aumentar as receitas e reter o cliente. No Fluminense, isso não existe.

O programa sócio torcedor é mal explorado, confuso, milhares de planos são criados anualmente, decepcionando antigos e novos sócios. Não existem contrapartidas que chamem o público. Não existe troca. O Fluminense não se esforça para agradar e chamar para o programa a sua torcida. O torcedor que vive fora do Rio ou fora do Brasil, não tem nenhum estímulo para se associar. Eles sequer podem votar pela internet! Eles sequer podem participar de decisões! Estas coisas não são difíceis de se realizarem. Para isso, precisamos apenas de criatividade, algo que está diretamente ligado ao marketing. Mas não fazemos.

O programa sócio torcedor de sucesso, segue outro modelo: é feito por pontuação. É assim que funciona nos maiores clubes do mundo. O sócio participa, ganha pontos, e troca por benefícios que valham a pena. Viajam com o clube, passam o dia com os jogadores, se concentram nos hotéis com o time, dentre muitas outras coisas. No Fluminense, o sócio chuta bolas do meio de campo nos intervalos dos jogos, e nada mais! E sequer sabemos quais são os critérios de escolha.

Também não vemos lojas físicas do Fluminense em shoppings ou em qualquer outro lugar. Mas já pararam para pensar no motivo? Talvez as lojas não existam porque não existe apelo, não existe potencial de venda. E isso ocorre porque o Marketing do Fluminense desconhece o tamanho do clube e seu potencial. Não temos bares, não temos parques temáticos, não temos um museu que preste, não temos nada.

Nas redes sociais, não temos campanhas que empolguem. A impressão que tenho (leigamente), é que colocam um estagiário do 1° período da faculdade para explorar as redes sociais.

O clube não ousa. Quantas camisas, copos, toalhas, etc. do Fred, Deco, Conca, Thiago Neves, são vendidas até hoje? Milhares! Sabem onde? Em lojas desvinculadas do clube, em camelôs, sem qualquer arrecadação para o Fluminense. Ídolos do passado, que não vestem mais a nossa camisa, mas que ficaram em nossas lembranças, e por isso têm apelo de venda. Mas o clube não explora. Atualmente não temos ídolos. Então, compramos camisas do Messi e do Cristiano Ronaldo, fazendo Barcelona e Real Madrid sorrirem ainda mais.

Na Europa, jogadores caríssimos são contratados e o payback ocorre em menos de 7 meses, somente com ações de marketing e comunicação.
Precisamos entender que trazer um ídolo significa arrecadar, vender camisas, encher estádios e ganhar dinheiro por muito tempo. Mas não entendemos. Nos desfazemos de nossos ídolos, e com isso, afastamos ainda mais as possibilidades.

Até para conseguirmos patrocinadores fica difícil. As empresas sabem que o Fluminense é distante de sua torcida, de seu consumidor. O esforço para trazer um parceiro acaba sendo muito maior, no Fluminense. Por conta disso, vemos quase todos os dias, outros clubes do Brasil anunciando patrocínios milionários, enquanto o Fluminense realiza duzentas reuniões, e fecha contratos muito inferiores.

Precisamos rever nossos conceitos. Precisamos que esses profissionais conheçam o nosso tamanho. Que testem a nossa fidelidade. Que ousem! Que se redescubram. Ainda há tempo!

Saudações Tricolores!

Daniel Coelho

Por Explosão Tricolor / Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

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