A inesquecível emoção de uma final no Maracanã




Romerito foi o herói da conquista do bicampeonato brasileiro
Romerito foi o herói da conquista do bicampeonato brasileirodo Fluminense

27 de maio de 1984. Segundo jogo da final histórica do Campeonato Brasileiro entre Fluminense Football Club e Clube de Regatas Vasco da Gama. Na primeira partida, três dias antes, o Flu vencera por 1 a 0, gol de Romerito, e por isso jogávamos pelo empate. Eram dois grandes times, e o jogo prometia muita emoção. Cento e trinta mil torcedores lotaram o Maracanã naquela tarde de domingo. Nosso Fluminense vitorioso baseou-se numa sólida defesa com um meio e ataque que jogavam fácil. 

Na época eu tinha 14 anos e lá íamos eu, meus dois irmãos e meu saudoso pai assistir ao jogo no então maior estádio do mundo. Era uma sensação ímpar, uma euforia sem precedente. Já havia visto, no Maraca, o FLUZÃO ser campeão contra o próprio Vasco, na final do Carioca de 1980, gol de falta do grande zagueiro Edinho. E acompanhei também, dessa vez não no estádio, o Fluminense levantar a taça do Carioca de 1983. Mas a expectativa de ser um dos personagens que participaram de um título brasileiro no Maracanã era enorme. O nervosismo e a ansiedade batiam forte e traduziam a paixão tricolor.

Já no interior do estádio, via as arquibancadas, cadeiras e geral apinhadas de torcedores ávidos dos dois times. Naquela época o Vasco era o nosso grande freguês, a vitória, ou ao menos o empate, era sinônimo de certeza. Via no rosto de cada tricolor a alegria e o afã pela conquista de mais um título.

O saudoso Careca do Talco
O saudoso Careca do Talco

Como eu adorava o torcedor-símbolo do Fluminense, o ilustre Careca do Talco, que percorria as arquibancadas de ponta a ponta jogando talco nos tricolores e nele mesmo. Como não podia deixar de acontecer, lá estava ele cumprindo seu ritual. E os que estavam próximos por onde ele passava, principalmente as crianças, vibravam com sua fantasia e sua enorme empolgação. Todos torciam para serem alvos da bomba de talco com que ele nos saudava. Era uma festa… 

Assim também foi com a entrada do time em campo. Muito talco, transformando o estádio numa bruma branca desfraldada por incontáveis bandeiras tricolores.

O jogo, apesar do empate sem gols, foi emocionante. Com diversas oportunidades de gol para ambos os lados. Não me esqueço das lindas defesas do nosso goleirão Paulo Vitor; de uma grande jogada de Assis, que com um drible de corpo, tirou o zagueiro do Vasco e chutou a gol, porém a bola passou raspando a trave esquerda do goleiro adversário; de uma cabeçada de Washington em que a bola foi tirada em cima da linha por um jogador vascaíno.

O jogo se aproximava do fim. Jogadores cansados, os ataques se sucedendo alternadamente entre os times, torcidas apreensivas. Entretanto, a do Fluzão tinha, no brilho da sua empolgação, a gana do titulo embutida na força e magia do incentivo.
Terminada a partida, foi uma festa imensa, emoção e alegria transbordando os muros do Maracanã, das Laranjeiras, do Rio. A Cidade Maravilhosa encantava-se, mais uma vez, com o verde, branco e grená.

Time
Inesquecpivel conquista do bicampeonato barsileiro de 1984!

Helio Waizbort

 

Por Explosão Tricolor

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