Com enorme gasto no futebol em 2016, Fluminense anuncia seu balanço financeiro




Na noite de ontem, o Fluminense divulgou o seu balanço financeiro referente ao ano de 2016. Os números mostram que o clube fechou o último ano com um lucro de R$ 8,3 milhões, entretanto, o resultado, por si só, não mostra a realidade. Os dados revelam o que já se especulava nos bastidores das Laranjeiras: os gastos com o futebol cresceram exponencialmente, e o presidente Pedro Abad herdou de seu antecessor, Peter Siemsen, uma conta difícil de fechar.

As receitas do Fluminense em 2016 foram de R$ 271, 9 milhões e R$ 263,5 milhões em despesas. O clube só conseguiu pagar esta conta porque recebeu R$ 80 milhões em luvas (bonificação) pela assinatura do novo contrato de televisionamento do Campeonato Brasileiro. Não fosse isso, o clube teria registrado um prejuízo de R$ 72 milhões.

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Para este ano não há previsão de entrada de nenhum recurso deste volume. E, para piorar a situação, o Fluminense ainda não conta com um contrato de patrocínio master, que ocupa a frente da camisa e é uma das receitas mais importantes. A falta de um patrocinador principal é um problema que já dura há quase 14 meses no clube e foi sentido no balanço do ano passado. A receita com publicidade, que em 2015 foi de R$ 27,5 milhões, despencou para R$ 15,6 milhões (queda de 43%).

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Outra receita que caiu significativamente foi a da bilheteria. Sem o Maracanã durante a maior parte de 2016 e com resultados em campo que não atraíram o torcedor, o Fluminense arrecadou apenas R$ 11,3 milhões nos jogos. O número representa uma considerável redução de 28% em relação aos R$ 15,7 milhões arrecadados no ano anterior.

Ao contrário das receitas, os custos não têm previsão de sofrer uma queda significativa. Isso porque o futebol, que em 2015 custava R$ 121,9 milhões, disparou para R$ 181 milhões — aumento de 48,4% se comparado com a última temporada e de incríveis 143% em relação aos R$ 74,6 milhões gastos em 2014.

Através de uma carta publicada junto ao balanço, o presidente Pedro Abad explica que “o incremento nos gastos com futebol pode ser explicado principalmente por gatilhos nos contratos dos jogadores profissionais que foram firmados em 2014 e 2015, percentual devido aos intermediários na cessão de jogadores, novos contratos para a temporada de 2016, mudança da comissão técnica e o investimento realizado no CT da Barra”. Para a construção do Centro de Treinamento, aliás, o clube informa que foram gastos R$ 28 milhões.

A diretoria atual já enxugou R$ 15 milhões desde que assumiu. Mas ainda é pouco para evitar o prejuízo em 2017. A votação das contas de 2016 está marcada para o próximo dia 25 de maio, após a entrega do parecer do Conselho Fiscal.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Jornal Extra / Foto: Fluminense FC

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