6 por meia dúzia?




A troca de comando técnico do Fluminense nos leva a pensar do porque Cristóvão Borges ter sido demitido. Muitos tricolores, inclusive este que vos fala, dizem que foi porque não existia esquema tático definido, e que com um bando em campo o time não rendia. Será mesmo? Será que não seria porque ele nunca conseguia extrair o máximo dos nossos jogadores e que não conseguia acertar seus posicionamentos? Será que trocamos 6 por meia dúzia? Sim, tudo isso.

Desde abril de 2014, quando da chegada de Cristóvão ao Fluminense, tentou implantar um esquema tático de compactação e toques curtos, sem lançamentos evasivos e com saída de bola sem chutões, o seu famoso 4-2-3-1. Seus treinamentos típicos dividindo meio campo em quadrados para o treino de toques curtos nunca foram efetivados em campo, nos jogos víamos um time espaçado, com muitos erros de passe e de chutões do Cavalieri para o Fred em busca do ataque.

Somente num período que o time parecia ter achado seu esquema ideal, no período pré e pós-copa, em que o Flu jogava um futebol rápido de muita movimentação e de passes certos, nesse período, vários jornalistas comparavam o time tricolor aos alemães, pois tínhamos um incrível índice de acerto de passes, melhor do que qualquer clube brasileiro, tanto que chegamos à vice-liderança do BR14.

E porque parou, parou porquê?

A verdade é que com a volta do Fred da copa (ainda ganhamos dois jogos com ele em campo) o time já não era o mesmo, com muitas falhas de compactação e principalmente com as contusões dos laterais, as improvisações e as substituições, ora equivocadas, ora por falta de opção, começaram a desfazer aquele esquema vencedor. Nesse ponto o treinador não conseguiu adequar os jogadores que tinha, ao esquema e com isso, o baixo rendimento dos jogadores ficou evidente.

E nisso chegamos até hoje, nesse mesmo esquema (SEM ESQUEMA) do Cristóvão. É óbvio que as contratações de baixo custo que a diretoria tricolor conseguiu para 2015, ao contrário de anos anteriores, não foram ideais para que essa transição ajudasse nosso ex-treinador a formar seu esquema vencedor novamente. Contratações baratas devida à nova realidade do clube e consequentemente, de jogadores inexperientes, inexperientes de idade e de jogar em grandes clubes. Isso fez com que o ele rodasse quase todo o elenco em busca dos jogadores certos para as posições certas, mas também foi uma missão impossível que ele não conseguiu solucionar.

Mas e o novo técnico, porque contratamos o Ricardo Drubscky? Por causa do baixo salário que receberá ou porque traria uma nova filosofia de trabalho? Só pode ser por causa do salário, porque fazendo um levantamento de como jogavam os times dele, vemos que ele se utilizava do mesmo esquema tático do Cristóvão, pasmem os senhores, desde 2012, quando treinava o Atlético Paranaense, esquema com 4 atrás, 2 volantes, 3 jogadores no meio de campo e 1 centroavante isolado na frente. No Goiás a mesma coisa e no Vitória a mesma coisa. Como ele é um respeitado estudioso do futebol, esperamos que ele ENTENDA o elenco que tem nas mãos e que consiga achar o “esquema perdido” que o Cristóvão sempre buscou.

E aí, trocamos 6 por meia dúzia, assim como as substituições do Cristóvão?

Espero imensamente que não…

VENCE O FLUMINENSE!!!

@kabessatricolor no Twitter.

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