Em coletiva, Abel Braga fala sobre o drama do Douglas, reunião na CBF, Henrique Dourado e muito mais. Confira!

Confira a íntegra da entrevista coletiva concedida pelo treinador Abel Braga após a vitória do Fluminense sobre o Atlético-MG na noite de ontem, no Maracanã, em duelo válido pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. 

DRAMA DO DOUGLAS E VITÓRIA

Abel Braga: Dedico essa vitória ao Douglas um atleta muito querido. Sua esposa estava esperando gêmeos e perdeu hoje. Foi um jogo bem distinto. Não corrermos riscos no primeiro tempo. O 1 a 0 ficou até magro. No segundo tempo, o Valdívia fez o seu melhor jogo no Atlético-MG. Mudou a partida. Ficou claro que tem o dedo do treinador, mudou a função do Cazares. Complicou bastante. Levamos o empate e parecia questão de tempo a virada. Alguma coisa iluminou, mexemos e tivemos êxito.

ESCALAÇÃO REPETIDA

Abel Braga: Foi a primeira vez em 21 rodadas que consegui repetir a equipe. E houve melhora. Não tivemos tantos erros como no primeiro tempo contra o Santos. Vamos seguindo, os problemas continuam. Nossa equipe muda muito. Henrique já jogou com cinco parceiros. É complicado.

SORNOZA E A SUPERSTIÇÃO

Abel Braga: Para o próximo jogo, já vou ter no banco o Sornoza. Só não o trouxe hoje por superstição. Algumas coisas são chatas. Ele machucou contra o Atlético-MG no primeiro turno. Não queria ele hoje. Se acontece algo, eu me culparia. Mas poderia jogar 10 ou 15 minutos.

CARINHO EM SCARPA

Abel Braga: Temos alguns jogadores diferenciados. Eu entrei no campo não para abraçar o Dourado, mas sim o Scarpa. Por ser um jogador de alto nível, a cobrança é muito grande. Fui abraçá-lo porque ele não desiste. Corre e se dedica muito. Estava em função diferente no fim do jogo e deu mais uma assistência.

HENRIQUE DOURADO

Abel Braga: Sobre o Dourado, temos um ambiente muito bom. Isso se sente muito em Dourado, Cavalieri, Henrique… O quanto é importante para eles. O Dourado é solto, está feliz. É a nossa maior recompensa. Ele chega para trabalhar, mesmo quando o time não vence, feliz por estarmos juntos. Muito desse ambiente tem a ver com ele. Joga alegre, solto, se dedica. Ele tira as dúvidas comigo quando precisa, é adorado pelo grupo. Estava desacreditado, hoje é o artilheiro do campeonato. Não precisa falar mais nada. 

SEQUÊNCIA DIFÍCIL

Abel Braga: Jogar fora de casa contra o Santos não é fácil. Perdemos aquela chance com o Wendel, voltamos, pegamos o Atlético-MG. A gente não respira. Agora já tem o Vasco. Estamos mais maduros. Não damos mais espaço como dávamos. Acabou esse negócio do mandante propor jogo, está muito igual, decidido no detalhe. Um time que só tinha sofrido dois gols de cabeça, perdeu hoje levando dois.

REUNIÃO NA CBF

Abel Braga: Não fui na reunião da CBF por causa do jogo. Mas a representatividade foi muito boa. Só queremos legalidade, direitos como todo trabalhador. Não queremos nada diferente. É uma classe hoje diferente daquela de três, quatro, cinco anos atrás. Acho que vamos chegar lá. A partir do momento em que hoje, se é exigido um BID para o treinador ficar no banco, tem que significar algo.

PEU

Abel Braga: Peu entrou muito bem pelo lado. Vou tentar criar algo parecido com o Richarlison. Tentei colocá-lo algumas vezes como atacante, mas já defini que quando for por dentro, na vaga do Dourado, será o Pedro. Atlético-MG foi muito bem no segundo tempo. Mas não tenho medo de perder o jogo. Vimos que era o momento. Domínio era deles, usamos a velocidade do Peu e do Marcos Júnior.