Está cada vez mais difícil torcer…




Amigos Tricolores, eu quero o meu Maracanã de volta…

Está cada vez mais difícil torcer. Nem vou falar hoje do time, do elenco, da falta de perspectivas… Da política do clube…

Hoje o papo é sobre as dificuldades impostas ao torcedor no estádio.

Entrar com uma simples bandeira de mão hoje num estádio é bem complicado. Tem que ser pequena, sem mastro, sem nenhum tipo de sustentação. Nada escrito…

A bandeira tem que ser de mão, e a revista na entrada do estádio é cada vez mais severa.

Eu, que não abro mão de minha bandeira, que já me acompanhou pelo Mundo, sou agora submetido a uma minuciosa revista. Tenho que abrir a bandeira e exibi-la ao sujeito que fiscaliza, algumas vezes um PM, outras um fiscal do quadro móvel do estádio.

Algumas vezes me perguntam, quando a exibo dobrada:  “É bandeira do Fluminense?” Dá uma vontade louca de responder na lata: “Lógico que não! É do Panathinaikos da Grécia, o que eu estaria fazendo com uma bandeira do Fluminense num jogo do Fluminense, no acesso de entrada da torcida do Fluminense, trajando uma camisa do Fluminense?”  Mas o cara quer ver a bandeira, pergunta se tem algo escrito, e tenho que abri-la.

A novidade agora é ele achar que pode ser grande. Ela que tem cerca de 1,60 m de comprimento passa por uma conferência visual. No outro dia o guarda perguntou a um superior se podia, e o cara torceu o nariz e liberou, como se estivesse sendo legal comigo.

Depois eu perguntei o motivo, ele disse que não pode passar de uns dois metros.

Quanta imbecilidade!!!!

Os estádios estão sem vida… Cadê as bandeiras das Organizadas? As faixas… Estão proibidas, vetadas… Parece que as TO’s têm que apresentar não sei quantas certidões para terem permissão, e por enquanto nenhuma conseguiu.

Cadê o pó de arroz? Na verdade, o talco, que faz a simbologia da tradição tricolor. Nem vou falar de foguetes e sinalizadores, pois até posso entender que, por apresentarem risco, devem mesmo ser evitados.

No último jogo entrei com um embrulho, que era um presente de aniversário para um amigo: uma camisa tricolor. Pra quê? O cara ficou desconfiado, perguntou o que era, me fez abrir o presente… Ficou procurando algo escrito na camisa, amassou tudo… Estragou o embrulho. Amassou meu bom humor…

Meu Deus, para que tanta desconfiança de torcedores claramente pacíficos, amistosos, que mostram na cara que estão ali apenas por uma grande devoção aos seus times…

Não pode entrar com uma garrafinha de água…

Proibiram as organizadas e passaram a desconfiar de qualquer torcedor comum…

Cadê a vida das arquibancadas?

Vai chegar o dia que não vai poder entrar com a camisa do clube, para evitar confusão.

Vou sempre tentar entrar, enquanto deixarem, pelo menos com um chaveirinho tricolor escondido…

E com todos espremidos cada vez mais em menos setores, consequência da hedionda corrupção da quadrilha que planejou uma obra que transformou um estádio popular e confortável num monstrengo de vários compartimentos e suntuosidades, com equipamentos de som absurdamente altos, telões pikas da galáxia, corredores e acessos mil, que encarecem o quadro móvel contratado a cada jogo…

Os setores mais procurados têm ladeirinhas caracol de acesso, espremendo todo mundo na saída, enquanto os grandes rampões de escoamento de público, originalmente projetados, hoje comportam setores que normalmente nem são abertos, ou ficam quase sempre vazios.

Tudo isso para atender a exigências da não menos corrupta Dona Fifa, na Copa da vergonha, onde  todos os estádios construídos foram submetidos a superfaturamento e roubalheira.

Podem tirar tudo: a vida das arquibancadas, a alma tricolor, as bandeiras, os instrumentos musicais, galhardetes… O talco, papel picado…

Podem tirar tudo. Deixar a arquibancada fria, sem som, sem bandeiras, faixas, sem mosaicos, sem vida…

Só não vão conseguir tirar o meu amor pelo Fluminense do coração tricolor que pulsa aqui no peito, e a minha eterna paixão pelo Fluminense!

Porque O IMPORTANTE É O SEGUINTE: SÓ DÁ NENSE!!!

Por PAULONENSE – Explosão Tricolor 

 

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