Fluminense encaminha acordo para abater quantia milionária em parcelas do Profut

A Fazenda Nacional não permitiu que o valor fosse depositado de volta nos cofres do Fluminense. Por isso, pelo acordo judicial, todo a grana será utilizada para pagar impostos atrasados e adiantar parcelas futuras do Profut. Ou seja, o Tricolor, agora, continua a desembolsar mensalmente o valor comprometido com o governo federal, hoje na casa dos R$ 1 milhão.

Além de abater parte do passivo, o acordo é visto como importante por deixar o clube mais próximo de conseguir as Certidões Negativas de Débito (CNDs), o que permitirá ao Fluminense outra vez firmar contratos públicos e participar de projetos incentivados, como investimentos para reformar o CT de Xerém, a sede social e melhorar os esportes olímpicos.

A quantia de R$ 41 milhões estava depositada em uma conta em juízo por exigência da PGFN. A razão era uma dívida contraída pela gestão do ex-presidente Peter Siemsen após a venda do atacante Wellington Nem, em 2013. Em setembro deste ano, o presidente Mário Bittencourt revelou que incluiu R$ 7,5 milhões em um montante que estava separado em favor da procuradoria, o que liberou as penhoras de 15% nas receitas do clube. Feito isso, o valor bloqueado passou a ser discutido entre as partes, que chegaram a acordo nesta semana.

Situação financeira ainda é delicada

A novidade ameniza, mas não resolve os problemas financeiros do Fluminense. O Tricolor ainda sofre com problema de fluxo de caixa e está longe de resolver todos os processos judiciais que resultam em penhoras de receitas. No balanço financeiro de 2018, o clube divulgou passivo de mais de R$ 700 milhões.