Tricolores da redação do jornal “O Globo” montam o melhor Fluminense da década






O melhor do Fluminense da década, segundo os tricolor do jornal “O Globo”

Com a proximidade do final da década de 10, tricolores da redação do jornal “O Globo” montaram o melhor Fluminense do período de 2010 a 2019. Será que eles mandaram bem? Confira como ficou e não deixe de escalar o seu time no campo de comentários da publicação!

Diego Cavalieri

Goleiro (2011-2017)

Chegou ao clube em 2011. Com defesas fantásticas, incluindo pênalti contra o Flamengo, foi um dos grandes nomes do título brasileiro de 2012, em que foi eleito o melhor goleiro da competição. Seu ótimo momento pelo Fluminense o levou a ser convocado para a seleção brasileira, tanto que estava no grupo de Luiz Felipe Scolari que foi campeão da Copa das Confederações de 2013.

Para o torcedor tricolor, Cavalieri chamava a atenção principalmente pela segurança, pela sua capacidade de transmitir, ao time e à torcida, que tudo ficaria bem. Talvez o melhor exemplo disso tenha sido no Fla-Flu do Brasileiro de 2012, em que pegou um pênalti cobrado pelo argentino Darío Botinelli, aos 40 do segundo tempo, garantindo o 1 a 0 aberto por Fred.

Dispensado por telefone no fim de 2017, o goleiro ficou irritado com a diretoria da clube, presidido à época por Pedro Abad. “Não tive respeito nenhum”, chegou a dizer à época. Atualmente, é atleta do Botafogo.

Mariano

Lateral-direito (2009-2011)

O seu início no Fluminense esteve longe de encher os olhos. Parecia um lateral de talento escasso, de quem se deveria esperar muito pouco. Mas Mariano mostrou que poderia ser útil ao Tricolor e, no momento do maior risco de rebaixamento, em 2009, seu futebol despertou. Tornou-se peça importante do título brasileiro de 2010, mostrando ofensividade. O bom futebol o levou à seleção brasileira no mesmo ano. Saiu no fim de 2011, rumo ao Bordeaux, da França. Hoje é jogador do Galatasaray, da Turquia.

Gum

Zagueiro (2009-2018)

“Gum, guerreiro”. Ninguém representou as três cores que traduzem tradição como Wellington Pereira Rodrigues. Chegou em 2009 e fez parte do time que arrancou para escapar do rebaixamento, tomando para si, mais do que qualquer um, o rótulo de guerreiro, o zagueiro incansável, o que nunca desistia, o homem que seria capaz de tirar qualquer bola em cima da linha, ou mesmo decidir uma partida numa cabeçada fulminante. A recompensa veio com títulos brasileiros de 2010 e 2012 e o Estadual de 2012. Como em qualquer casamento, viveu momentos conturbados com a torcida. Deixou o clube no fim de 2018, com 414 partidas, após não acertar renovação de contrato. Atuou pela Chapecoense no Brasileiro deste ano.

Leandro Euzébio

Zagueiro (2010-2014)

Depois de se destacar pelo Goiás, o voluntarioso Leandro Euzébio chegou a ser pretendido pelo Flamengo, então campeão brasileiro de 2009. O Fluminense foi mais rápido e o contratou para formar uma zaga duradoura. Em 2010, a dupla foi praticamente intransponível, pelo alto e por baixo. Foi campeão nacional e do Carioca em 2012. Deixou o Tricolor em 2014, rumo ao Al Khor, do Qatar.

Carlinhos

Lateral-esquerdo (2010-2014)

Do seu pé esquerdo saiu o cruzamento para o gol de Emerson Sheik sobre o Guarani, que deu o título brasileiro ao Fluminense após 26 anos. Só por isso já seria nome certo na lista. Mas o lateral-esquerdo fez muito mais e ainda foi campeão brasileiro e carioca, ambos em 2012. Deixou o clube no fim da temporada 2014. Disputou o Brasileirão de 2019 pelo CSA.

Jean

Volante (2012-2015)

Podia atuar como lateral-direito ou volante. Tinha grande qualidade marcando e distribuindo o jogo. Ficou no Fluminense de 2012, sendo campeão brasileiro e estadual, até o fim de 2015, quando acertou sua transferência para o Palmeiras. Em 2013, diante do bom futebol apresentado pelo Tricolor, foi convocado para a seleção brasileira e fez parte do grupo campeão da Copa das Confederações.

Deco

Meia (2010-2013)

O grande maestro que até hoje deixa saudade nos tricolores. Chegou em 2010, logo após a Copa do Mundo da África do Sul. E em menos de seis meses de clube foi campeão brasileiro. É bem verdade que as muitas lesões atrapalharam o seu rendimento, mas quando estava 100%, dava aula nos gramados, levando os torcedores ao delírio com passes precisos de primeira e uma visão de jogo absolutamente europeia. Voltou a ser campeão em 2012 (Brasileiro e Carioca). Em agosto de 2013, novamente diante de muitas lesões, abandonou a carreira. Em maio de 2014, Deco foi absolvido pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) após ter sido acusado de doping e suspenso pelo STJD em setembro de 2013.

Darío Conca

Meia (2008-2011 e 2014-2015)

“Para ele, o bife nunca está duro. Muito jogador brasileiro reclama que o filé mignon está duro. É do argentino. Eles não sentem saudade da família, não sofrem com comida… Coisas que brasileiros reclamam. Eles se superam e o Conca não é diferente”. A frase é do técnico Muricy Ramalho, em 2010. Foram duas passagens pelo Fluminense. Na primeira, que terminou em 2011, Conca levou praticamente sozinho o time ao título brasileiro de 2010.

Sempre será lembrado por ter disputado todas as 38 partidas, num prodígio de regularidade em alto nível, o que lhe deu o título de melhor jogador do campeonato. Após passagem pelo Guangzhou Evergrande, da China, retornou em 2014. Não brilhou como a primeira vez, saiu no fim de 2014 em função dos atrasos salariais e até deixou certa mágoa no torcedor quando acertou com o Flamengo em 2017, para uma passagem de poucos minutos.

Apesar disso, em nada apaga o que fez em 2010. O argentino já se aposentou dos gramados e hoje investe em imóveis no Rio.

Thiago Neves

Meia (2007-2009 e 2012-2013)

Entre 2007 e 2008, escreveu um nome bonito na história tricolor, com excelentes exibições em Fla-Flus (como o do inesquecível “créu”). Mas faltava algo para ficar completo. Mesmo atuando pelo Flamengo em 2011, Thiago Neves retornou às Laranjeiras em 2012, num acordo que foi concretizado após disputa por cerca de duas semanas com o Flamengo, para conquistar os títulos brasileiro e carioca. Eram os anos de ouro do mecenato da  Unimed. Mortal com a perna esquerda, decisivo enquanto estava em campo, deixou saudade quando migrou para o Oriente Médio. Atualmente no Cruzeiro, sai em litígio com os mineiros.

Richarlison

Atacante (2016-2017)

Destaque do América-MG, Richarlison, ainda muito tímido, chegou ao Fluminense em 2016. Mas logo caiu nas graças da torcida ao fazer o seu primeiro gol em clássicos contra o Flamengo, na vitória por 2 a 1, pelo Brasileirão. O seu bom futebol fez o Watford, da Inglaterra, contratar o atacante no meio de 2017. O último jogo  pelo Fluminense foi em 26 de julho, contra a Universidad de Quito, pela Copa Sul-Americana. Cada vez mais em alta, já foi negociado com o Everton, também da Inglaterra, e virou presença constante na seleção brasileira do técnico Tite. Na briga com o velocista Wellington Nem, inesquecível em sua segunda passagem pelo clube, em 2012, o Pombo prevaleceu.

Fred

Atacante (2009-2016)

Em 2010, no ano seguinte após chegar ao Fluminense, Fred conviveu com muitas lesões, mas ainda assim ajudou e muito no título brasileiro. Em 2012, entretanto, foi peça fundamental nas conquistas do Carioca e do Brasileiro, quando foi eleito o melhor jogador da competição e artilheiro, com 20 gols. A vitrine Fluminense o levou à seleção brasileira. Campeão da Copa das Confederações em 2013 e vilão na Copa do Mundo de 2014, foi chamado de “cone” por todo o país, menos pela torcida do Fluminense, que abraçou o atacante. Por questões envolvendo o presidente do clube à época, Peter Siemsen, Fred deixou o clube em 2016. Passou por Atlético-MG, hoje é do Cruzeiro, mas a torcida tricolor não o esquece, o que o põe à frente de outro centroavante, como Rafael Sóbis, e outro artilheiro importante, Emerson Sheik.

Muricy Ramalho

Técnico (2010-2011)

Quando era o nome do momento no futebol brasileiro, Muricy Ramalho chegou ao Fluminense em 2010 para tirar o Fluminense da fila de quase três décadas sem um título brasileiro. Após a Copa do Mundo de 2010, com o Tricolor vivendo grande fase no campeonato, recebeu convite para treinar a seleção brasileira. O Fluminense não liberou, a CBF optou por Mano Menezes, e Muricy seguiu à frente da equipe para ser recompensado no fim do ano com o título e o fim do jejum após 26 anos.

O ano seguinte, com Libertadores pela frente, tinha tudo para ser histórico. Mas Muricy se desentendeu com o  presidente do clube à época, Peter Siemsen, e largou o trabalho no meio, criticando até a higiene das instalações de Laranjeiras. O comentarista do Grupo Globo acabou superando a preferência por Abel Braga, lembrado com carinho por ter sido campeão em 2012 e pela persistência na última passagem, em meio à perda de um filho.

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Por Explosão Tricolor

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