O amor é incondicional e inesgotável, a paciência não!

Muitos dizem que futebol é algo que não se discute, principalmente se o tema da discussão for a paixão pelo seu clube do coração. Pela paixão, ontem, os tricolores que tiveram no Maracanã para torcer, mas acabaram sofrendo e se enfurecendo. São 10 derrotas em 13 jogos, meus amigos. Uma ribanceira onde nos enfiamos e não paramos de despencar ainda.

Meu amor pelo Fluminense sempre foi independente de situação em campo, política e qualquer outro fator. Por esse motivo, ontem, eu era um desses tricolores no Maracanã. Porém, se meu amor é incondicional e inesgotável, minha paciência não segue a mesma linha.

Há um tempo, escrevi sobre o aproveitamento do Fluminense no Maracanã e fora dele. Fiz algumas projeções e conclui que uma melhora no aproveitamento fora do Maracanã, nos levaria ao título. Essa melhora só não ocorreu, como houve uma piora no aproveitamento também em jogos dentro de casa. Hoje, estamos mais para o Z-4 do que para o G-4.

Como criticar as atitudes mais enérgicas da torcida, depois de ontem? Ninguém tem sangue de barata. Vimos um cenário de entrega em campo. Um time apático, desorganizado e sem saber o que fazer com a bola nos pés. Essa camisa que já foi honrada por tantos ídolos, não pode ser desonrada de tal forma como foi ontem. A mudança de técnico não resolverá nem 20% dos nossos problemas, o buraco ali é mais embaixo.

O Fluminense vai ter que reagir! A cobrança deve ser feita em um todo, de cima para baixo, hierarquicamente. O capitão, Fred, merece respeito? Merece. Tem atitudes de líder? Tem. Só que pra ser líder, tem que aguentar o ônus da posição. Um líder não vive só de bônus.

Contra o Grêmio, quarta-feira que vem, voltarei ao Maracanã, única e exclusivamente, pela camisa que aprendi a amar. Se aqueles que a vestem, em campo, não a amam, que pelo menos a respeitem ou então sofrerão com a pressão de uma torcida que já está de paciência esgotada.

ST

Por Rafael Fernandes / Explosão Tricolor

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