Grande portal faz lista de razões da má fase do Fluminense. Confira!

Com a pior campanha do returno, o Fluminense encontra-se em uma situação delicada. O resultado negativo diante da Ponte Preta, no último sábado, foi o oitavo nesse segundo turno. No total, 24 pontos foram disputados e o Fluminense conquistou apenas um. Apesar de olhares mais otimistas apontarem esse momento sendo apenas um “fase”, a realidade aponta que a zona de rebaixamente se aproxima com rapidez e, hoje, a distância é de apenas três pontos.

O portal GloboEsporte.com, fez uma lista de fatores que podem tem relação com essa queda de rendimento, no segundo turno. Entre eles, a má fase da defesa e a falta de ritmo de jogo de Ronaldinho Gaúcho.

Confira a lista do site:

Defesa em má fase

O Fluminense já sofreu 18 gols no returno do Campeonato Brasileiro, em oito jogos. É a metade do que o time levou durante toda a competição – 36. Ou seja, em todo o primeiro turno, 19 rodadas, foram 18 gols sofridos. A fase da defesa, em geral, é ruim. Há uma dança das cadeiras na zaga, experimentada mais por quatro jogadores: Gum, Marlon, Antônio Carlos e Henrique, seja por suspensão, lesão, ou convocação para a seleção brasileira olímpica no caso do mais jovem. Gum vem sofrendo críticas da torcida. Um exemplo é o lance em que ele se enrolou e originou o gol do Coritiba, no empate por 1 a 1, após a cobrança da lateral. No caso de Antônio Carlos, a furada no Maracanã diante do Palmeiras foi motivo para revolta dos torcedores. Henrique chegou a ficar afastado pela comissão técnica, segundo eles para aprimorar a forma física. Marlon é poupado das críticas, mas o momento do time acabou refletindo nele com o azar de dois gols contra, nos jogos com o Joinville e com a Ponte Preta. As mudanças constantes nas laterais também defasam a marcação.

Muitos desfalques

Não foram poucas as vezes que o ex-técnico Enderson Moreira reclamou pelo fato de não poder dar sequência no campeonato com um time base devido às lesões sofridas pelos jogadores. Alguns exemplos: Giovanni rompeu os ligamentos cruzados do joelho e não atua desde a derrota para o Vasco, no primeiro turno. A lateral esquerda ficou carente. Breno Lopes não agradou muito e logo depois fraturou o nariz. Gustavo Scarpa, que mostra bom rendimento no meio de campo, ocupou a posição em algumas rodadas, o que tirou a opção da sua escalação no outro setor. Wellington Silva também já ficou fora por estar machucado. Osvaldo, que havia acabado de chegar com a expectativa de ser um atacante de velocidade que ajudasse Fred, desfalcou o time por estiramento e dores musculares, o que o impossibilitou de engrenar na equipe. Quem não conseguiu voltar à ao time principal definitivamente foi Vinícius. O meia foi peça importante na campanha do primeiro turno e, depois da fratura no pé, demorou para retornar. Vinha entrando um pouco nos últimos jogos de Enderson. Na estreia de Eduardo Baptista, ficou fora da viagem por dores no pé. Além deles, há o capitão, que não atuou em nove partidas do Brasileirão.

Jejum de Fred, jejum do Fluminense

As lesões de Fred, que o fizeram desfalcar o Fluminense em nove partidas do Campeonato Brasileiro, além do jogo de volta da Copa do Brasil, com o Paysandu, causaram impacto em toda a equipe. Tanto no futebol, quanto no psicológico. O capitão é a referência dos mais jovens, o líder que tem a função de alertar e dar bronca nos companheiros. Em campo, não está ainda no ritmo ideal e não balança as redes desde a última rodada do primeiro turno, na vitória por 2 a 1 sobre o Figueirense. E foi justamente o último triunfo do Tricolor na competição. Depois desse dia, desfalcou o time em quatro jogos. Nos últimos três, tem tentado se recuperar. Contra o Palmeiras, perdeu um gol incrível e desperdiçou um pênalti.

Desentrosamento de Ronaldinho e falta de ritmo

Ronaldinho Gaúcho chegou ao Fluminense com o status de principal contratação da temporada. A euforia por ter o craque no elenco transformou-se em desconfiança a partir do momento em que suas atuações no campo deixaram a desejar. Até agora, sua escalação ou entrada nas partidas evidenciou a faltas de ritmo do meia, o que acabou diminuindo a intensidade e velocidade do setor. R10 não marcou gol, não deu assistência e praticamente não levou perigo algum aos adversários. Aos 35 anos, vem deixando claro que a expectativa criada sobre ele não condiz com sua realidade. A maratona de jogos e o fato de Ronaldinho ter sido poupado de seis confrontos dificulta a missão de fazê-lo entrosar com o time base.

Emocional afetado

A enorme pressão por resultados positivos e a sequência grande de derrotas tiraram a confiança do grupo do Fluminense. Dias como os das derrotas para Flamengo, Palmeiras e Sport foram uns dos que mais abalaram os jogadores. Contra o Leão, Fred chegou a chutar uma lixeira do caminho do campo ao vestiário na Arena Pernambuco. Marcos Junior, que falhou em um dos gols diante da equipe paulista, ficou inconsolável após o jogo. O time é o segundo que mais recebeu cartões vermelhos no campeonato: sete. Perde para o Vasco, que levou 10. O técnico Eduardo Baptista falou sobre o assunto depois do 3 a 1 em Campinas, para a Ponte Preta, e disse que o trabalho será de muita conversa para resgatar essa confiança perdida, confiança para arriscar um passe, para jogar com mais agressividade.

Pressão da torcida

A pressão da torcida vem obrigando o Fluminense a mudar sua rotina. A volta da delegação de Pernambuco, depois que o time perdeu para o Sport, marcou um protesto no Galeão, em que Fred foi um dos mais criticados, e um torcedor ainda atirou uma lata de cerveja em sua direção. No dia seguinte, um torcedor invadiu o gramado durante o treinamento nas Laranjeiras. A segurança foi reforçada, e o clube optou a Escola de Educação Física do Exército, na Urca, para realizar as atividades em isolamento e tranquilidade.

Queda do aproveitamento dentro do Maracanã

Fator diferencial positivo do Fluminense no primeiro turno, o rendimento em casa teve queda vertiginosa no returno e chegou ao fundo do poço. De 76,6% para, acredite: 0%. São três jogos e três derrotas no Maracanã neste segundo turno. O time levou nove gols neste período. Até o próprio Enderson Moreira, recém-demitido, admitia que o grande trunfo da equipe no primeiro turno era o rendimento em casa – foram sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Pois bem, isso desapareceu. Aliás, único ponto marcado no returno foi conquistado fora de casa. Empate contra o Coritiba, no Couto Pereira.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Globo Esporte / Foto: Divulgação

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