Dois pontos jogados no ralo




Nenê (Foto: Lucas Merçon / Fluminense FC)



É sempre assim. Quando a gente pensa ou até fala na esperançosa frase do “Agora vai”, levamos um balde de água fria na cara. Esse empate com o Atlético-GO foi pra lá de decepcionante.

O Fluminense até iniciou o jogo muito bem. Trocas de passes, boas jogadas e um golaço do Evanilson. Com um pouco mais de capricho, poderia até ter ampliado o placar ainda no primeiro tempo. Destaque para o Michel Araújo, que participou de praticamente todas as ações ofensivas do time. O uruguaio distribuiu excelentes passes e ainda apareceu para finalizar.

Porém, o time tinha o Hudson. Nada contra o jogador, mas quem me acompanha sabe que considero o volante como uma espécie de roda presa. Tem até uma técnica, mas é lento e ainda é o ‘Rei das Faltas Desnecessárias’.

O primeiro cartão amarelo do Hudson foi algo inaceitável para um jogador experiente e que ainda usa a braçadeira de capitão. Na entrada da área do Atlético-GO. Totalmente desnecessário.

Já o segundo cartão amarelo foi consequência de um erro do Nino, que foi outro que deixou muito a desejar. No entanto, o próprio Hudson poderia ter dado o fundo ao adversário e só acompanhá-lo para fechar qualquer tentativa de cruzamento ou entrada na área. Pois é, erro na saída de bola e na tomada de decisão para interromper a jogada. Segundo cartão amarelo e, consequentemente, expulsão. Esse lance acabou com o Fluminense em todos os sentidos.

Com um a menos e um segundo tempo inteiro pela frente, seria complicado. Mais do que nunca, o time precisaria de pulmão novo para tentar puxar contra-ataques.

No segundo tempo, Michel Araújo passou a impressão de que estava cansado. O uruguaio já não mostrava mais força. E nem dá para reclamar, pois ele tem se doado bastante. Essa queda já era até esperada. Assim também com era esperada a pressão goiana na etapa final.

O Luiz Henrique até entrou razoavelmente bem. Ele ajudou na recomposição com bons desarmes e ainda ajudou na criação de algumas ações ofensivas. Porém, o Fluminense precisava de muito mais. Infelizmente, grande parte das opções disponíveis no banco de reservas eram incompatíveis para esse tipo de situação. O time precisava de velocidade do meio pra frente. Fernando Pacheco seria a melhor aposta, mas entrou apenas nos minutos finais.

Através de um erro coletivo, o Fluminense cedeu o empate. Michel Araújo e Egídio vacilaram. Porém, a zaga também estava toda desarrumada. Não era o Calegari que tinha que estar ali no miolo da área.

Dois pontos jogados no ralo. É para lamentar. E muito. Não é nem por conta da oportunidade que perdeu de assumir a vice-liderança. Na verdade é pelos pontos. Enquanto o campeonato está nivelado por baixo, a hora de acumular gordura é agora. Porém, o Fluminense perdeu uma grande chance após ter vencido dois jogos muito mais difíceis. Agora é tentar correr atrás do prejuízo lá no Morumbi.

Curtinhas

– O Odair Hellmann é refém de suas convicções ou de obrigações de fazer média com medalhões? Escalar o Hudson, com braçadeira de capitão e tudo, logo após a desastrosa atuação na vitória sobre o Vasco, foi um tiro no pé.

– Marcos Paulo seguirá amarrado lá na esquerda sem fazer nada?

– Contra o São Paulo, não sei se o Fred entrará de titular na vaga do Evanilson, que levou o terceiro cartão amarelo. Na coletiva de terça, o próprio Fred revelou que ficou acertado que ele entrará aos poucos, ou seja, de forma gradativa.

– Live pós-jogo no canal do Explosão Tricolor no YouTube. Clique aqui e assista!

Forte abraço e ST!

Vinicius Toledo