A operação financeira entre Flu e Ronaldinho




Confira abaixo, a matéria da jornalista Sophia Miranda, do portal Globoesporte, que detalha toda a operação financeira envolvendo o Ronaldinho e o Fluminense.

Que Ronaldinho Gaúcho não deu retorno técnico ao Tricolor, é indiscutível. O Fluminense divulgou ao GloboEsporte.com números que comprovam o lucro dado pelo camisa 10 com as bilheterias de nove jogos de mando no Maracanã, e o que foi gasto com o jogador desde a assinatura de contrato, assim como o que ele abriu mão de receber com o pedido de rescisão. De acordo com o Tricolor, R10 “se bancou” e deu lucro ao clube.

No tempo que ficou no Fluminense, de acordo com os números passados pelo clube, Ronaldinho recebeu R$ 1.238.000,00: R$ 1 milhão de salários, direitos de imagens e percentuais sobre receitas, e R$ 238 mil referentes à rescisão trabalhista e ao saldo de salário. O salário fixo era de R$ 400 mil, e o restante seria completado pelos percentuais sobre receitas.

Desses percentuais sobre receitas, Ronaldinho tinha direito a 25% sobre o aumento da receita líquida dos jogos e 100% dos royalties das camisas vendidas com o nome dele. Além disso, tinha direito a uma parte – não divulgada – sobre a adesão de sócios torcedores. Acontece que, com a rescisão precoce, R10 abriu mão de receber a totalidade desses valores. No caso das bilheterias, Ronaldo deixou de faturar R$ 678.750,00.

Em nove jogos como mandante, no Maracanã, contando o da apresentação de Ronaldinho, contra o Vasco, o Fluminense teve de aumento líquido R$ 2.715.278,31 desde a chegada do jogador. O equivalente a uma média líquida de renda de R$ 301.697,54.

Com a chegada de Ronaldinho, o Fluminense teve – em número passado ao clube pela Adidas – aumento de 30% na venda de camisas. A quantidade exata não foi divulgada porque há uma cláusula de confidencialidade no contrato com a patrocinadora. Outro número foi o da adesão de mais de 10 mil novos sócios. Isso, porém, não se deve apenas a R10. Fica entre o craque e os planos novos de sócio-torcedor, com a abertura de novos setores no Maracanã. Na concepção do Tricolor, a conta é favorável porque os novos sócios permanecem no clube mesmo após a saída do meia.

O presidente Peter Siemsen, após a classificação para as semifinais da Copa do Brasil, sobre o Grêmio, frisou que Ronaldinho Gaúcho foi importante para a parte comercial do Fluminense.

– Apesar da frustração por ele não ter conseguido grandes momentos no Fluminense, tivemos a oportunidade de ter um dos maiores jogadores do futebol. Ele foi extremamente respeitoso com o clube. Foi correto. E avaliando no geral, a parte comercial foi muito favorável ao Fluminense – disse Peter Siemsen.

Fonte: Globoesporte / Foto: Fluminense FC

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