Venda do Marcos Paulo pode cobrir valores não alcançados em algumas áreas do Fluminense; entenda a situação

23 de setembro de 2020 Explosao Tricolor NOTÍCIAS

O atacante Marcos Paulo já está acertado com o Olympique de Marselha. Porém, o clube francês precisa se acertar com o Fluminense. A ideia do Tricolor era vender Marcos Paulo por mais de 15 milhões de euros (cerca de R$ 95,8 milhões na cotação atual). No entanto, o clube já aceita reduzir o montante, mas não tanto. Além disso, deseja manter um percentual dos direitos econômicos do atacante.

Com base no orçamento para 2020, o Fluminense previu receitas totais de R$ 240 milhões. Vale lembrar que elas foram reelaborados após a eliminação na primeira fase da Copa Sul-Americana. A expectativa era de um superávit de R$ 9 milhões. Apesar do crescimento do programa de sócio-torcedor nos últimos meses, valores como o de bilheteria, patrocínios e premiações tendem a ser mais baixos do que o orçado. Sendo assim, só uma grande venda poderia compensar.

Negociações de atletas

Apenas com negociações de atletas, o Fluminense esperava arrecadar R$ 70 milhões. Até aqui, foram cerca de R$ 40 milhões com as vendas de Gilberto, Evanílson, Marcelo Pitaluga e o empréstimo do lateral esquerdo Marlon ao turco Trabzonspor. Também podem ser incluídos nesta conta valores recebidos pelo mecanismo de solidariedade da Fifa, como a venda do zagueiro Marlon Santos pelo Sassuolo ao Fulham, que renderá cerca de R$ 3,3 milhões ao Fluminense.

Bastidores

De acordo com o jornalista Caio Blois, do portal UOL Esporte, comenta-se nos bastidores do clube que a diretoria aceitaria uma proposta por Marcos Paulo que zerasse sozinha a conta do orçado para a temporada. Assim, o que já entrou de dinheiro no clube até aqui seria o excedente necessário para cobrir o que ainda não foi alcançado em outras áreas em 2020 também por conta da pandemia do novo coronavírus.

11 milhões de euros?

Ainda de acordo com o jornalista Caio Blois, o Olympique de Marselha precisaria, para isso, pagar ao menos 11 milhões de euros (R$ 70,3 milhões na cotação atual), valor mais baixo do que o pretendido, mas que pode ser interessante dependendo do percentual mantido. O Fluminennse tem 100% dos direitos econômicos do atacante, mas precisa repassar 30% do montante da venda, sendo 20% para os agentes e 10% para o próprio jogador. Nada impede, entretanto, que haja um acordo entre as partes como parte do negócio com os franceses.