Magno Alves dita o ritmo da concentração tricolor com cultos evangélicos

Definitivamente, o Fluminense transformou os hotéis das suas concentrações em uma igreja com reuniões lotadas. O pastor que domina os encontros é o atacante Magno Alves, mais velho do elenco, e há 16 anos convertido. Ao lado de Pierre, Jean e Gum, Magno Alves costuma angariar os companheiros — e funcionários — para o culto nas concentrações, principalmente nas viagens para fora do Rio de Janeiro.

— O objetivo não é o sentido religioso. Todos são convidados. Na concentração, aproveitamos o momento para estudarmos. Onde todos venham aprender a palavra (de Deus). Ninguém sabe mais que o outro — disse Magno Alves.

Em todos os cultos, os jogadores, por meio de um grupo no WhatsApp, são convidados. Nem todos comparecem. Diego Cavalieri, por exemplo, um dos líderes do time, não segue a mesma fé e só aparece nas correntes de orações nos vestiários antes do jogos. Gustavo Scarpa, um dos mais jovens dos cultos, comanda o louvor com seu violão. Nela, os jogadores, após realizarem a leitura de passagens da Bíblia, entoam cânticos para encerrar as reuniões na batida do jovem. São raras as presenças de integrantes da comissão técnica ou de dirigentes da equipe. De 32 jogadores no elenco profissional tricolor, pelo menos 25 já apareceram nas reuniões lideradas por Magno Alves.

— Queremos levar para todos, convidamos todos. É a palavra de Deus que conta. Muitas coisas são faladas sobre crentes e evangélicos, não podem generalizar. Cada um segue a sua crença e, para nós, esses encontros, dão força para os jogos — garante Magno Alves.

Com a conversão e o batismo do capitão Fred, muitos jovens já seguem seus passos. O atacante Marcos Júnior é um que destaca que estar em dia com a fé foi o diferencial para sua mudança como pessoa.

— Não sou evangélico, mas estou indo muito nestes cultos. Eles me ajudaram a mudar um pouco a postura — admite.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Extra / Foto: Divulgação