Confira cinco quesitos que tiveram o foco de Eduardo Baptista!




Os dez dias de treino parecem ter caído como uma luva para Eduardo Baptista. Nesse tempo o treinador trabalhou para deixar o Fluminense com a sua cara. Com o tempo livre apenas para treinar, o foco foi em ajustar o sistema defensivo, treinar variações de jogadas ofensivas, retomar a confiança da equipe, otimizar a troca de passe, entre outras coisas.

Hoje, contra o São Paulo, às 22h, no Maracanã, o time terá a chance de mostrar que aprendeu tudo o que foi passado pelo treinador e buscar os três pontos. Apesar do período que teve, Eduardo deixou claro que ainda é pouco e que precisa de mais tempo para evoluir ainda mais a equipe.

– Preciso de mais tempo, mas já deu para fazer algo. O Fluminense tem por obrigação ter um time com toque de bola, que tenha posse. Equilíbrio ofensivo, paciência e inteligência de entrar na área adversária. Agora é colocar em prática contra o São Paulo. Uma vitória vai ser importante para nós – falou, em entrevista coletiva na última terça-feira, nas Laranjeiras.

Confira de forma detalhada o que foi trabalhado pelo treinador:

ABRIR NAS LATERAIS PARA ABRIR O MEIO

Um dos conceitos de Eduardo Baptista é o de utilizar jogadas laterais para abrir espaços no meio de campo. Como um lutador de boxe, que ataca a linha de cintura para abaixar as mãos do oponente e combinar com um golpe na cabeça, o técnico acredita que a melhor maneira de ter sucesso em infiltrações centrais é dispondo de um arsenal perigoso de jogadas laterais.

– Hoje o futebol, principalmente no Brasil, se compacta muito e se fecha no meio. Por vezes, temos que ter sair pelo lado. Se provocarmos essa saída, fatalmente o adversário tem que marcar, e abre-se o meio de novo. É importante que os laterais sejam agressivos, para dificultar a marcação adversária. Importante também é que saibam ler o jogo – diz ele.

TROCA DE PASSES E MOVIMENTAÇÃO INTELIGENTE

A preocupação com troca de passes é muito presente no trabalho de Eduardo até agora. Nos últimos dez dias, o técnico vem buscando aprimorar esse fundamento, do início ao fim do treinamento. Até na hora de aquecer. Além do clássico “bobinho”, foi bem comum o uso de curtas atividades com bola em que os jogadores, separados em pequenos grupos, trocavam passes e posições com constância.

Além disso, nos treinamentos táticos, principalmente os que não contavam com marcação, Eduardo falou à exaustão. E suas principais dicas e reclamações eram em relação à movimentação durante a troca de passes. Ele fazia questão de ninguém ficar parado enquanto a bola era tocada, alertava para os melhores momentos de dar arrancadas e insistia na importância de trocas de posição.

COMPACTAÇÃO E ZAGA ADIANTADA

Fala-se muito sobre compactação entre linhas e avanço de zagueiros quando o assunto é o dito futebol moderno. Esses foram dois conceitos trabalhados por Eduardo nos últimos dias. O treinador abusou de atividades em espaço reduzido, sempre pedindo para que os jogadores voltassem o jogo para os defensores quando possível. Nos treinos de armação de jogadas, o técnico buscava integrar todos os setores, com demarcações no campo indicado as áreas de atuação dos jogadores.

CONSISTÊNCIA NA DEFESA

Um problema enxergado por Eduardo Baptista e alguns jogadores na equipe tricolor era de marcação. Gustavo Scarpa, em recente entrevista, identificou o foco nesse setor como uma das características do novo treinador.

Eduardo também falou sobre isso. Segundo ele, no futebol moderno “não se pode esquecer de marcar”. Nenhum jogador. O treinador fez atividades de marcação específicas, como por exemplo, com atletas que não tem essa característica. É o caso de Gerson, que teve que trabalhar duro na última segunda-feira para acompanhar a primeira das duas linhas de quatro. Por vezes, o comandante utilizava mais atletas atacando do que defendendo, obrigando um esforço maior para fechar espaços por parte da defesa.

CONFIANÇA

A má fase que o Fluminense viveu, culminando na saída de Enderson Moreira, drenou a confiança da equipe aos poucos. Gustavo Scarpa chegou a afirmar que o problema foi se agravando desde a derrota de virada sofrida frente ao Joinville. O problema era tão sério que foi um dos primeiros percebidos por Eduardo Baptista. O lado psicológico dos atletas também foi um dos focos no período sem jogos.

– Quando eu cheguei, peguei um time sem confiança. As coisas não estavam dando certo. Eu tentei ajustar a parte psicológica. Falei que era possível chegar na semifinal da Copa do Brasil – afirmou.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Globo Esporte / Foto: Divulgação

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