Clássico contra o Flamengo, ausência do técnico Marcão, primeiros contatos com John Kennedy e muito mais: leia a entrevista coletiva de Fred




Fred (Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.)

Centroavante conversou com a imprensa após o treino da manhã desta terça-feira

Na manhã desta terça-feira (05), o centroavante Fred concedeu entrevista coletiva no CT Carlos José Castilho. O jogador de 37 anos falou sobre o seu grande sonho na temporada, conselhos dados aos mais jovens, clássico contra o Flamengo e muito mais. Confira abaixo todas as respostas do camisa 9:

Grande sonho na temporada

“Meu maior sonho é levar o Flu para a Libertadores. Se não me engano, são oito anos que a gente não vai. É um objetivo palpável, é possível. É o maior objetivo que tenho aqui hoje. Posso contribuir com os gols também, é o meu papel. Se acontecer esses gols, e eu me aproximar mais dos artilheiros, não tenho essa motivação, mas vai ser bom porque posso ajudar o Fluminense e vai ser bom para todos os lados.”

Clássico contra o Flamengo

“O clássico contra o Flameng será difícil. Enxergo pontos que podemos nos sobressair. A gente sabe que podemos fazer um grande jogo e sair vitorioso. O que podemos fazer é ter humildade, defender bem. E quando tiver a bola, se impor ao máximo possível para sairmos vitoriosos.

O que precisamos é quebrar essa sequência ruim, com um bom resultado. Precisamos da vitória. Quando olhamos para cima, vemos que a Copa do Brasil e Libertadores, poder virar um G-7 ou G-8. O clássico de amanhã vai ser muito difícil para a gente. Mas precisamos pontuar.”

Marcão testou positivo para a Covid-19

“Péssimo, né?! Quando eu pisei no CT ontem, a 1ª notícia que eu recebi foi essa bomba para gente. O Marcão é um cara que desde que assumiu tem orientado bastante, tem falado, tem colocado as características dele, tentando manter algo que foi construído pelo Odair também. A gente perde essa liderança, essa referência ali fora. O bom que a gente tem o Ailton, que a gente já tem intimidade, já sabe também… Tem um linguajar, é a mesma coisa que se fosse o Marcão. Mas sem dúvida alguma, é uma perda muito grande o Marcão para gente.

Conversei com os jogadores que a gente vai ter que liderar um pouco a mais também, nos setores de campo, de defesa, meio de campo e ataque… Liderar um pouco mais, falar um pouco mais, para gente não perder tanto esse fator liderança que o Marcão deixou.”

Retorno ao Fluminense e recuperação do bom futebol

“Quando eu cheguei, tinha o Evanilson. Era natural eu não jogar mesmo, o moleque estava bem. Depois, tive cirurgias. Precisei recuperar ritmo. Falando do presente, me sinto bem hoje. De um tempo para cá, estou treinando bem, tendo ritmo, força. Criando situações para fazer gols ou colocando meus companheiros para fazer os gols. Era um processo natural. Fiquei treinando na roça por quase cinco meses. Ia demandar um pouco mais de tempo. É um momento de se preparar. Vão ser 11 rodadas difíceis. Todos estão brigando por alguma coisa, título, lá embaixo, ou sul-americana. Estou esperançoso.”

Importância do clássico

“O Fla-Flu para a gente aqui é o maior jogo, maior clássico nosso. Temos mais dois grandes adversários, o Botafogo e Vasco. Mas esse é o mais esperado, principalmente quando tinha torcida. Naturalmente, representa mais para o clube e para o torcedor. Eu classifico como o maior clássico do Rio de Janeiro.”

Mescla de juventude e experiência no elenco

“Jogadores experientes influenciam, mas apenas jovens também. Uma mescla que ajuda. Os jovens com a ousadia, aquela vontade, o ímpeto deles. E nós com a experiência, blindando os mais jovens. A gente tem isso aqui. Me sinto dependente dos mais jovens, podemos colaborar com eles também. Temos o Nenê aqui. É possível como atleta você influenciar mesmo com a idade mais avançada. Mas no campo todos temos que marcar, correr. Entrou lá, a gente cobra igualmente. E essa vitória é importante para buscar essa vaga na Libertadores que a gente tanto almeja.”

Primeiro e segundo turno

“O que eu mais posso fazer é ter motivação lá em cima. Vou estar com o nosso braço estendido no momento bom ou ruim. A maior dificuldade é olhar para os resultados ruins e não afundarmos muito. Se pegarmos as mesmas rodadas do primeiro e do segundo turno, estamos com apenas três pontos a menos. Tivemos problemas no primeiro turno também. Mas o que estamos tentando passar para a galera é que eles não precisam absorver isso. Isso tem que começar amanhã no clássico. Mas a nossa postura tem que ser a cada dia melhor.”

Primeiros contatos com John Kennedy

“Na verdade, falei com ele duas vezes só. Sub-23 treina um horário antes. A gente sempre se tromba. Vi ele na academia e perguntei quem era. ‘Ah, o John Kennedy’. Ele vai pra cima, sai rompendo. É um jogador com potencial muito grande. Todos no profissional têm essa visão que logo logo estará nos ajudando. Estamos ansiosos para mais uma joia estar aqui se destacando e ajudando o Fluminense.”

Comemoração com o coração

“Sempre me marcou muito. Não vejo a hora de fazer esse coração com o torcedor. A gente espera essa vacina para estarmos com o estádio lotado comemorando com o torcedor.”

Calendário diferente em 2021

“A gente tem que se adaptar, né? Isso atingiu todas as áreas – econômica, social, etc. É lógico que afetaria o futebol. O nosso esporte sofreu um pouco menos. Para a gente é normal. Ficamos quatro meses sem jogar. Sabíamos que precisaríamos completar o calendário por questões de patrocinador, por nós mesmos e pelo clube. Mas espero que volte o mais rápido possível ao normal.”

Conselho para os moleques de Xerém

“Minha orientação, minha conversa que eu tenho com eles é: deem o melhor, façam gols, se der para ficar aqui, ótimo. Eles sabem também que o Fluminense quer resultado técnico, assim como em todos os clubes do Brasil. Querem resultado técnico, mas também vão vendê-los. Seria ótimo para o jogador e para o clube que eles joguem, façam história e, depois, sejam bem vendidos porque todo mundo sai ganhando”

Conversa com Miguel e Marcos Paulo

“O que eu falo para todos eles, falo para o Miguel, falo para o Marcos Paulo principalmente, é que hoje eles têm 17 anos e amanhã eles estão com 23, 25, 28. O quanto eles jogarem, botarem a bola para dentro, fazerem gols, criarem grandes jogadas… E eu falei uma coisa que, na minha opinião, é muito importante que é o jogador criar laços em um clube e criar maturidade num clube grande como o Fluminense.

Você sair sem fazer uma temporada inteira, duas temporadas inteiras, lá fora vão te tratar diferente… O brasileiro já sofre por causa da cultura do futebol, cultura também da cabeça do brasileiro. Quando chega na Europa, sempre tem o medo de adaptação.”

Orientações recebidas no início da carreira

“Eu participei de conversas com o Dodi, Miguel, Marcos (Paulo), Evanilson… E usei exemplos bons e ruins, contei um pouco do que passei no meu início quando eu estava no Cruzeiro, chegando muitas propostas também com algumas orientações de empresários para não ir para os jogos. E o meu irmão, que era quem me orientava mais, era a voz mais ativa, que mais me influenciava, me orientando a sempre treinar bem e fazer gols nos jogos, porque seria a maior venda do produto que eu poderia mostrar.”

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Por Explosão Tricolor

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