Jogo contra o Corinthians, importância de Fred, reta final decisiva do Brasileirão e muito mais: leia a entrevista coletiva de Hudson




Hudson (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)

Volante conversou com a imprensa após o treino da manhã desta segunda-feira

No fim da manhã desta segunda-feira (11), o volante Hudson, do Fluminense, concedeu entrevista coletiva no CT Carlos José Castilho. O jogador falou sobre a expectativa para o jogo contra o Corinthians, desempenho como meia, importância do atacante Fred, críticas de parte da torcida tricolor nas redes sociais, reta final decisiva do Brasileirão e muito mais. Confira abaixo todas as respostas do meio-campista:

Jogo diante do Corinthians

“Chegar até ser clichê falar que é uma final, mas a gente olha para classificação e vê que eles têm um jogo a menos, a gente vê da importância que é o jogo para a nossa posição na tabela. É um jogo extremamente difícil e de extrema importância.”

Virada contra o Flamengo

“A mudança de postura contra o Flamengo foi muito importante, partiu do vestiário. O Ailton teve uma importância muito grande pela forma que falou com a gente, que a gente precisava acreditar, mudar a postura. Volto um pouco ao mérito Flamengo no 1º tempo, de ter se imposto, criado as chances, é um time que a gente sabe que a tem qualidade, que tem muito conjunto que o nosso, sofreu muito menos mudanças do que o nosso. Mas acho que a nossa reação é muito importante, não foi a primeira, não foi a segunda, a gente já teve alguns jogos assim que o time reagiu muito bem, é uma vitória que mostra que a equipe tem potencial e que tem que estar mais ligada, do início ao fim.”

Adaptação à nova posição

“A posição que eu venho jogando ultimamente, que é praticamente como meia, confesso que exige um pouco mais fisicamente, porque você tem que ter tanto força defensiva, como força para atacar na mesma intensidade. Você não tem tempo de descanso durante o jogo. Hoje o futebol é muito intenso, é uma posição que exige bastante. Às vezes você joga de costas, o que não foi costumeiro na minha carreira.

Mas é uma adaptação, a gente está aqui para fazer o melhor para o Fluminense. Estou buscando trabalhar para que eu possa melhorar minha performance, sei que posso melhorar muito, tive alguns contratempos de lesões no tornozelo, de Covid, mas também não posso usar isso como muleta. Sei que posso performar melhor, tenho que render mais e tenho procurado trabalhar nos treinamentos.”

Ausência de Marcão e principal diferença para o Ailton

“Eles se assemelham muito. O modo como é o trabalho dentro de campo, como se relacionam com a gente extra campo. São dois ex-jogadores que fizeram história no Fluminense. Respeitadíssimos por nós jogadores. A gente vê neles dois caras com potencial enorme na profissão. E o que a gente está tentando fazer é poder corresponder e ajudar ao máximo. A gente sabe que o desafio para eles é muito grande. Assumir uma equipe no terço final de um Campeonato Brasileiro, que é tão difícil…”

Maior pressão adversária desde a saída de Odair

“Acredito que o Marcão e Ailton estão tentando assimilar muito o trabalho que o Odair vinha fazendo, mas é claro que há uma mudança, há um rompimento de uma comissão técnica. Talvez o time nos primeiros jogos tenha sentido um pouco isso. A gente sabe que é muito difícil o Campeonato Brasileiro, com equipes muito qualificadas.

Às vezes não é demérito da equipe, é mérito da outra equipe, que consegue criar. A gente jogou com o Atlético-GO lá, teve dificuldades contra o Flamengo no 1º tempo, jogamos contra a equipe do São Paulo, que hoje é a líder do campeonato… Essas equipes têm o mérito delas também de ter criado mais chances contra a gente. E, claro, a gente deve e está trabalhando para que isso não venha a acontecer da maneira que tem acontecido. O Fluminense sempre demonstrou uma defesa muito forte, mas também um ataque que, quando precisou, estava lá para fazer os gols e ajudar a equipe.”

Renovação com o Fluminense após o fim do Brasileirão

“Eu só tenho que agradecer ao Fluminense. O Fluminense me abraçou de uma maneira muito melhor do que eu esperava. Os profissionais, os jogadores… Está chegando o finalzinho do contrato, e se eu puder continuar, se for uma escolha minha, claro que eu gostaria de continuar sim o trabalho. A gente conseguindo uma boa colocação no Campeonato Brasileiro, a gente vai ter um ano de 2021 muito promissor.

Claro que seria uma vontade minha participar desse trabalho, mas é uma coisa que infelizmente não depende só de mim, só do Fluminense ou só do São Paulo, que é o clube que eu tenho contrato também. É um conjunto de fatores que na hora certa todo mundo vai sentar, vai resolver e escolher o que é melhor para todo mundo.”

Meio de campo mais “pesado” com ele e Yuri

“Acredito que seja um processo de adaptação, de entrosamento. O Yuri tem uma saída de bola muito boa, é um dos melhores na função para poder sair jogando. É uma função que exige muito desse primeiro volante hoje, é um cara que tem que proteger a zaga, mas ele principalmente tem que começar as jogadas de ataque, municiar muito bem o time ofensivamente, partindo lá de trás. O Yuri tem muito potencial para isso, é um jogador que conviveu um pouco com lesões, então ele está buscando o melhor da sua forma, o melhor ritmo.

A posição que eu venho jogando ultimamente, que é praticamente como meia, confesso que exige um pouco mais fisicamente, porque você tem que ter tanta força defensiva, como força para atacar na mesma intensidade. Você não tem tempo de descanso durante o jogo. Hoje o futebol é muito intenso, é uma posição que exige bastante. Às vezes você joga de costas, o que não é costumeiro na minha carreira.

Mas é uma adaptação, a gente está aqui para fazer o melhor para o Fluminense. Estou buscando trabalhar para que eu possa melhorar minha performance, sei que posso melhorar muito, tive alguns contratempos de lesões no tornozelo, de Covid, mas também não posso usar isso como muleta. Sei que posso performar melhor, tenho que render mais e tenho procurado trabalhar nos treinamentos para isso, para que a gente possa, não só eu, mas o Fluminense possa de uma maneira melhor trazer mais segurança para comissão técnica e para o torcedor.”

Críticas de parte da torcida tricolor nas redes sociais

“Estou fazendo uma reciclagem de rede social na minha vida. É uma ferramenta que de certo modo aproxima o torcedor, e isso é muito bacana. Mas alguns torcedores não sabem usar isso para o bem. Infelizmente alguns não percebem que a crítica em demasia pode ser prejudicial à confiança, ao bem-estar do atleta, que é um jogador que vai representar o clube dele.

Mas isso faz parte do futebol, a gente tem que saber lidar com essa pressão, críticas. A gente tem que estar sempre buscando melhorar. Eu sei que eu devo melhorar minha performance. A autocrítica, que eu sempre tive durante minha carreira, foi sempre meu maior parâmetro. Essa para mim vai ser sempre a que vai mais importar, eu sei que nesse momento eu preciso performar melhor e tenho trabalhado para isso.”

Projeção para o jogo contra o Corinthians

“Chegar até ser clichê falar que é uma final, mas a gente olha para classificação e vê que eles têm um jogo a menos, a gente vê da importância que é o jogo para a nossa posição na tabela. A gente tem falado muito que é um jogo que vai ser extremamente difícil, de extrema importância para a gente, então que a gente já esteja pensando nessa importância desde já.

Os treinamentos têm sido assim, pensando nas características deles, dos pontos fortes deles, das nossas falhas que precisamos consertar. Estamos procurando estar o mais focados e preparados para fazer um grande jogo em São Paulo.

Principal característica do Corinthians

“É sempre uma equipe muito competitiva, reativa, uma equipe que vive um bom momento com o Mancini, com quem eu já tive a oportunidade de trabalhar. É um cara que cobra muita intensidade de seus jogadores. Pelo momento deles, vai ser um jogo muito intenso. O Fluminense vai ter que estar no seu melhor para fazer um grande jogo em São Paulo.”

Importância do atacante Fred

“Já joguei inúmeras vezes contra ele, e o Fred é um jogador que a gente tem medo de enfrentar, pela qualidade técnica, pelo poder de finalização, pela presença em campo… Isso os adversários eu tenho certeza que sentem. Quando o Fred está em campo pelo Fluminense, o Fluminense com certeza é mais forte, muda a característica, que a gente tem um homem de referência, um homem que vai conseguir segurar a bola, que vai causar uma preocupação muito grande para os defensores adversários. Quando ele conseguiu ter uma sequência de treinamentos, de jogos, a gente percebeu que a qualidade dele ficou ainda mais evidente e demonstrou que ele pode ajudar ainda muito o Fluminense.”

Moral do grupo após o Fla-Flu

“É uma vitória importantíssima. Por ser clássico, por ser uma equipe que está lutando pelo título, que está na nossa frente na tabela, a gente vinha de três resultados ruins… Uma vitória que nos dá força para o confronto com o Corinthians, que é direto na classificação. Dá muita confiança, mostra que o Fluminense tem qualidade para vencer as equipes que estão na frente. É uma vitória que só tem pontos positivos.

Até o 1º tempo, que a gente teve muita dificuldade, a gente tem que saber assumir os erros para melhorá-los. Até dentro de uma situação ruim, a gente pode tirar coisas boas para melhorar a equipe. Tenho certeza que o torcedor ficou muito feliz, nós jogadores também, mas já é passado, a gente tem que pensar no Corinthians agora. Se a gente tiver um resultado adverso contra o Corinthians, essa vitória sobre o Flamengo vai ser esquecida e a gente não quer isso não.”

Expectativa para a reta final do Brasileirão

“Quem acompanha o Campeonato Brasileiro de pontos corridos, sabe que o segundo turno é um campeonato diferente do primeiro. As equipes que estão brigando lá embaixo se tornam equipes, principalmente nas rodadas finais, desesperadas. Você tem uma dificuldade muito maior de enfrentá-las, porque elas estão em uma situação de vida ou morte. Por mais que sejam equipes que teoricamente não estejam vivendo um bom momento, a gente sabe que vai ter muita dificuldade de enfrentar Santos, Corinthians…

Independentemente de posição na tabela, de camisa, a gente sabe que vão ser jogos muito difíceis, porque o segundo turno traz isso. Acredito que o Fluminense consiga atuar bem quando se preocupa consigo mesmo. A gente sabe das nossas maiores qualidades, que é um time muito competitivo, que briga, reativo, que até o último minuto vai acreditar na vitória. A gente tem que se agarrar nisso: nas nossas qualidade.”

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Por Explosão Tricolor / Fonte: Globo Esporte

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