Em entrevista, Scarpa mostra seu lado religioso e politizado. Confira!




Scarpa; Fluminense;

Quem olha para Gustavo Scarpa jogando com a camisa do Fluminense vê uma das maiores promessas do futebol brasileiro, mas não é só no futebol que o jovem de 21 anos faz bonito. Bem articulado com as palavras e muito religioso, Scarpa tem em seu pai a grande pessoa que o aconselha desde sempre.

– Ele é firme na religião dele, mas sempre lhe disse que Deus não tem preferência. Tem de pedir para não se machucar, em vez de agradecer por vitórias e gols – afirma o pai de Scarpa, José Luiz Scarpa, o Zezo, que é católico.

O pai e a Bíblia são os pilares de um jovem habituado a peregrinar: do Andorinha de Hortolândia, interior de São Paulo, ao Fluminense, do berço católico à fé evangélica, da lateral ao meio-campo, da ausência da mãe ao lugar como homem, o livro sagrado e Zezo ajudaram a moldar a promessa tricolor.

Assim no futebol como na fé, Gustavo parece acostumado a trilhar muito até confirmar suas convicções. A Igreja do Nazareno, de Hortolândia, à qual atribui sua mudança de hábitos, também foi um encontro que demorou a se concretizar.

– Uma amiga chamou para a Igreja do Nazareno e passei a ir. Mas só aos 17 entendi o propósito do cristianismo. Lia a Bíblia diariamente e em 2011 me entreguei a essa rotina cristã de aprendizado. Nunca fui de festa, nunca bebi, nem nada.

A sua escolha de vida, no entanto, não é imposta a terceiros. Scarpa condena o uso da religião na política e não foge de temas polêmicos.

– São coisas totalmente diferentes. Na minha opinião, o aborto deve ser permitido em casos de estupro. Na minha fé, não aprovo a homossexualidade. Só que nem todos acreditam no mesmo que eu, e eu respeito.

Apesar de não se envolver em política diretamente, o meia tem preocupações com o futuro do país.

– Não estou incentivando ninguém à violência, mas acredito que o único jeito de mudar é pelas mãos do povo, indo às ruas – diz ele, que, em 2014, chegou a ficar numa manifestação ao lado das Laranjeiras. O meia não esconde as opções políticas. – Sou anti-PT. Não vivi os tempos do FHC, mas o que vejo é absurdo.

Por Explosão Tricolor / Fonte: O Globo / Foto: Divulgação

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