Querétaro e Porto estão devendo ao Fluminense; Mário Bittencourt detalha as duas situações




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Em entrevista concedida ao portal ge, o presidente Mário Bittencourt comentou sobre os prejuízos informados no balanço de 2020 e balancete referente ao primeiro trimestre de 2021. Segundo o mandatário do Fluminense, a redução de salários durante o primeiro ano de pandemia explodiu agora, pois parte eles abriram mão (jogadores e funcionários) e parte ficaram de receber na frente.

– Na pandemia, a gente fez um corte grande, não só na questão dos salários, mas outros cortes internos para poder adequar. Acabou ficando um déficit mesmo assim, que está refletido agora no balancete do primeiro trimestre, mas a gente vai certamente dar superávit no balancete do segundo trimestre. Por que deu esse déficit? Porque a redução dos salários explodiu agora. Parte eles abriram mão e parte ficaram de receber na frente. Então teve esse déficit agora, mas devemos fechar 2021 muito melhor do que 2020 – disse o dirigente, que acredita que o clube fechará no azul no segundo trimestre:

– O próximo tri(mestre) já deve vir azul, mas isso é contábil. Isso na cabeça da pessoa que está fora é “se o clube está dando lucro, por que não está contratando jogador?”. Isso é lucro contábil. Isso não é fluxo de caixa, nosso fluxo de caixa é sempre negativo. Isso é o que o clube fatura e o que projetou para gastar, é orçamento, é contabilidade. Como tem dívida de R$ 700 milhões, fatura R$ 200 milhões e está no azul? É uma diferença, a gente tem déficit contábil também, porque nesse período de três meses o clube faturou menos do que esteve disposto a gastar. Vai reverter lá na frente, mas a questão é que isso não tem nada a ver com fluxo de caixa.

O presidente Mário Bittencourt também falou sobre os atrasos salariais. De acordo com o dirigente, as vendas dos jogadores seguem sofrendo com penhoras e que, consequentemente, prejudica o fluxo de caixa do Fluminense. Além da execução de penhora, o mandatário revelou que o Porto ainda está devendo ao clube, que recebeu apenas 50% de sua parte na venda do atacante Evanilson.

– Às vezes, por que atrasa o salário? Eu tenho que explicar isso para o jogador: se tem o dinheiro na conta, por que não paga? Porque alguém dentro desses R$ 700 milhões (de passivo), que não tem acordo, vem e “puff” (penhora), mata meu fluxo de caixa. (…) Ano passado, quando a gente vendeu o Evanilson e o Gilberto, um dia os jogadores pediram uma reunião: “Poxa, presidente, salário está atrasado, vimos em uma matéria no jornal que o Fluminense vai receber tanto”. Só que eles achavam que iríamos receber à vista. Aí expliquei para eles que as vendas eram parceladas em três anos. A gente só recebeu 50% da primeira parcela do Porto pelo Evanilson. Por causa da pandemia, o Porto também não está pagando a gente – disse Mário Bittencourt, que ainda revelou que o Querétaro, do México, ainda deve ao Fluminense referente à compra do volante Jefferson Orejuela:

– Aí vale a pena ir para a Fifa, pagar não sei quantos mil de francos suíços, ou tentar ser com o Porto o que eu quero que as pessoas sejam comigo? Então faço a mesma coisa. Foi o que aconteceu quando o Orejuela foi vendido para o Querétaro. Eles tinham que pagar U$ 1,5 milhão de dólares para a gente, botaram no papel, mas depois ligaram para a gente dizendo: “Olha, não vai dar, não, vamos ter que pagar em 10 parcelas”. E não estão nos pagando. Mas da mesma forma a gente faz o quê? Notifica, aí eles pagam uma… O mundo inteiro está na mesma situação.

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Por Explosão Tricolor /  Fonte: ge

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