Reconstrução questionável




Mário Bittencourt (Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.)

Após a divulgação do balancete do Fluminense referente ao segundo trimestre, as redes sociais tricolores ficaram agitadas por conta do prejuízo milionário dos Esportes Olímpicos. Em 2020, a pasta deu um prejuízo de cerca de R$ 14,5 milhões, ou seja, R$ 1,2 milhão por mês. Já nos seis primeiros meses de 2021, o prejuízo total foi de quase R$ 7 milhões. Sendo assim, o rombo mensal de quase R$ 1,2 milhão segue sem qualquer sinal de uma solução a curto ou até mesmo a médio prazo.

Em coletiva realizada no mês de julho, perguntei ao presidente sobre esse grave problema dos Esportes Olímpicos, inclusive, mencionei os números de 2020 e dos três primeiros meses deste ano (vídeo no final do texto). O mandatário tricolor respondeu que quando a pandemia acabar, ele reunirá os responsáveis da pasta para cobrar um projeto autossustentável.

Quem conhece o sistema político do Fluminense, sabe muito bem que os Esportes Olímpicos possuem o “curral eleitoral” mais organizado do clube. Não à toa, essa turma é disputada por todos os lados, pois esse apoio é praticamente a garantia de vitória na eleição presidencial. Essa força política também é o principal motivo de resistência ao voto online, que foi a principal bandeira de campanha da candidatura do Mário Bittencourt no último processo eleitoral.

A gestão do presidente Mário Bittencourt já completou pouco mais de dois anos. Em suas aparições públicas, ele sempre menciona que o Fluminense está passando por um processo de “reconstrução”. Pois é, o clube está sendo reconstruído com um prejuízo mensal de R$ 1,2 milhão nos Esportes Olímpicos, que impacta negativamente no futebol ou até em pagamentos de dívidas. Dá para entender esse processo de reconstrução?

Outro ponto muito questionável é a política de contratações para o futebol. A gestão adora contratar jogadores em final de carreira e de qualidade duvidosa, mas que preenchem boa parte da folha salarial. Além disso, tiram espaço dos mais jovens formados na base e, consequentemente, atrasam ou até mesmo impedem a valorização deles, que são ativos do Fluminense. O caso do volante André é um grande exemplo disso, pois quase foi parar no Botafogo ou CRB, pois a prioridade do clube era a dupla Wellington e Hudson.

Para encerrar, sei que vai ter um ou outro entrando aqui para falar que isso é texto de oposição e outros papos furados, mas não estou nem aí! Tudo que falei acima é apenas a realidade dos fatos com base em informações oficiais do próprio clube e no que é visto no futebol. Sendo assim, contra fatos não há argumentos.

Observações:

– Contra o Bahia, o Fluminense não terá o Luiz Henrique e também o Abel Hernández.

– Eu montaria o time no 4-4-2, mas com o Nonato no lugar do Martinelli, Arias como o meia de criação e Gabriel Teixeira no ataque com uma liberdade maior ofensiva.

– Neste domingo, às 18h, realizarei o pré-jogo com o Vitor Costa, no canal do Explosão Tricolor, no YouTube. Análise, informações e opinião sobre as últimas do Fluminense. Aguardo vocês lá!

– Siga-me no Twitter através do perfil @ViniFLU18 (clique aqui)

Forte abraços e ST

Vinicius Toledo